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Este ciclo que é a vida

 "Papá, nos nunca queremos ir embora das pessoas que gostamos, pois não?"


Hoje decidi escrever porque este foi claramente um dos momentos em que me revi em ti, filho.

Esta tua pergunta, tão simples e tão bem colocada, trouxe-me à memória esse exato sentimento que estás a experimentar. Porque o Verão é mesmo assim quando somos novos. Conhecemos pessoas diferentes, interessantes, com outro ar e uma vida tão diferente da nossa. Sentimo-nos bem com elas. Quando saem da nossa vida tão depressa como entraram, sentimo-nos traídos. Porquê? Estava tudo tão perfeito. Demo-nos bem. Porque é que ela não vive aqui, na casa ao lado da nossa? Não faz sentido.

"A Suíça é muito longe, papá?", as perguntas sucedem-se a um ritmo imparável. Não, filho, a Suíça já foi bem mais longe, agora é aqui ao lado. Agora é tudo aqui ao lado.

Aos 7 anos estás apenas a experimentar uma amizade especial, mas espera pela adolescência. Aí tudo se complica. Vais viver amores de coração a querer sair do peito, em apenas 3 dias de sol. E depois ela lá vai embora e tu continuas a não entender a injustiça. E juram amores eternos, que "11 meses passam a correr". Sorte a tua que já não vão ser cartas e chamadas para casa, agora podem fazer zooms e facetimes a toda a hora. E finalmente, quando quase já se esqueceram um do outro, ela lá aparece. Mas os teus pais têm outros planos, que em Agosto eles também querem ir de ferias. E levam-te para umas férias incríveis no sul de Espanha quinze dias (quinze, que eternidade!), na altura mais interessante do sítio onde vives, quando o paraíso para ti era ficar sozinho em casa (que até já és crescido e sabes tratar de ti, dizes tu) e poder passar o Verão a apanhar banhos de sol com a tua amada.
Mas a praia está carregada de miúdas giras e acabas por te divertir, ela entretanto também já arranjou outro programa e, estranhamente, está tudo bem. Porque a adolescência é mesmo assim. A vida tem que ser vivida, não vai ficar ali à nossa espera.

Porque a seguir vem a idade adulta e aí, aí sim. Percebes rapidamente que é nessa altura que a injustiça é maior. Porque passas quase todo o tempo da tua vida com pessoas que te são indiferentes, se pudesses escolher seriam outras completamente diferentes. E sabes o que é pior? Se essas pessoas pudessem, também te escolhiam a ti. Mas estamos condenados a viver uma vida que "tem que ser" e a ver os amigos, os nossos, as nossas pessoas, apenas de vez em quando, em alguns casos muito raramente.

Mas depois alguns de nós, privilegiados como eu, têm filhos incríveis que nos fazem viver tudo outra vez nos seus olhos e nas suas perguntas, e percebemos que é o fecho de um ciclo e que no fim das contas as pessoas que serão as maiores paixões das nossas vidas, o nosso verdadeiro propósito, são eles.

São vocês, filho.


Um ano!

É oficial: Um ano sem fumar. Consegui, finalmente, à terceira tentativa, ultrapassar a barreira psicológica dos 365 dias. Na primeira vez foram 10 meses, na segunda 11 meses, e agora 12. É para continuar, claro.

Apenas uma nota sobre o assunto, para ti que pensas em deixar, que estás prestes a deixar ou estás no processo: Deixar de fumar é algo que fazes apenas para ti e por ti. Quando fumas, não falta quem te diga que tens que deixar e que te faz mal e etc, etc, etc. Quando deixas, nos primeiros dias passam a vida a perguntar se te estás a aguentar. A partir daí, nunca mais ninguém quer saber. A verdade, nua e crua, é esta. Uma vez ou outra lá te perguntam, e tal "Ah, seis meses? Boa, boa, vê lá se agora não te vais abaixo", mas a verdade é que é muito mais interessante a falha, a desistência, o não conseguir do que o sucesso e a vitória. É a condição humana, nada a fazer.

Não faltará também quem te diga: "Vê lá se é mesmo desta vez, já tentaste praí umas dez vezes e nada" ou "Se já aguentaste x meses, não é agora que vais voltar", como se deixar de fumar fosse uma brincadeira, algo tremendamente simples que a pessoa decide só porque lhe apetece ser rebelde e dizer que deixou.

