Don't Give Up

Duas grandes vozes, uma canção mítica e uma versão que, para mim, é bem melhor que a original. É raro, mas acontece...

Best. Speech. Ever.

E por um dia, no país, ninguém quis saber da crise - Futre, és enorme!!!

O meu orgulho...

Finalmente a minha colecção tem uma casa para morar... 198, aconchegados nas respectivas prateleiras.
No entanto, são (eram?) na realidade 210. Quero acreditar que os 12 que faltam estão guardados em lugares seguros, nas prateleiras das casas de amigos de longa data.

É a esses amigos que faço o apelo: Que tal procurarem bem por aí e, encontrando algum destes 12 títulos, devolver para que eu possa voltar a ter a colecção completa?

21 Gramas - Apanha-me se puderes - Clube dos Poetas Mortos - Fargo - Fiel Jardineiro - Incríveis - Irreversível - O Lado Selvagem - À Procura de Nemo - Relatório Minoritário - Sleepers - A Última Hora.

Vá lá... vocês sabem que se procurarem bem encontram qualquer coisa!

Irrita-me a política

Irritam-me a hipocrisia e a mentira. Irrita-me um primeiro-ministro demissionário que em vez de acompanhar o debate mais importante dos últimos anos prefere preparar uma declaração com pompa e circunstância ao País, dando clara prioridade à propaganda pessoal. Irrita-me um Governo desorganizado, à deriva, vítima dos seus próprios erros. Irrita-me um PS que não sabe estar à altura da responsabilidade e admitir os erros de análise quando estes acontecem. Irrita-me um PSD que não apresenta soluções nas alturas adequadas, preferindo o oportunismo e a sede de poder, não oferecendo garantias. Irrita-me um PP moralista, que se diz coerente quando tudo o que faz é dizer sempre "não". Irrita-me o Bloco de Esquerda, que vive de ideais com os pés e a cabeça na Lua quando os problemas existem em terra. Irrita-me também o oportunismo do PCP, associando-se às manifestações espontâneas do povo, numa tentativa desesperada de ganhar meia dúzia de votos na rua.Irritam-me propostas que são apresentadas por uns e chumbadas por outros, num ping-pong político deprimente. Irrita-me que o debate político em Portugal seja exclusivamente um recreio de crianças, em que apenas se critica e dispara em todas as direcções. Irrita-me ter que pagar campanhas e eleições com dinheiro que não tenho. Irritam-me os argumentos falsos, as críticas sem fundamento, o constante fugir das responsabilidades.

Irrita-me, acima de tudo, que não se compreenda (ou não se queira compreender) que o povo português é dos mais tranquilos do Mundo, e que estamos dispostos a todos os sacrifícios, todas as medidas de austeridade. Desde que nos consigam provar, mostrar por A+B que um passo atrás hoje representará dois ou três passos para a frente amanhã. Porque somos calmos e ponderados, mas não somos burros.

Nunca liguei à política, e sempre me "orgulhei" disso. Nas últimas semanas, no entanto, tenho estado atento à vida política do nosso país e já estou arrependido.

"Os cães ladram e a caravana passa". Só que neste caso os cães são eles, e na caravana vamos nós. Sem travões e em direcção ao abismo...

O Festival da Canção e a Luta

Ora vamos lá então dissecar o assunto "Homens da Luta na Eurovisão", pois parece que anda na ordem do dia. Também por aí andam a tragédia no Japão, a revolta na Líbia e a crise política em Portugal. Mas de desgraças andamos todos fartos e isto não é nenhum jornal, por isso falo dos Homens da Luta porque me apetece.

1 - O Festival da Canção já foi, em tempos, um grande festival. Não só o da Eurovisão, mas o português, o da RTP, para o apuramento do representante de Portugal. Nos anos 70 e 80 toda a gente queria participar no Festival. Quase todos os grandes músicos e compositores da altura fizeram pelo menos "uma perninha" para participar no que era, efectivamente, a grande festa da música portuguesa. Ora, nesse aspecto o Festival já não existe há muitos anos. Neste momento é mais um arraial de música popular (com raras excepções) do qual os músicos consagrados fogem a sete pés, apesar de continuarem a existir as "estrelas em ascenção" sempre à procura dos tais 15 minutos de fama.

2 - O Festival da Eurovisão, esse sim, continua igual a si próprio: Um valente lobby dos maiores países, dos que têm mais fronteiras distintas, em que os vizinhos votam nos vizinhos e o esquema do vencedor é mais ou menos rotativo. Para um país que só tem um único vizinho, apesar dos inúmeros emigrantes espalhados pela Europa, a vitória é (sempre foi) claramente uma miragem.

3 - A lógica das votações vale o que vale - Portugal, por exemplo, já teve balíssimas canções com pontuações ridículas e outras menos boas mas mais bem pontuadas. Por vezes escolher demais dá mau resultado...

4 - A canção dos Homens da Luta, em si, não é má. Fica no ouvido (o que é importante nestes moldes de concurso) e diverte. Deixo-vos um excerto de cada uma das músicas concorrentes e acabarão até por chegar à conclusão de que a vitória nem lhes assenta mal - o nível era medíocre e esta era mesmo uma das melhores (menos más?) canções a concurso...Ora espreitem:



5 - Quanto a mim e passando para a componente política que está por detrás de tudo isto, respeito a luta e os que lutam, concordo com o direito à manifestação e acho que o povo deve ser ouvido. Mas também acho que os nossos amigos Homens da Luta (apesar de já ter percebido, nas entrevistas, que o tal Jel sabe umas coisas) são um bocadinho palhaços demais para serem, como têm sido, a "face" da luta. Usam as palavras "luta", "precário", "reacção", "sistema" de uma forma tão indiscriminada que a certo ponto dá a ideia que fazem pouco dos que lutam a sério. Disso é que eu não gosto.

