Quase deixava o ano acabar...

...sem partilhar convosco o momento mais sinistro/ridículo/estranho/patético/(...) da televisão neste Natal.

Foi na gala da TVI. E percebe-se a intenção, sim senhor. Mas tudo tem limites!!!

Quando a mãe não estiver em casa...

Vai ser mais ou menos isto... com excepção talvez dos últimos 40 segundos!

Fases da vida...

Aquela altura estranha da vida de um homem, em que quando vê uma recém-mamã a empurrar um carrinho de bebé já não olha para a mamã mas sim para o carrinho, para verificar se é de qualidade e se é um bom investimento.

Este Dezembro foi tão cheio...

...que eu quase nem ao facebook fui, quanto mais ao blog.

Já não fui a tempo de vos desejar um feliz Natal... por isso antes que me esqueça aqui ficam os votos de um excelente 2014, cheio de coisas boas.

A nível pessoal o ano promete, depois de um 2013 agridoce. O casamento foi fantástico, a lua-de-mel também, mas a família perdeu dois elementos que eram muito queridos e sentimos muito a falta de ambos.

A vida, essa, continua. Jesus (o Jorge) parece imortal, ao contrário do seu homónimo, e o Natal este ano trouxe Quaresma. O país continua afundado numa crise também ela sem fim à vista, mas os centros comerciais estão a abarrotar, todos os programas de fim de ano estão esgotados e na Serra da Estrela já não cabe mais ninguém. Faz um pouco de confusão trazer uma criança a um Mundo completamente tresloucado. Mas haja fé!

Feliz 2014!!!

Baby fight!

Calculo que ainda estejam a recuperar do choque do vídeo anterior. Para ajudar, aqui vai aquele que é oficialmente o meu vídeo preferido do momento!!


Está na altura de começar a treinar, que eles são perigosos...

Bound 2, as duas versões!

No princípio até achei interessante. Depois assustei-me porque pensei que estava aqui alguém a falar comigo. A seguir fiquei baralhado porque pensei que tinha várias coisas ligadas ao mesmo tempo a emitir vários ruídos. Por fim percebi que fazia tudo parte da mesma coisa, que é tipo música mas não é bem, que é tipo videoclip mas também é só parecido... e no fim tive que ver tudo outra vez mas fiquei na mesma. Não sei o que é isto. É que não sei mesmo explicar o que é isto para mim.

Felizmente nestes momentos há sempre malta como os fabulosos James Fraco e Seth Rogen para nos lembrar que o melhor é mesmo aproveitar sempre a perspectiva divertida de tudo.


Mas fica a nota: o que será que os nossos filhos vão ouvir daqui a uns anos? Será isto? Assustador.

É preciso ser-se muito fraquinho na prática do bruxedo, não é???

Que nabos... saiu-lhes mesmo o tiro pela culatra!!!


Pepsi faz campanha triste onde atropela Cristiano Ronaldo3
Pepsi faz campanha triste onde atropela Cristiano Ronaldo2
"A marca de bebidas, que curiosamente tem Messi como um dos seus rostos publicitários, publicou hoje uma imagem no seu Facebook, onde um boneco vestido com as cores da selecção nacional e com o número 7 (o de Cristiano Ronaldo, precisamente), está amarrado e amordaçado a uma linha de comboio.

A imagem contém o texto “Vamos passar por cima de Portugal!”, escrito em sueco e foi parar à sua conta da rede social, minutos antes do jogo que decide o apuramento para o Mundial 2014.

Além dessa imagem, a famosa marca ainda publicou mais duas imagens onde Ronaldo ficou com a “cabeça esmagada” por uma lata e outra onde foi vitima de vudu."



in www.tafixe.com, 19-11-2013

Um trânsito diferente

Caros senhores

professores e responsáveis das escolas de condução

Moutinho, ACP, Invicta, Onda, Bastos, Desportiva, Milenium, Beiramar, Carvalhido, Costa Cabral, Norteca, Ala-Arriba, Via Única, Portuense, Castelo da Maia, Lordelo, Angeiras, Senhora da Hora, Campo Alegre, Benguiados, Freamundus, Nobreza, Guedes Vieira, Da Maia, Guifões, Boavista, Portobessa, Projecto4, Oficina do Condutor, Aliança, Valverde, Paranhos, Europa, Vilacondense, O Volante, Auto-Águia, Santa Maria, Código e Norma, Sobradense, S. Vicente e Rosinha:

Eu compreendo que a zona do Porto onde eu moro é uma zona sossegada. Foi o principal motivo que me levou a escolhê-la. Também sei que tem uns cruzamentos interessantes para a regra das prioridades e compreendo que fica perto do ACP e da DGV. Compreendo ainda o código de honra que nos obriga a ter uma paciência extra com os jovens aprendizes das vossas escolas de condução.

O problema é que vocês são muitos, mesmo muitos, nesta zona. Há de certeza, por toda a área metropolitana do Porto, imensos sítios onde podem ter aulas e exames de condução. Porque é que têm que vir todos para aqui, todos os dias? Está a começar a ficar caótico, porque como sabem:

 - Os vossos clientes são malta que pára em todos os vermelhos, em todos os amarelos e até em alguns verdes;
 - A gente às vezes nem vos tenta ultrapassar com medo que os miúdos se enfiem nas valetas;
 - Vocês chegam a fazer comboios de três e quatro carros de escolas diferentes, comboios que se tornam impossíveis de ultrapassar e que nos obrigam a uma marcha ultra-lenta e ridícula de dois ou três quilómetros.