Depois, há os testemunhos:

- Aquele primo que fumava 3 maços por dia, acendia uns nos outros e no dia 1 de janeiro de 2012 só porque aumentou o preço deixou de vez e nunca mais na vida teve vontade e já nem sabe por que ponta se pega naquilo.

- O cunhado da tia que experimentou de tudo, acupucturas e vídeos estranhos, hipnose e pensos e pastilhas e banhos em fezes de papagaio e afinal foi de um dia para o outro só porque fez uma aposta no café.

- A vizinha do quarto esquerdo que fumava 10 por dia, depois 8, depois 4, depois 2, e assim deixou normalmente.

- Aquele com quem os pensos resultaram; o outro que foi com pastilhas; o outro que deixou o tabaco de fumo para fumar vapor de água ou de chá verde ou de bagaço ou de seja o que for.

Na verdade, é uma luta individual e cada um tem a sua história e os seus ritmos. Isto parece muito evidente e provavelmente é mesmo - mas é fundamental. O importante é que te  sintas bem com o teu esforço e saibas reconhecer as pequenas vitórias que vais conseguindo.

No meu caso, que é só mais um testemunho, os pensos ajudaram durante um mês. Depois, custou bastante o mês seguinte. A partir daí tudo bem mais tranquilo, vários meses calmos até que ultimamente, talvez pela barreira psicológica do ano, tem custado um pouco novamente. Nada que não se controle, até porque a força é grande e a luta é para continuar. Mas sei que para mim não foi deixar de fumar e nunca mais pensar no assunto, nem nada que se pareça. Pode ser que contigo seja mais fácil. Força!

O elevador cá do prédio

Andava há meses a embirrar com a foto que a empresa dos elevadores do meu prédio colocou. Percebe-se a intenção: A segurança das crianças é prioridade, certo.

O problema é que uma vez olhei e o que vi foi uma espada apontada à cabeça da pobre criatura. E nunca mais consegui ver a imagem de outra forma!


Juro que não fiz queixa, nem removi a imagem.
Mas alguém mais teve ter tido a mesma perceção e deve ter feito queixa, ou algo do género...

E o resultado não podia ser melhor. Agora temos o Messi a tratar dos elevadores cá do prédio!


Ó filho...

... não sabemos que nome te havemos de dar. Tu já viste isto? Ainda não nasceste e já começam as diferenças entre ti e o mano. Para o teu mano demorámos uma hora a escolher o nome. O nome completo, vê lá! E para ti ainda nem temos o primeiro.

A mãe quer João. O mano quer João. Os avós todos querem João e tu provavelmente vais mesmo chamar-te João. Mas o pai, que é João, está na dúvida. Claro que gosto do nome, mas não me agrada especialmente este til e as chatices que te pode trazer em cartões de embarque internacionais quando fores passear. É que em inglês, e bem, não há cá esta chatice dos acentos. Não me agrada a ideia de estares a configurar os teus primeiros endereços de mail e não poderes utilizar os nomes mais óbvios porque já são os meus. Sei, hoje em dia já quase não há endereços disponíveis, mas detesto ter sido precisamente eu a utilizar o mail que pretendias.

Depois há os contactos em grupo. Estamos numa era de e-mails em grupo e grupos de whatsapp, a tua era será outra, mas calculo que os problemas sejam os mesmos: quando um João Pedreira falar para o grupo ninguém vai saber muito bem se é o pai ou o filho. Ou aquele tio-avô que também já era João Pedreira. E nesta dúvida perde-se o impacto inicial do que disseste e a importância das tuas palavras. Isto aborrece-me.

Chateia-me ainda quando chega correio para João Pedreira não se saber para qual. Ou a tua mãe chamar e ficarmos sem saber se é por mim ou por ti. Por fim, sei que se fores João vais obviamente ficar Joaozinho. E ninguém quer ser Joaozinho ou Pedrinho ou Luisinho.

Sim, ainda não nasceste e já estás a gerar mais confusão que o teu mano. Independentemente do nome com que ficares quero pelo menos que saibas, um dia se/quando vieres aqui ler isto, que o teu pai perdeu alguns dos poucos cabelos que ainda tinha nesta questão tão importante para ti...

Dois rapazes

Não posso deixar de notar em várias pessoas um ligeiro desalento quando souberam que vamos ter outro rapaz. Há uma espécie de lógica social instalada que diz que depois do menino tem que vir a menina para ser um casal, ou vice-versa. O importante é "o casal".

Primeiro, isto do casal quando estamos a falar de irmãos é um bocado sinistro. Já alguém pensou nisto?

