Quando o autocarro surgiu no cimo da rua e ele libertou uma das mãos para fazer sinal de paragem percebi finalmente que estava apenas a aproveitar o tempo de espera, não com um telemóvel, um PDA, um jornal ou um portátil mas com a sua harmónica.
Ainda pensei que seria um daqueles tipos que vão no autocarro a chatear tudo e todos com a sua alegria desmedida, mas nem isso - antes de entrar inventou um grande final para a sua canção de improviso com dois acordes prolongados e, posto isto, colocou o pé no degrau para subir.
Desculpem lá, senhores Timbalands, mas ISTO é que é música.No seu estado orgânico, primário, puro. Música que se sente, mais do que se ouve.
Às vezes tenho pena que a evolução tenha apanhado a música no caminho...
1 comentário:
"São tantas as coisas que alteram o nosso estado de espírito e tão poucas as que podemos controlar"
Foi definitivamente um cigarro feliz ;)
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