Talvez compreendam melhor a dimensão disto se disser que a lista de 41 escolas que recolhi acima não foi uma pesquisa básica na internet: Em apenas 10 (DEZ!) dias úteis fui apontando no telemóvel as escolas dos carros que apanhei à minha frente no caminho trabalho/casa e casa/trabalho. Sim, dá tempo para isso... e para muito mais!!!

O fenómeno Berg

Não é invenção portuguesa. Faz parte do formato internacional de todos os programas do género (Ídolos, Operação Triunfo, Factor X, etc) existir uma primeira fase de selecção, que não passa na televisão, e que tem como principal objectivo eliminar à partida candidatos que não interessam ao programa. Curiosamente (ou talvez não), estes candidatos eliminados à partida não são apenas os que cantam extremamente mal - normalmente são também os que cantam extremamente bem. Se pensarmos bem, é evidente: Malta com formação musical não interessa a um programa que tem concorrentes-tipo bem definidos, ou seja, jovens com algum talento, boa imagem, história de vida dramática, margem de progressão.

São as regras do jogo e quem concorre tem que aceitar, pois estamos a falar de um programa de televisão. É frequente dizer-se a alguém "Eh pá, tu cantas mesmo bem, devias concorrer ao [Ídolos, Factor X, Operação Triunfo]" quando a fórmula correcta é "Eh pá, tu até cantas mais ou menos, tens uma imagem interessante e/ou uma história de vida complicada, devias concorrer ao [Ídolos, Factor X, Operação Triunfo]".

É fora deste contexto que aparece o Berg. Teófilo Sonnemberg, ilustre desconhecido, já trabalha em música em Portugal há vários anos (ora vão lá ouvir a "Princesa" do Boss AC com atenção...), tendo participado em projectos de vários músicos nacionais de renome, sempre num papel secundário. Um músico, portanto, dos pés à cabeça. Como é natural, fez um casting perfeito, e é impossível para um júri, qualquer júri, reprovar um cantor destes quando ele aparece no palco.

Pois, a questão é essa: Como é que o deixaram escapar para o palco? Não foi um engano ou um acto inocente naquele "primeiro casting", certamente. Suponho que, de tantos amigos que o Berg foi fazendo ao longo dos anos no mundo da música, algum tenha finalmente decidido ser o padrinho que o Berg, infelizmente, nunca tinha tido. Porque ele é evidentemente um caso à parte neste programa.
Bastou este casting para o Berg. Mostrou-se, parece ser um tipo impecável, canta incrivelmente bem e esta montra vai-lhe permitir dar o salto que faltava - e ainda bem para ele e para todos os que gostam de bons músicos portugueses.

Resta um problema para resolver no programa - como evitar que o Berg vença? Se estão à espera de um deslize, esqueçam. Se o colocam nas mãos do público, já ganhou. Se o expulsarem, quem fica (muito) mal na fotografia é o júri.

Logo, o Berg já ganhou, e o Factor X terminou no momento em que o deixaram pisar aquele palco. Porque ele é um cantor, dos bons, e todos os outros são aspirantes.

Regras do futebol de rua - quem se lembra???

1º- O gordo é sempre o guarda-redes.
2º- O jogo termina quando todos estão cansados.
3º- Embora o jogo esteja 20 a 0, “quem marcar, ganha!!”
4º- Não há árbitro.
5º- Só se marca falta se for muito claro, ou se sair alguém a chorar.
6º- Não há fora-de-jogo.
7º- Se o dono da bola se chateia…acaba o jogo.
8º- Os melhores jogadores não podem jogar na mesma equipa e são eles que escolhem o resto da equipa.
9º- Ser o último a ser escolhido é a maior humilhação.
10º- Nos livres directos, a barreira vai estar sempre perto da bola.
11º- A partida tem uma pausa quando passa um adulto ou uma senhora com um bébé.
12º - A partida pára quando a bola entra pelo vidro de alguma casa, café, carro…ou quando passa um camião, autocarro ou carro. Se for motas ou bicicletas…segue o jogo.
13º- São inimigos eternos os jogadores do bairro mais perto.
14º- Os que não sabem dar um pontapé na bola, são suplentes ou quanto muito…defesas.
15º- Se chegam os mais velhos, temos que sair do campo,mas não sem protestar primeiro.
16º- Há sempre um vizinho que não te deixa jogar ou que ameaça que te fica com a bola.
17º- Se se aposta alguma coisa, jogamos como se fosse uma final.
18º - As balizas são duas pedras, ou latas, mas vai haver sempre uma equipa que tem a baliza mais pequena.
19º - Quando uma equipa marcar um golo de chapéu, a equipa adversária vai gritar sempre “FORA”.
20º - Os foras são marcados com o pé e é possível atirar contra um adversário e seguir a jogada.
21º- Num penalty, o gordo sai sempre da baliza e quem defende é o melhor jogador.

