Irina Palm

O lado positivo de passar cinco semanas em casa é a disponibilidade para me actualizar em cinema que me passou ao lado nos últimos tempos. Tenho visto filmes que, não sendo novos, são recentes mas por uma ou outra razão escaparam-me nas salas de cinema.

Irina Palm foi um deles. Pequeno filme europeu de 2007 (103 m), é uma bela surpresa. Conta-nos a história de uma criança que tem uma doença cuja cura tem custos astronómicos e do que uma avó, viúva desempregada com uma reforma pequena, é capaz de fazer para conseguir angariar os fundos necessários para os tratamentos do neto. Muito comovente, um pouco chocante mas também em parte divertido, exposto de uma forma tão crua e simples que chega a impressionar. Irina Palm traz consigo a eterna e sempre interessante discussão dos limites morais que estamos dispostos a ultrapassar por causas "superiores" - A eterna pergunta: "E tu, serias capaz???"...

É um pequeno grande filme e está à venda nas lojas a um preço irrisório. Vale a pena...
Classificação: 16

4 comentários:

Nônô disse...

O pessoal devia ver mais filmes europeus porque tem que ver com a realidade, do dia-a-dia, dos sentimentos e da vida. Fazem-nos a pensar e analisar-nos interiormente. A maior parte dos filmes americanos é subjectiva. Não achas?

Mariana disse...

Concordo. É um filme bom e comovente.
Gostei!

E sem dúvida q neste filme essa pergunta está constantemente na nossa cabeça... nao é fácil!

Beijo*

[outra pergunta é: Pq raio me pedem pa escrever "untai"?? Esta verificação ultrapassa-me! :P]

Varandas disse...

Pergunta complicada, Nônô. Sou grande fã do cinema em geral (acho que se nota) e isso inclui, em grande parte, o cinema americano. Compreendo-te perfeitamente e concordo que o cinema auropeu, até porque em regra tem orçamentos baixos, procura mais a realidade humana e argumentos realistas. Mas nem todo o cinema europeu é bom... como nem todo o cinema americano é mau - repara, por exemplo em "Changeling", de Clint Eastwood, que foi um dos melhores filmes deste ano e que retrata na perfeição uma história bem real fugindo áquela subjectividade de que falas. Concordo em parte contigo - no fundo, gosto do BOM cinema... :)

Ah, Mariana, tens razão - tenho mesmo que lançar o debate sobre isso aqui no blog!

Tinês disse...

"Glymolan" também é giro, Mariana! Parece o nome de um medicamento?

E, João, perdoa a ignorância, mas quem é o Pedro Silva?