Devo este artigo ao blog desde o primeiro dia. Era suposto ser o segundo artigo da história de Corda aos Sapatos, logo a seguir à apresentação, mas por vários motivos tem sido adiado. O principal é talvez o receio de represálias. Quem viu o filme
Teoria da Conspiração, com Mel Gibson e Julia Roberts, sabe que no que respeita a matérias realmente importantes estamos constantemente sob controlo e que quem tem informações privilegiadas está permanentemente em perigo.
Hoje vou falar, porque é um assunto que não posso guardar por muito mais tempo, e apesar de já ter transmitido certas informações “
off the record” hoje é o dia de isto vir a público. Com alguns cuidados necessários, claro.
Falo, como já devem ter percebido, de informação privilegiada que tenho sobre um baterista famoso cujo nome em português seria, provavelmente, Filipe Colinas. Vou evitar o nome inglês para não me expor demasiado, embora sabendo os riscos que corro.
Filipe Colinas tem possivelmente a pior voz de todos os tempos, daí ter começado desde cedo a tocar bateria. Tornou-se um baterista de eleição e renome, disso não há dúvidas, mas Colinas queria mais. Queria o Mundo.
Em 1975 o fabuloso vocalista da banda de Colinas (em português chamar-se-ia... Pedro Gabriel) deixou misteriosamente a banda alegando questões pessoais. Que até hoje nunca foram apuradas... e Colinas tornou-se o vocalista. O que não deixa de ser curioso dado que ele, como já referi, sempre foi dono de uma excelente voz para escrever à máquina. Colinas cortou pela raiz, misteriosamente, as hipóteses de ser contratado um novo vocalista para a banda. Estranho, no mínimo.
Mais tarde Filipe Colinas decide enveredar pela carreira a solo, mas sabia de antemão que sendo um péssimo cantor não poderia alcançar sozinho o sucesso que a banda garantia. É por esta altura que os cientistas de Colinas desenvolvem o chip. Um estranho chip que, uma vez instalado no software de mistura de músicas faz com que quem ouve se sinta deliciado e viciado naquele som! Ora, se este chip implementado em álbuns de um cantor normal o transforma no maior cantor do Mundo, num álbum do Colinas faz dele um cantor normal, o que para ele é absolutamente milagroso, ainda mais tendo em conta o seu “atractivo” aspecto físico. E Colinas tornou-se num ícone da sua geração. Hoje, se eu vos perguntar quantas músicas dele conhecem, talvez me apontem duas, três. Mas garanto que se ouvirem um “Best Of” conhecem, e até cantam, as músicas TODAS! Pensem nisto.
Quanto à vida pessoal de Filipe Colinas, poucos sabem (e a Internet, obviamente, não esclarece) que ele é filho de mãe portuguesa e pai inglês. Após o nascimento de Colinas deu-se a separação e a mãe voltou para Portugal onde voltou a casar e a ter um filho. Filho esse que, por vocação também se tornou “cantor” e por laços familiares descobriu o incrível chip do irmão. A chantagem que se seguiu levou a que Colinas tivesse que criar uma adaptação do chip para o irmão, com menos alcance mas com igual capacidade de persuasão do ouvinte. Será coincidência a proximidade óbvia entre os apelidos Colinas e Represas???
Filipe Colinas já me tem debaixo de olho há anos, bem o sei. A forma de eu estar avisado é simples: A cada passo que dou, em cada sala que entro, cada rádio que sintonizo toca uma música dele. Nas casas-de-banho públicas, nos gabinetes de prova de roupa, nos intervalos do cinema. Ele faz questão de me avisar que está sempre a ver, a controlar. E sei que um dia destes me vai querer apanhar, não só porque eu sei o que mais ninguém sabe – mas principalmente para fazer testes comigo e tentar perceber porque é que o chip não funciona em mim...