Batalha épica

A batalha destes dois idosos russos alcoolizados já é fantástica por si só. Mas o toque de efeitos especiais dá-lhe proporções míticas! Este faz-me sempre rir...



Snorkeling

Regresso a Porto Santo, vários anos depois, para visitar velhos amigos. Ao contrário da primeira visita, desta vez o clima estava bem mais adequado a uns bons dias de praia fora de época (praia em Portugal em meados de Outubro não é propriamente "normal") e a novos passeios por uma ilha que tem o seu quê de paradisíaco.

Deu também para experimentar um desporto que é muito praticado na ilha e que todos conhecemos das brincadeiras aquáticas de infância - mas que pelos vistos agora é à séria e tem mesmo um nome: Snorkeling.

E eu acho que podia fazer disso vida. Passar horas dentro de água, a nadar por entre as rochas e a analisar ao pormenor as criaturas do Oceano. Há algo de muito libertador e mágico no processo de descobrir pequenos cardumes, segui-los em silêncio, mergulhar com eles, agarrar as rochas no fundo para ficar um pouco mais a pertencer a um ambiente fantástico.

O vídeo não é meu, nem faz minimamente jus ao que se vê e se sente quando se está lá. Mas foi em Porto Santo e dá para ficar com uma ideia. Um dia vou ter vídeos meus.



Obrigado ao JC e à Joana, por tudo. Para repetir, sem dúvida. Sempre que possível!

A Gaiola Dourada

Tinha a clara sensação de que ia gostar do filme de que todos falam desde o início do Verão. A Gaiola Dourada é um sucesso de bilheteiras e é impossível não sentir o bichinho da curiosidade para, finalmente, perceber a que se deve tanto burburinho.

Finalmente conseguimos matar saudades das salas de cinema (e que saudades!!) e fomos ver o filme de Ruben Alves. Não decepcionou. Pelo contrário, acho mesmo que A Gaiola Dourada é uma vitória a toda a linha porque se mantém fiel aos seus próprios princípios: É simples, realista, honesto, divertido, familiar. E juntar a melhor actriz portuguesa (será que só agora se lembraram de repente que a Rita Blanco existe?!?) com o mais conceituado actor português é um mérito inquestionável.

Não faltam os super-intelectuais deste país a escrever que o filme é uma sátira infeliz, que é exagerado, que ridiculariza os portugueses. E estão errados, completamente errados. Porque o filme é extremamente eficaz na construção de personagens que nos são familiares: Toda a gente tem pelo menos um primo, um tio, um amigo que é exactamente igual a uma das personagens. Mesmo os super-intelectuais deste país, se pensarem bem.

Eu fico orgulhoso de um filme assim, porque me parece que em vez de nos envergonhar acaba por passar uma imagem muito positiva dos pequenos grandes portugueses que à custa de muito trabalho e dedicação foram por aí conquistar esse Mundo. Há 30 anos, como hoje, infelizmente.

Estava à espera de me rir, de me divertir, de gostar e não me desiludi. Não estava era à espera de me emocionar e no meio de toda aquela azáfama há um momento (o fado, o fado é terrível) em que engolimos em seco e sentimos que aqueles também somos nós, que aquela família também é a nossa família.

O casamento!

A preparação começou com mais de um ano de antecedência. O evento seria em grande e não podia falhar nenhum pormenor... E foi complicado, é verdade, tratar de todos aqueles pequenos pormenores que no dia se conjugam para que a festa seja mesmo em grande.

E foi. Uma grande festa: um grupo de convidados fantástico (elogio recebido pelos próprios donos da Quinta), a noiva mais bonita, a melhor missa de sempre (sem exagero...), um dia que correu mesmo muito bem.

Cansativo, sem dúvida. mas no final ficou aquela sensação de que fizemos tudo para agradar a todos. e que fomos bem sucedidos. Foi o dia mais incrível da nossa vida!

Coloco aqui alguns exemplos de fotos... quem quiser ver mais está a vontade para aparecer cá em casa, cá vos esperamos!





















Mas ela está em todo o lado!?

Estou em grande dívida com o blog. Desde a última vez já aconteceu (só) um casamento e uma Lua-de-Mel, e há uns resumos e umas fotos que quero colocar aqui.

Mas entretanto a Mimi não pára de aparecer e é o assunto que está na ordem do dia. O casamento, como é para a vida, tem tempo!


Para quem anda a dormir (será que ainda há alguém??), a Mimi apareceu em Genéve, Suiça, no passado dia 3 e voltou a surgir na TVI, hoje, com entrevista da Fátima Lopes e cantoria.

Os links:

Green Cross Musical (especial atenção para o minuto 23 e para as 02h04m)

A Tarde é Sua (especial atenção para a foto inicial, momento em que este que vos escreve sai finalmente do anonimato)

Se ela não aparecer mais durante uma semana pode ser que se volte ao tema do casamento...

[Quando é que finalmente fazes um blog para ti???]

8 days to go...

A apenas oito dias do dia D, é inútil responder à questão do momento com um "Não, nada nervosos, estamos tranquilos". Nota-se em demasia: Não é a toda a hora, mas de vez em quando tremem as pernas, dói a barriga, a cabeça sai daqui e vai para longe, o sono anda trocado.