Depois, há outro pormenor: antes do Vasco só nos imaginávamos pais de meninas. Foi uma verdadeira surpresa... e foi a melhor surpresa possível. Neste assunto não há falsas modéstias: o Vasco tem sido tão fácil de educar, tem um feitio tão bom e ter este rapaz tem sido tão simples que só se fôssemos doidos é que íamos agora torcer por uma menina!

Um outro detalhe de que as pessoas se tendem a esquecer: temos a Ana na família desde os primeiros meses, por isso a experiência da menina não é totalmente desconhecida para nós.

Tudo isto para dizer que estamos mesmo muito felizes pelo menino que está a caminho. Quanto ao Vasco, nunca pôs sequer a hipótese da menina. "É um mano que vem aí"... E acertou...!

E se de repente...

...eu voltasse a escrever?

É que isto agora está muito evoluído (ou então, como de costume, descobri muito mais tarde que toda a gente). Com a app do blogger já posso escrever no telemóvel em qualquer lugar e de forma mais prática, uma grande vantagem nos dias que correm.

E a verdade é que às vezes tenho vontade de escrever e não tenho onde o fazer.

O blog começou em 2008, há quase 10 anos. Hoje sou uma pessoa diferente da que era na altura e a principal diferença em termos de escrita é talvez esta vontade de escrever por mim, para mim, não tanto com o objetivo de agradar ou mostrar aos outros. Talvez um dia até torne o blog privado, porque não?

Quando o Vasco nasceu pensei que era o melhor motivo para reacender o espírito do blog. Nada mais errado, claro. Nunca quis perder nada, nenhum momento, tenho sido egoísta ao ponto de não partilhar nada com ninguém. Agora, a poucos meses de um novo filho, é provável que isto volte a acontecer, e portanto não posso prometer que este espaço venha a ter durante muito tempo a dinâmica que teve.

Portanto, sem qualquer compromisso e só mesmo porque tenho saudades, a partir de hoje volto a escrever. Não sei quanto, nem durante quanto tempo. E se alguém (re)aparecer por aí... obrigado. Também tenho saudades vossas!

2 anos

Vem com uns dias de atraso... mas nunca é tarde para festejar!!!E nós gostamos mais de festejar em datas aleatórias, por isso... Muitos parabéns meu amor! Foram dois anos excelentes, não achas?




O melhor ano de sempre!

A minha ideia inicial, antes de nasceres, era falar sobre ti periodicamente aqui no blog, uma espécie de diário da tua vida e das tuas descobertas, dos teus avanços. Hoje, que cumpres (já!!!) o teu primeiro ano, constato que é raro falar de ti, colocar fotos tuas ou relatar histórias nossas.

Não é porque não queira, nem por não ter material suficiente para partilhar - é apenas porque tenho estado demasiado ocupado a saborear cada momento contigo.

Se hoje celebras o teu primeiro ano, nós celebramos o melhor ano das nossas vidas. Obrigado, muito obrigado, Vasco. Não há palavras para descrever a volta incrível, em tudo para melhor, que deste à vida dos teus pais.

Tenho a sensação de que um dia vais gozar comigo por este artigo e pela montagem manhosa em paint. Nessa altura cá estarei, se Deus quiser, para suportar as críticas sabendo que no fundo estás orgulhoso desta pequena homenagem do teu velhote.

Muitos parabéns!!! E venham as próximas aventuras...

Sobre o corrector ortográfico...

... tinha dito que a partir de agora no blog se ia escrever pelo novo acordo porque me parecia que finalmente o blogger tinha aderido ao novo acordo e me garantia um corrector ortográfico em condições.

Afinal, parece que para o blogger o novo acordo ortográfico é passar a escrever em brasileiro. Não, obrigado. Assim sendo, por agora vou voltar à escrita antiga.

É verdade que, sinceramente e com muita pena minha, já me custa um pouco escrever algumas palavras na escrita tradicional. Mas ainda não estou em condições de escrever num novo acordo em que me arrisco a cometer erros ortográficos...

Cuidado! Pode conter vestígios...

Nunca percebi esta. Um tipo lê num pacote de bolachas de manteiga que os ingredientes são: Leite, manteiga, ovos, sal e açúcar. Tudo bem, faz sentido. O que não faz sentido é a seguir aparecer uma nota a dizer "CUIDADO! Pode conter vestígios de amendoim!". Amendoim??? Mas porque raio é que as bolachas de manteiga podem ter amendoim?

