Os programas da Bárbara

Há um ponto a favor de Bárbara Guimarães, para mim: Gosta de música, de programas de música, de pôr gente a cantar. E eu, confesso, gosto sempre de espreitar programas em que haja malta a cantar. No entanto não tenho muita paciência para a tendência que ela tem de querer mostrar que sabe palavras caras e que tem sempre um chavão para utilizar. Fica-lhe mal e confere-lhe um tom demasiado pretensioso.

Mas o pior não é isso. Parece-me que as opções da apresentadora saem sempre um bocado furadas e que os seus programas acabam sempre a comprovar algo que não era suposto!

Reparem no Família Superstar: programa com dois elementos de cada família, deveria vencer (supostamente) a melhor família de cantores. Correu mesmo mal - apareceu uma miúda extraordinária com uma mãe que, efectivamente, não sabia cantar. Essa família ganhou porque quem vota - o público - gostou da miúda, obviamente. Resultado: Ganhou a família que tinha o elemento que cantava(???) pior de todos os finalistas.

Desta vez Bárbara aposta num programa que atribui pontuações aos concorrentes de acordo com a avaliação feita por um computador à aproximação das notas cantadas às notas correctas de cada música. Boa ideia, sem dúvida. O problema é que eu posso ir para lá cantar as "Pombinhas da Catrina" quando a música é o "Stayin' Alive" e mesmo assim ter boas pontuações porque as notas por acaso eram semelhantes nos momentos em que o computador faz a análise. Ou posso só acertar cinco notas na música inteira e ter a sorte de serem essas as notas avaliadas. Resultado: Pode ganhar este concurso alguém que nem sequer precisa de saber cantar.

As ideias estão lá, mas...