Sim, estamos naturalmente ansiosos. Não tanto por nós, mas pelos nossos.

Não foi fácil, não está a ser, preparar tudo para que seja um dia inesquecível não só para nós mas para todos. Mas no fundo já temos a sensação de que vai tudo correr bem e que vamos conseguir evitar ser mais um daqueles casais que vão parar ao Youtube. Ou então não...

Ainda faltam pormenores, mas no geral, está encaminhado. Está tudo no seu devido lugar...


Olha a Mimi, a abrir as asas!!!


"Mariana Pedreira, natural de Montalegre, candidatou-se a um casting a nível mundial para jovens entre os 18 e os 25 anos e, entre milhares, foi um dos 30 atores selecionados para fazer parte do musical "2050-The Future We Want". A única representante de Portugal, fará parte deste espetáculo organizado pela Green Cross International, através do Secretário Geral da União Soviética Mikhail Gorbachev, para festejar o vigésimo aniversário da instituição.
O musical, cuja história tem como objetivo mudar a mentalidade mundial relativamente à proteção do ambiente, irá realizar-se no dia 3 de Setembro no Palácio das Nações Unidas, em Genebra."


O fim-de-semana mais louco do ano

Quero agradecer a todos. Foi um fim-de-semana incrível e mítico. Dois fabulosos grupos, um na Sexta e outro no Sábado, para a realização conjunta de dois eventos numa roda-viva de emoções, de reencontros, de comida, bebida e muita festa. Um agradecimento especial aos que fizeram sacrifícios evidentes para poderem estar presentes, e outro aos que fizeram todos possíveis mas acabaram por não conseguir lá estar.


(Não estão cá todos os de Sábado, mas é das poucas fotos que tenho...)

Como não podia deixar de ser, o maior agradecimento vai para o Luis, claro. Começou em Amesterdão com 3 e acabou em Montalegre com 25. Bem jogado, meu irmão - Agora parece-me evidente que foi mesmo a melhor opção. Não te preocupes que a seu tempo serás devidamente recompensado...

Numa palavra... Inesquecível!!!

As noites em branco do Palmeirim

A parte mais divertida deste efeito dominó nos ministros que vão abandonando o barco é assistir ao desespero do Vasco Palmeirim. O rapaz tem por hábito criar versões especiais de músicas conhecidas sempre que algo relevante acontece no panorama nacional e agora como tudo está a acontecer diariamente ele não tem tido mãos a medir para poder compor músicas que apresenta nas manhãs da Rádio Comercial.

Tiro o meu chapéu a esta última, que lhe deve ter custado mais uma noite em branco...

(Pssst, Palmeirim: Parece que hoje se demitem os restantes ministros do PP... preparado?!?)

Geocaching

Confesso que sou fã do conceito. A ideia de procurar pequenos "tesouros" escondidos um pouco por todo o lado, mesmo nas barbas dos transeuntes e nos locais mais emblemáticos de cada país, cidade, vila ou aldeia é aliciante e talvez a melhor forma actual de conhecer locais e partilhar as experiências com gente de todo o Mundo.

As caches em si não são, regra geral, nada de especial. Meia hora de rabo para o ar para encontrar um tupperware ou um pequeno íman tem o seu quê de ridículo. Porém, há algo de mágico não só na "caça ao tesouro" em si mas também em abrir a cache e descobrir assinaturas de malta da Austrália, Escócia, Bolívia ou Rússia no logbook. É talvez aquela sensação de aldeia global que tem aquele gosto especial.

Para já, as minhas poucas experiências de geocaching têm acontecido com amigos ou colegas com experiência acumulada na área, e de uma forma esporádica.

Ah, mas quando tiver um telemóvel de jeito e um GPS em condições... Vou ser o maior da minha rua!!!

A mãe e a Internet

Abre uma página da Internet. Surge uma daquelas caixas pop-up com um joguinho qualquer - neste caso o jogo dizia "transporte 24 pedras para o poço!".

- Mãe, sabes o que é essa janela, não sabes?
- Claro que sei!
- Ah, bom.
Quando eu já vou a sair da sala, acrescenta:
- Mas agora não tenho tempo para estar a jogar isto.

Marina reencontra Ulay

"Nos anos 70, Marina Abramovic viveu uma intensa história de amor com Ulay. Durante 5 anos viveram num furgão realizando todo tipo de performances. Quando sentiram que a relação já não valia aos dois, decidiram percorrer a Grande Muralha da China; cada um começou a caminhar de um lado, para se encontrarem no meio, dar um último grande abraço um no outro, e nunca mais se ver.

23 anos depois, em 2010, quando Marina já era uma artista consagrada, o MoMa de Nova Iorque dedicou uma retrospectiva a sua obra. Nessa retrospectiva, Marina compartilhava um minuto de silêncio com cada estranho que sentasse a sua frente. Ulay chegou sem que ela soubesse e... Foi assim."