Eu até entendo que numa mesma fábrica se façam bolachas de manteiga e bolachas de amendoim, mas qual é a probabilidade do amendoim saltar de uma linha de produção para a outra? Essa probabilidade existe, sequer? Estarão assim tão próximas??

Outra hipótese é os tipos que trabalham em ambas as linhas serem os mesmos, o que aí já mete ao barulho questões de higiene. Então o tipo cheio de amendoins nas mãos vai-se pôr a mexer a massa dos biscoitos de manteiga? Assim, sem sequer trocar de luvas?

Será que estes tipos usam luvas????

Há dias comprei broas de noz. Naturalmente, têm noz. Mas pelos vistos, não só:


"Pode conter vestígios de outros frutos de casca rija"??? Mas tipo quê? O coco é um fruto de casca rija, a melancia também... há a possibilidade, remota que seja, de haver vestígios de melancia nos meus bolos de noz se a fábrica das broas de noz também fizer gomas de melancia?

Percebo a preocupação com os alergéneos e os problemas em tribunal que ficam salvaguardados, mas não era preferível acabar de vez com a badalhoquice nas linhas de produção?

A válvula EGR

E portanto parece que "(...)o controlo das emissões dos gases de escape continua a ser um problema de todos os motores de combustão, sejam eles a gasolina ou diesel. Os fabricantes têm hoje em dia maiores preocupações ambientais e incorporam nos automóveis diversos sistemas para reduzir essas emissões (...) está provado que a recirculação de uma parte dos gases de escape (entre 20 a 30%) na mistura admitida nos cilindros permite reduzir a pressão média efectiva do motor e em consequência disso a temperatura máxima dentro da câmara de combustão também reduz, pelo que, nestas circunstâncias, a formação de óxidos de nitrogénio é mais pequena. (...) Para que a percentagem dos gases de escape reintroduzidos na admissão seja a mais aconselhável e não ultrapasse a percentagem referida anteriormente, utiliza-se uma válvula especial, mais conhecida por EGR (Exhaust Gas Recirculation). A função desta válvula é controlar o fluxo dos meios complementares directamente ligados ao sistema de gestão do motor." *

Graficamente, a situação é a seguinte:

O que é que isto quer dizer? Que o meu carro veio equipado com esta peça maravilhosa:


E que esta peça lindíssima avariou (diz que acontece quase sempre) e portanto por causa do senhor ambiente vai meio ordenado à vida a resolver o problema da peça bonita e ecológica e dos males que a avaria dela gerou no meu carro.

O meu obrigado à válvula EGR e aos senhores que a inventaram. Estou muito feliz.

* Informação retirada do site http://www.autoblog.pt porque, evidentemente, eu percebo ZERO do assunto.

E de repente percebi...

... que esta constante discussão sobre quem é o melhor entre Ronaldo e Messi é uma estupidez.

Há dias ao ver o Messi jogar, de uma forma quase extraterrestre como é seu costume, apercebi-me que estava à procura de algo de errado na sua exibição, algo menos bom para poder criticar e reforçar a minha ideia de que o Ronaldo é melhor.

Isto é tão errado, que está a fazer com que eu ignore ou não aprecie devidamente o futebolista incrível que é Leo Messi só porque estou constantemente a tentar provar a mim mesmo e aos outros que o (também incrível) Cristiano Ronaldo é melhor. Para quê? Esta discussão, por ser permanente e recorrente, acaba por nos toldar a análise das qualidades de ambos.

Qualquer amante do futebol que se preze deveria ser um profundo admirador dos dois, porque ambos são futebolistas por quem os nossos filhos nos vão perguntar daqui a uns anos, e devíamos ficar orgulhosos, nessa altura, de lhes poder dizer: "Sim, filho! Eu tive o privilégio de ver durante vários anos dois dos melhores futebolistas de sempre"!

É evidente que cada um tem a sua opinião, e para mim Cristiano Ronaldo continua a ser o melhor jogador do Mundo da atualidade. Mas o Messi vem logo a seguir, mesmo logo a seguir, e é um prazer vê-lo jogar...

Happy

Tenho vindo a insistir neste assunto, é altura de colocar aqui no blog: Acho que o Pharrell Williams criou a música perfeita com "Happy". Sim, é controverso, mas a minha opinião tem (como sempre) uma justificação detalhada...

