O meu avô Vasco fez na passada semana noventa e um anos. Noventa e um, com todas as letras e com todos os números também. Excelente registo, sem dúvida!
Mas o meu avô é muito mais do que um homem "normal" quase centenário. Faz questão de viver cada dia ao pormenor desde que o conheço e, ao que parece, desde que se conhece a si próprio. Um eterno e permanente auto-didacta que sabe mais, muito mais que os pseudo-intelectuais ultra-letrados deste país. Todos os elogios são poucos e ele sabe-o bem.
Contou-me este fim-de-semana que há uns meses quando estreou no cinema o filme Fados, de Carlos Saura, estava com vontade de ir ver mas não arranjava companhia. Sem problemas. Foi sozinho. E gostou, apesar de ter sido obrigado a mudar de lugar por causa das "três velhas chatas que não se calavam" na fila de trás. Suponho que se tratava de senhoras de 120, 130 anos.
Surpreendente? Só mesmo para quem não o conhece...
6 comentários:
O "teu Super-avô", meu Super-avô, é, por todas as razões e mais alguma, a pessoa que mais admiro neste mundo.
Nem vale a pena dizer mais nada.
É o 'Super-avô' e pronto! :)
Beijo*
Acho que também vais chegar a essa idade assim... Colado em cinema e a protestar com as velhas que não se calam :P
Parece-me que és um Super-Neto ;)
bjinho
devo dizer que mais interessante ainda é o facto de ele ter dito que esteve mesmo p'ra não se levantar p'ra poder ver o filme de novo! Logo ele que mal vê!
É, de facto, alguém especial!
Ahhhhh o tio Gaspar..... pois é!
Roam-se meninos... e meninas...
91 não é para quem quer... é para quem pode! (onde é que eu já ouvi isto?).
Parabéns ao Super-Avô!
Nota: O Verdadeiro anónimo.
Fomos abençoados de conhecer o nosso 'FANTASBULOSO' Avô e foi ele que nos tornou pessoas melhores e recheadas de cultura, de bondade, do humor, de arte, da humildade especialmente ao valor da vida. :-)
:)
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