(Traduzido por Rodrigo Robleño)


Sobre o nosso Benfica

Sim, estou por aqui. Sou um benfiquista ferrenho, daqueles que vibram a sério com o nosso Benfica, que celebram as vitórias e sofrem com as derrotas. Mas não sou de injustiças, de ameaças, de provocações, de discussões sérias com amigos por causa de futebol. No que respeita ao futebol, não gosto de deixar o coração sobrepor-se à razão e por isso evito falar na hora. Mas falo quando quero falar, e aqui estou eu.

Não é fácil explicar o que se passou com o nosso Benfica nas últimas duas semanas da época. O argumento do cansaço está esgotado, e não se pode atribuir tudo à falta de sorte ou aos erros de arbitragem. O mais fácil é mesmo atribuir as culpas ao treinador, mesmo sabendo que não é ele que falha defesas fáceis ou golos de baliza aberta. Mas analisando a longa época do Benfica, as caminhadas nas várias frentes, é uma injustiça tremenda atribuir todas as culpas ao treinador. Porque ele teria toda a culpa no caso de terminarmos a dez pontos do primeiro lugar e sermos eliminados precocemente da Europa e da Taça de Portugal, e não foi nada disso que aconteceu.

Foi uma caminhada do caraças, pessoal... uma época em que durante 90% do tempo parecia que só os benfiquistas gostavam de futebol; uma época em que demos muito espectáculo muitas vezes; uma época em que vibrámos com a vontade da equipa de ganhar tudo, a todos. Não ganhámos, é verdade. Mas assustámos, e muito. Mostrámos mais uma vez que de há uns anos para cá voltámos a fazer jus aos nossos pergaminhos, em Portugal e na Europa!

É certo que ao Benfica tem que se pedir títulos. Evidente. Mas tantas vezes vai o cântaro à fonte... É assim que se fazem os verdadeiros campeões. Não de uma forma esporádica, mas com tempo, trabalho, seriedade e dedicação. O caminho, este ano, foi quase perfeito. Agora, é melhorar um pouco mais.

Também sabemos a pressão que se coloca sobre nós, que é muito maior que a dos outros. Normal. Houve, efectivamente, um jogo desta época em que o nosso Benfica foi beneficiado, e todos sentiram o barulho que se fez à volta desse jogo. Outros jogos existiram em que também os nossos adversários foram beneficiados, mas foram praticamente ignorados até pela própria direcção do Benfica - e é também aqui, nos bastidores, que se ganham jogos e troféus. A partir do momento em que perdemos o jogo com o Estoril, eu senti que tínhamos a época perdida. E a partir daí houve a afronta de ter Pedro Proença no Dragão; a conveniência de ter Hugo Miguel em Paços de Ferreira; a provocação de ter Jorge Sousa na final da Taça de Portugal. Independentemente da influência destes nos respectivos jogos, é de estranhar a apatia da direcção do Benfica quando era preciso falar, criticar, reclamar, fazer também o jogo da pressão - esse ainda não o sabemos fazer como deve ser.

Apesar dos foras-de-jogo, dos penalties, etc, mantenho a minha ideia : Em jogo jogado, em futebol, o Benfica foi a melhor equipa portuguesa da época, mesmo sem ganhar qualquer troféu. Disso não tenho dúvidas. Mas não foi melhor que o seu adversário no confronto directo, e foi aí que perdeu o campeonato. O resto surgiu a partir daí, dessa consciencialização colectiva. Seguiu-se uma inevitável apatia interrompida apenas naquela grande final contra o Chelsea. É preciso pôr o dedo na ferida, e se ninguém o faz eu não tenho problemas em dizê-lo: Não é o treinador, este ou aquele jogador, ou o árbitro. O Benfica está quase perfeito e tem apenas uma barreira psicológica para derrubar - Aquele adversário que começa os jogos contra nós como se nos quisesse matar, aquele adversário que a nossa equipa respeita sempre em demasia, mesmo quando sabe que é melhor. Quando eu vir o treinador e a equipa encararem um jogo destes como fizeram no jogo com o Chelsea ou com qualquer outro adversário, saberei sem dúvida que o nosso Benfica está preparado.

E já faltou muito, muito mais.

P.S. - Eh pá... E Tivemos MUITO, mas MUITO azar!!! Os Deuses da bola pregaram-nos várias partidas em apenas duas semanas... É assim o futebol. Infelizmente para nós, desta vez.

O maior!

A postura deste senhor é demais...

"...the man was sad that she ueft"


É o pior Dia da Mãe de sempre, para ti...

...mas deves estar eternamente orgulhosa, tal como nós. Porque há uma categoria raríssima de Mães: A vossa, a tua. A melhor.


Feliz Dia, Mãe! Obrigado por tudo!

Explicado assim, só não percebe quem não quer...