6 - E meus amigos: Quem já levou o Tó Cruz, a Luciana Abreu e o Rui Bandeira à Eurovisão está com vergonha de quê ao levar estes amigos??? Deixem lá ir os moços fazer barulho e beber umas cervejas que se a senhora Merkel der tanta importância ao festival como ele merece não há-de ser por isso que deixa de nos emprestar os Euros...

PS: A reacção do público a esta vitória foi inqualificável. Isso sim, é uma vergonha.

Surpreendentemente, gosto!

É que eu nem sequer sou fã dos The Gift. Mas estou rendido a este tema...

A caixa

Ontem na FNAC estive com esta caixa nas mãos.



Durante aqueles segundos transportei-me de novo para a ilha, para a forma como também eu a vivi. E relembrei o quão incrível foi a viagem de Lost.

Daquelas que ficam para toda a vida.

Os árbitros de baliza

Já toda a gente percebeu que há alguém (FIFA ou UEFA ou outro organismo qualquer) que obrigou os senhores árbitros a aumentar a equipa e colocar mais um elemento em cada linha de fundo dos campos de futebol. Também já todos percebemos que por algum motivo (provavelmente dinheiro - relacionado com seguros, ou condições, ou sindicatos e coisas que tais) os senhores árbitros decidiram fazer boicote e estão ali só a fazer figura de corpo presente, birra de crianças.

A questão é quanto tempo mais vai durar este braço-de-ferro. Quem perde é o futebol e os seus adeptos... chega a ser ridículo que os tais senhores passem 90m só ali parados sem fazer rigorosamente nada.

Enquanto não se põe fim a esta palhaçada, porque não atribuir um título mais adequado a estes "árbitros de baliza"? Pelo sim pelo não vou sugerindo alguns:

"Segundos postes de baliza"

"Donos dos melhores lugares dos estádios (embora de pé)"

"Marcadores de limites a partir dos quais um remate do Cardozo é ridículo"

"Limitadores de sucesso dos fotógrafos"

Que tal? Alguém tem mais sugestões?

Por esta é que eu não esperava...

Carnaval 2011... a dobrar!

Desta vez aumentei a parada e fui duas personagens diferentes no Carnaval:

Personagem 1: O Carrasco temerário que depois da jantarada foi impedido de entrar assim vestido no Fantasporto porque causava "um impacto muito grande". No Fantasporto. Impacto. OK.

Personagem 2: O "Papai" de um grupo de estrunfes loucos mas muitíssimo divertidos!

À Lagardère

Tinha eu uns 12 anos quando o meu avô, achando que estava na altura de eu deixar as revistas aos quadradinhos para passar para livros "a sério", me emprestou a colecção de Paul Féval sobre Lagardère, o espadachim destemido que lutava com o objectivo de vingar a morte do seu amigo Duque de Nevers.

Devorei os livros na altura e reli a colecção toda por volta dos 18 anos. E já tenho vontade de voltar a ler, porque são histórias como a de Lagardère que ficam guardadas nos melhores recantos da nossa memória.

Hoje escrevo isto porque voltei a ouvir, como oiço um pouco por toda a parte, a expressão "à Lagardère" utilizada sem critério. Para que conste, "à Lagardère" (e não "à la Gardere", como acredito que muitos pensam) é uma expressão que deve ser utilizada quando alguém faz algo com atrevimento, ousadia ou coragem, sem medir bem as consequências para si próprio.

Pode ser que seja útil para alguém...

Cerimónia dos Oscars 2011 - o (meu) veredicto

Algumas notas sobre a cerimónia de ontem:

- Para mim, foi a mais fraquinha de sempre. Politicamente correcta, foi tudo tão organizado e previsível que quase não teve momentos de grande interesse. James Franco, como muitos dizem por aí, parecia drogado e foi uma valente desilusão como apresentador. Depois da brilhante prestação em 127 Horas esperava-se muito mais... Já Anne Hathaway tentou agitar um pouco a cerimónia, mas acabou por se exceder em vários momentos e passar a imagem de uma teenager excitadíssima por estar ali. Faltou um apresentador carismático, arrojado, divertido - a ovação que Billy Crystal recebeu na breve subida ao palco foi, de resto, esclarecedora...

- Melissa Leo teve jogadas de nível duvidoso para receber o Oscar. Para além disso todo o seu discurso soou a falso... não convenceu ninguém e ainda por cima estava vestida de toalha de mesa. Ah, e não merecia o Oscar. Este deveria ter sido entregue à jovem Hailee Steinfeld.

- Quase todos os prémios foram previsíveis. Com excepção do Melhor Filme Estrangeiro (à imagem do ano passado) e de mais um ou outro dos técnicos.

- Com 97 anos e um apurado sentido de humor, Kirk Douglas foi o melhor da noite!

- Christian Bale e Colin Firth, belíssimos (e sentidos) discursos.

- A montagem inicial, com os apresentadores inseridos nos filmes nomeados, foi um dos melhores momentos. No entanto, não se compreende porque é que a montagem final, de apresentação dos 10 filmes antes da entrega do Oscar, foi feita com o som do discurso do Rei George em The King's Speech. Deu a estranha sensação de que quem fez a montagem já sabia quem seria o vencedor...

- Por fim, Corda aos Sapatos acertou 4 em 6 Oscars, o que não é nada mau... falhámos o Realizador e a Melhor Actriz Secundária. Para o ano é que vai ser!