Já cheguei a falar aqui do crime que as rádios cometem ao passar as músicas vezes sem conta, até à exaustão. Ninguém se safa. Quem é que consegue ouvir o "Someone like you" da Adele nos tempos que correm? o "I see fire" do Ed Sheeran? O "Paradise" dos Coldplay ou o "Chandelier" da Sia? O problema não está nas músicas, que até são boas. O problema é que a quantidade de vezes que as ouvimos esgota-as no nosso ouvido e na nossa memória. Não acontece só com a rádio! Pode ser com um álbum bom que ouvimos tantas, mas tantas vezes que de repente se torna impossível -  e permanece assim durante muitos anos, em alguns casos para sempre!

Pois bem, eu acho que o "Happy" do Pharrel Williams é a única música feita até hoje que não sofre desse mal. "Happy", simplesmente, não cansa! Aquela introdução é mítica; o ritmo é bom, fresco, divertido; a letra é super-positiva, o que cai sempre bem e serve para imensas situações: Casamentos, festas de aniversário, festas de escola, grupos de jovens, até lares de terceira idade! Encaixa bem em qualquer situação, diverte sempre, é acessível de cantar para todos. É provavelmente a música dos últimos anos que tem mais covers na Internet! Até o videoclip é divertido... mas para além de todos estes motivos, a grande vantagem de "Happy" é que é uma música que sabe bem, e faz bem a qualquer pessoa ouvir de vez em quando. Ora confirmem:

Nota extra - E confessem lá: Dá ou não dá vontade de fazer uma destas figuras a dançar, no meio da rua???


Feels good to be back!!!

Que saudades de ver movimentações neste gráfico... felizmente não sou só eu que estou de volta!


Regressar, sempre.

Hoje é dia de regressso.

Este blog tem sete vidas e vai provar isso mesmo. Não é um período sabático de (olha, faz hoje) três meses que faz com que eu dê este projeto como terminado.

Há muito mais a dizer, para mostrar, para registar. Há menos tempo e disponibilidade, mas o miúdo já tem oito meses e é altura de rever o aproveitamento dos tempos livres.

Por isso, feliz Natal a todos, bom ano 2015, a Feira do Fumeiro foi ótima e a sexta-feira 13 de fevereiro também (atenção, está aí já outra à porta), o Cristiano ganhou a terceira bolinha ("Siiiiiim") e o Birdman foi o grande vencedor dos Oscars. Adiante!

E entretanto, neste hiato, até o blogger se atualizou em matéria de novo acordo ortográfico. Como tal, e mesmo não concordando com o mesmo, convenhamos que fica mais fácil escrever segundo as novas regras. Novidade no blog a partir de hoje, portanto. Se falhar em alguma palavra, a culpa é naturalmente do sistema...

O bullying em '96, pelos Aerosmith

Hoje passei o dia sentado ao lado de alguém que tem um gosto musical extremamente apurado e que trabalha diariamente ao som de uma playlist invejável. Para mim foi um dia perfeito, pois nos tempos que correm não tenho tido tempo para ouvir a música que realmente gosto de ouvir, e tenho-me submetido quase sempre ao básico repetitivo das rádios portuguesas.

Ouvi músicas que já não ouvia há anos e outras que nem sequer me lembrava que existiam! E como é incrível aquela sensação de ouvir uma dessas e ir recuperando a memória ao longo da música, quase sentido o que se sentia na altura em que aquilo era o que estava na moda...

Uma delas foi esta incrível malha. Os Aerosmith foram para mim durante uns 4-5 anos a melhor banda do Mundo, e lembro-me claramente de ver este clip vezes sem conta no VH1 em 96-97. Nos tempos em que não havia Internets nem telemóveis e os clips do VH1 eram a nossa ponte para o mundo da música. Quando a palavra "bullying" ainda não existia mas o conceito já estava tão bem retratado num clip dos Aerosmith.

Hoje vibrei com Hole In My Soul, dos Aerosmith, como em 1996. Hoje sofri e vibrei com a vida deste rapazinho, como em 1996. Que maravilha.


NOTA: Só agora reparei que o vídeo não está completo, embora seja a versão que tem mais qualidade (vídeos dos anos 90... não há milagres!). Se quiserem ver como acaba o clip podem ver o último minuto deste:

Estava na hora.

E já lá vão dez dias desde a última vez que fumei um cigarro. Promessa é dívida, e esta decisão tinha vindo a ser preparada desde o início da gravidez. O objectivo inicial era deixar logo que o Vasco nascesse, mas depois ele nasceu e percebi imediatamente que afinal era a pior altura possível...

Agora com o Vasco já crescido (pelo menos já tem mais cabelo que o pai...)  as coisas estão mais estáveis, mais calmas e era a altura certa. Não só pelo Vasco, a minha saúde e a minha carteira também precisavam desta decisão.