O Zé não é empreendedor


Um dos argumentos comuns para justificar a estagnação económica do país nos últimos 10 anos é a de falta de sentido empreendedor. Os empresários, diz-se, são mal-preparados e fazem os possíveis para fugir aos impostos. Por outro lado, fala-se numa falta de sentido empreendedor da “geração mais bem preparada de sempre”. Para percebermos um pouco o motivo desta falta de sentido empreendedor, imaginemos o caso do Zé, um jovem engenheiro informático saído da universidade. O Zé desenvolveu um hardware especial adaptado a empresas que fazem apps. Acabado o curso, decidiu começar a comercializar o produto. O negócio começa bem e o Zé já encontrou um cliente disposto a pagar a pagar 3000 euros por mês para comprar uma unidade desse hardware. Nada mau para uma start-up, pensa ele. Precisando de ajuda, ele fala com um dos seus colegas de curso que se dispõe a fazê-lo desde que receba 1000€ líquidos por mês (12 mil € por ano). O Zé tem, portanto, um modelo de negócio que não só irá criar 36000€ de valor acrescentado (PIB) anualmente, como gerará um emprego. Se a coisa correr bem, dentro de alguns anos, a empresa poderá criar muito mais valor e empregar muito mais pessoal qualificado. Criação de riqueza e emprego, precisamente o que a economia portuguesa mais precisa.
O Zé começa então a fazer as contas. O cliente da Zé, Lda avalia o produto em 3000€, mas a empresa apenas receberá 2439€, já que 561€ irão para pagar o IVA. O Zé descobre também que, para que o seu colega de curso receba 12 mil euros por ano, a Zé Lda terá que gastar nada menos do que 20.076€ (1673€ por mês) para cobrir a retenção de IRS, a TSU do empregado e a TSU do empregador.
Eliminados estes custos, o lucro começa a parecer bastante diminuto, mas o Zé ainda é obrigado a pagar IRC sobre esses lucros. Finalmente o Zé, para gozar dos lucros da empresa que montou, ainda tem que pagar IRS sobre os dividendos.
dividendoZe
Feitas as contas, o Zé receberá cerca de 422€, menos do que um salário mínimo. Dos 3000€ euros de valor acrescentado, o estado absorverá 1578€. Isto sem contar com impostos de selo, taxas diversas e as multas da ASAE por a sua garagem não ter condições para empregar o amigo.
divisao
O Zé precisaria de aumentar a escala da empresa para 3 empregados e 3 produtos vendidos por mês para poder receber 1200€. Mas isso seria demasiado ambicioso para uma start-up. Dizem ao Zé que há empresas grandes que pagam bastante menos impostos recorrendo a truques contabilísticos, mas o Zé não tem grandes condições para contratar contabilistas.
O Zé desiste da ideia e vai trabalhar para um Call Center. Dez anos mais tarde ouve falar da história de um milionário Irlandês que desenvolveu um produto muito semelhante ao do Zé e agora o vende para todo o Mundo. No Prós e Contras dessa semana discute-se a falta de sentido empreendedor dos jovens licenciados."
Escrito por Carlos Guimarães Pinto a 22/04/2013 no blog http://portugalcontemporaneo.blogspot.pt

No meio de 60.000, atrás desta baliza

Não valeu só o preço do bilhete, valeu cada um dos 600 kms... uma festa incrível, só comparada à de há uns anos quando Luisão marcou um golo decisivo, nesta mesma baliza, contra este mesmo rival...

Os cheiros de Portugal

O nosso País tem cheiros. O Algarve cheira sempre a Algarve, o Alentejo a Alentejo, Trás-os-Montes cheira sempre ao mesmo.

Os entendidos dirão que os cheiros se devem às estações do ano, às colheitas, às vindimas, aos campos, à poluição, às flores. Eu só sei o que cheiro.

Na varanda do quarto do hotel de Mora, no Alentejo, inspiro profundamente e lembro-me que esta foi uma das primeiras terras que visitei sozinho no âmbito do meu trabalho. Foi em Outubro de 2003, já lá vão quase dez anos.

O hotel em que estou ainda não existia, nem parte da estrada que ontem fiz para cá chegar. O homem que sou hoje também era ainda uma miragem nessa altura. Era apenas um miúdo, recém-licenciado, a dar os primeiros passos incertos numa carreira com que nunca tinha sonhado sequer e na qual não depositava grandes expectativas. Os meus sonhos eram outros, não melhores nem piores, diferentes. Na altura emigrar era um possibilidade quase absurda para um licenciado, austeridade era uma palavra no dicionário e Troika era só algo em russo. Era tudo tão diferente.

Mas o cheiro, esse, é exactamente o mesmo: É o cheiro de Mora, no Alentejo.

A Tasquinha dos Sabores

Por mais que se procure, não é fácil encontrar um local que saiba conjugar convenientemente as receitas de petiscos tradicionais e bem confeccionadas com um ambiente moderno, de bom gosto na decoração e simpatia no trato.

Mas é o caso da Tasquinha dos Sabores. Fica ali num cantinho da Rua das Condominhas, e passa quase despercebida ao transeunte. Uma vez lá dentro, no entanto, os aromas que nos chegam da cozinha não enganam: Sabemos que se vai comer bem.

A ementa está descrita num grande quadro na parede, e a toda a volta se podem ver pequenos "post-its" coloridos de clientes de passagem, miúdos e graúdos, a relatar a experiência em duas linhas.

A ementa engloba não só aqueles petiscos que conhecemos (pimentos Padrón, pataniscas com arroz de feijão, chouriço assado, cogumelos salteados com bacon,...) mas também outros não tão tradicionais como o crepe de alheira, queijinho no forno com azeite ou chamuças de morcela com puré de maçã. Tudo isto acompanha com uma de três sangrias possíveis ou mesmo com uma caipirinha gigante e absolutamente fabulosa!

Nota ainda para a decoração do WC, mais um toque subtil com as paredes totalmente forradas de páginas do Blitz.

A Tasquinha é daqueles locais que todos deviam visitar, pelo menos uma vez... Principalmente os amantes de petiscos. Mas quem não é???

Tasquinha dos Sabores
Rua das Condominhas, 175
Lordelo do Ouro, Porto





O melhor do mercado


De comer e chorar por mais... uma delícia!

Não é para pressionar ninguém.

Não me importava nada... mas vou já avisando que estou à espera de algo ainda melhor do que isto!!!
 

O dia do... padrinho!

"Hoje é dia do pai. Eu não tenho pai. Tenho um João. O Mateus tem um pai, não tem um João!"


E no Dia do Pai, a melhor prenda foi para um padrinho. Uma pequena frase que é muito mais do que eu mereço...

Obrigado, Princesinha!!!

Até dói só de ver...

Claro que dá vontade de rir, mas é porque é aos outros... Eu cá não consigo imaginar nada pior!!!

Coitados...

Oscars 2013 - Os vencedores

Não posso negar que fiquei um pouco desiludido com esta cerimónia dos Oscars. Se a ideia era aproveitar a boleia d'Os Miseráveis e da celebração dos 10 anos da vitória de Chicago para homenagear a música no cinema, a verdade é que podia ter sido feito muito, muito mais. Os números musicais foram medianos (A própria Adele parecia adoentada e a Zeta-Jones estava em evidente playback) e havia tanto para explorar, que pareceu haver algum desleixo na organização da cerimónia.

O estreante apresentador Seth MacFarlane não esteve mal, teve algumas tiradas engraçadas e sabe cantar e dançar, mas nunca entusiasmou verdadeiramente.

Quanto aos prémios em si... pode-se dizer que a maior surpresa talvez tenha sido Ang Lee a arrecadar o prémio de melhor realizador, embora tenha ficado sempre no ar a ideia de que se Ben Affleck tivesse sido nomeado como devia, este prémio (também) tinha sido dele.

Argo foi portanto o grande vencedor, arrecadando os prémios de melhor filme, melhor argumento adaptado e edição. Lincoln, por sua vez, ganhou apenas dois Oscars em dez nomeações e é o evidente derrotado da noite. Melhor esteve A Vida de Pi que conseguiu quatro estatuetas.

O melhor momento da noite: Meryl Streep e Daniel-Day Lewis em palco, juntos, por breves momentos. Os dois maiores actores vivos. Será que há alguém com a coragem de os juntar um dia numa longa-metragem? Onde é que eu assino para que seja possível?

Eu adoro isto.



Frustrante

- Trabalhar duas horas extra ontem para conseguir sair hoje mais cedo, com o objectivo de chegar à hora certa para ver o Benfica.
- Conseguir sair às 16:30 conforme previsto, e arrancar para uma viagem de 369 km.
- Dos 369 km, apanhar cerca de 350 km com um temporal incrível, o pior de que me lembro, e quase nunca conseguir andar a mais de 110 km/h.
- Ouvir na rádio o apito do árbitro para o início da partida... a 8 km do meu destino. OITO!!!

Não merecia.

Oscar 2013 - As previsões

É um ano em que há de tudo: Dos veteranos aos novatos, do musical à comédia, do drama à acção... o que torna mais complicado distinguir os melhores dos menos bons. Há prémios demasiado evidentes e outros em que todos os nomeados parecem ter hipóteses de ganhar. O que nos pode reservar a noite de 24 de Fevereiro?

Tudo começa com o dia 10 de Janeiro e com a enorme surpresa de não se ver Ben Affleck no lote dos nomeados para melhor realizador. As contas ficaram, desde logo baralhadas e foram complicando cada vez mais: A academia costuma emparelhar o filme com o realizador, e entre 9 nomeados para melhor filme Argo pareceu ficar logo em desvantagem. No entanto, desde aí, tem ganho todos os prémios da época. Parece um pouco uma provocação à Academia... que normalmente não se deixa influenciar. Tenho para mim que Lincoln é o favorito da Academia desde o início e que poderá ganhar esta corrida a Argo. Mas no fim de contas, a aposta mais segura é mesmo em Argo para melhor filme.

Já para realizador, e pelos mesmos motivos, a luta é acérrima. Sem Ben Affleck no lote, Spielberg sai bem posicionado apesar de nem sequer ter sido nomeado para os BAFTA, por exemplo! Ang Lee e Michael Haneke estão à espreita e podem surpreender.

Daniel Day-Lewis e Anne Hathaway são os mais brilhantes do ano e vão ganhar os respectivos prémios. Menção honrosa para Hugh Jackman e Sally Field, mas nada mais do que isso.

Quanto à melhor actriz... há 3 favoritas: Jessica Chastain, Emmanuelle Riva e Jennifer Lawrence. O Oscar assentava bem a qualquer uma, e se Chastain partiu em vantagem a verdade é que Riva e Lawrence ganharam os prémios mais recentes e prometem luta até ao final...