Numa consulta em Agosto a médica desafiou-me a escolher uma data e eu decidi: 07/09/2014, só porque sim. Não era uma data especial, passou a ser.


E não tem sido muito difícil, a verdade é essa. Há momentos terríveis, mas passam rapidamente. São momentos mais relacionados com o hábito do que com o vício... segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o vício ou dependência da nicotina dura apenas 14 dias e eu acredito. O pior não é isso, claro. O pior são os momentos de sempre a conduzir sozinho, o cigarro depois de uma boa refeição ou do café, as noites de copos, as esperas, os intervalos dos jogos na TV, tudo hábitos que se foram criando ao longo de muitos (demasiados) anos.

A parte difícil de deixar de fumar não é largar o tabaco. É largar todos os hábitos que se criaram com o tabaco. Isso sim, vai durar anos.

É a minha segunda tentativa séria (na primeira aguentei 10 meses!) e a última, porque foi de vez.

Se não estivesse realmente convencido disto, este texto nunca teria existido.

Para nós, foi assim.

Há vários dias que ando a pensar no que queria escrever no seguimento da tragédia do Meco, que despoletou imediatamente as reacções do costume dos anti-praxe. Alguns ainda afiam as facas, outros já vão dizendo as maiores barbaridades sobre um caso que, estando ainda em segredo de justiça, não tem ainda quase nada de concreto.

Mas neste caso a Adriana facilitou-me a vida. A Adriana foi praxada comigo em 97/98, praxou ao meu lado em 99/00 e passou por tudo o que eu passei. A diferença é que ela conseguiu pôr tudo em palavras, num desbafo no facebook que surge como reacção a uma notícia do telejornal e com o único objectivo de  passar a palavra sobre o que a praxe foi para ela.

E é assim, sem discussões, sem argumentos. Cada um tem a sua história. Esta foi a dela, a nossa:

"Não sou anti-praxe.
Quando bem preparada, é uma forma gira e engraçada de quebrar o gelo e conhecer o espaço onde nos movimentaremos por um par de anos.


Tenho memórias vivas desses tempos, de ser "caçada" com o pacato Américo nos corredores do CPI e conduzida via Sr. Mota ao "aeroporto" onde já se disputava uma peculiar partida de futebol entre as meninas das Taipas e o Rodinhas. Lembro-me de "instituições" dessa época: Do Aurora, e do seu sistema de marcação de afilhadas, do Cardeal maluco por Educação Física que nos dava umas aulas puxadinhas, Do Tomates, do Besaina, do Felismino R., da Caloiraça, do Rotundas e do Carneiro, de andar às cavalitas e carrinho com o Delga e dos treinos militares com os pneus. Da 1ª vez que estive com a Eduarda e da preocupação dela com o ouro que estava a usar e não queria tirar, da Veronique, da Linda, da Pina, da Raquel, da risonha menina de Cambeses, da Marta e dos 1ºs tempos de idas e vindas de comboio, da Ana Beatriz, do Álvaro e do Agostinho que não gostava de ler... Daqueles seres estranhos que não eram do 2º ano e nos observavam do topo das escadas, os transferidos, o Paulo, o Pedro , o Nelito e os muito meus Ana Paula e Jorge que em conjunto com o mano Márcio da Madeira foram a minha espinha dorsal ao longo do curso.


Lembro-me também de algumas praxes, a encenação do Big Show Sic com o macaco Adriano, o Beijo com o acetato, os sapatos em cima das árvores, a roupa do avesso, o salto para a fonte, o relógio, o Hino de Curso e demais cânticos, as guerras!


Nunca gostei muito da linguagem vernácula... de estar de 4 ou olhar para o chão, das pinturas... Mas, pessoalmente, nunca me senti humilhada nem obrigada a nada.


E quando me lembro desses tempos e de todas as pessoas a meu lado, lembro-me, acima de tudo, da brincadeira e do sentimento de descoberta de um mundo novo... E tenho saudade!"


Obrigado à Adriana, pelas memórias, pelo texto perfeito e por me permitir partilhá-lo. Que saudades!!!

Quando a mãe não estiver em casa...

Vai ser mais ou menos isto... com excepção talvez dos últimos 40 segundos!

Fases da vida...

Aquela altura estranha da vida de um homem, em que quando vê uma recém-mamã a empurrar um carrinho de bebé já não olha para a mamã mas sim para o carrinho, para verificar se é de qualidade e se é um bom investimento.