A grande surpresa poderá ser o melhor actor secundário. Tirando talvez Alan Arkin, qualquer um dos restantes pode vencer - embora me pareça que a estatueta vá acabar nas mãos de Christoph Waltz ou de Tommy Lee Jones...

Venha o veredicto!

Filmes... em série!

Zero Dark Thirty foi, para mim, a maior surpresa da temporada pela positiva. Estava à espera de algo demasiado documentado, em toada lenta e desinteressante, e a verdade é que Kathryn Bigelow consegue o inverso. Baseado em factos reais, sobre a caça e captura de Osama Bin Laden, o filme não podia deixar de ser controverso a vários niveis. Das (falsas?) cenas de tortura à forma (depreciativa?) como são retratados os muçulmanos, quase tudo serviu para criticar um filme que aborda um dos temas mais sensíveis para os americanos e para o mundo ocidental em geral. Imune a tudo isto, Zero Dark Thirty emerge como um dos melhores filmes da temporada pelo ritmo, o argumento e o interesse que desperta no espectador do princípio ao fim - apesar de já todos saberem como acaba...

Para Django Unchained a expectativa era enorme: Mais um clássico instantâneo de Tarantino, divertido, daqueles que só ele sabe cozinhar. E não desilude, pois claro. Um elenco extraordinário que dá vida a personagens incríveis do imaginário do realizador, uma banda sonora perfeita e um argumento daqueles a que Tarantino já nos habituou e que muitos tentam mas ninguém consegue copiar. Não é o melhor dele, na minha lista de filmes de Tarantino aparece até num quarto ou quinto lugar. Mesmo assim, é muito melhor do que a maioria do que por aí se faz...

The Master é uma desilusão. Depois de There Will Be Blood esperava-se muito da genialidade de Paul Thomas Anderson, mas este perde-se nos labirintos do seu próprio cérebro e traz-nos obras como este filme que em vários momentos parece que vai crescer mas nunca passa de uma mediania entediante numa história interminável sobre não se sabe ao certo o quê. Os desempenhos de Joaquin Phoenix e Philip Seymour Hoffman acabam por ser o mais interessante de um filme que não me deixa saudades.

Outro filme assim-assim é The Flight, com o incontornável Denzel Washington. As nomeações para argumento e melhor actor davam a entender que haveria algo de diferente aqui, mas não é o caso. Denzel está bem, mas Denzel está sempre bem. Dá sempre a sensação de que já o vimos neste papel uma mão-cheia de vezes noutros filmes, não se descobre nada neste The Flight que o diferencie dos outros filmes de acção tão típicos em que o actor costuma brilhar. Vê-se bem, claro, mas pouco mais.

Beasts of the Southern Wild é a grande surpresa nas nomeações aos Oscars de 2013. É a primeira longa-metragem de um jovem realizador, não tem qualquer actor profissional no elenco e foi feito com um orçamento muito curto. A partir daqui, um filme minimamente decente já seria uma vitória! Mas Beasts é mais do que isso: Aproveitando ao máximo os recursos, é de uma simplicidade e de uma honestidade desarmantes, é inteligente e perspicaz. O mundo pelos olhos de uma criança, a vida através da pureza de um jovem coração. Sem ser fantástico, é uma bela surpresa e deixa um sorriso nos lábios até dos mais cépticos.

E por fim, Lincoln. O filme com mais nomeações para os Oscars acabou por ser o último que vimos. E é o que tem mais" matéria de Oscar", no fundo. Começa por ter o melhor actor vivo (Daniel-Day Lewis) num desempenho assombroso como Abraham Lincoln, a viver o drama de ter que escolher entre o final de uma Guerra Civil e a aprovação da emenda que finalmente viria a abolir definitivamente a escravatura. Juntando a isto um dos realizadores mais aclamados de Hollywood (Spielberg), uma banda sonora à altura e um argumento leve e facilmente perceptível, Lincoln é um daqueles que serão lembrados, vistos e revistos por muitos anos. É muito bom, sem dúvida. O melhor? Talvez...


Para lá da fronteira

Estou muito satisfeito com os meus queridos amigos da Vodafone.

Quando estou em Montalegre é frequente dar um salto à fronteira ou até Chaves. Em ambos os casos recebia sempre uma mensagem a explicar as tarifas em vigor da Vodafone espanhola (para quem não sabe, em parte da estrada Montalegre-Chaves a rede de telemóveis é espanhola).

Ora, isto é um bocado chato. Cientes disso, os meus amigos criaram uma solução: No final da mesma mensagem das tarifas, vem algo como Se não quiser receber esta informação, responda a esta SMS com a mensagem "ANULAR". Óbvio.

Ora, quem é que envia esta SMS a anular? Quem, como eu, não gosta ou não quer receber uma SMS cada vez que vai a Espanha. Certo? E lá mandei a SMS "ANULAR".

E é como dizia, estou muito satisfeito com os meus amigos da Vodafone. Porque agora, cada vez que apanho rede espanhola já não recebo SMS com as tarifas. Em contrapartida, recebo sempre uma SMS a dizer Confirmamos a remoção da info das tarifas aplicáveis em roaming. Para voltar a receber essa informação, responda a esta SMS com a palavra "RECEBER"...

Em Portugal, claro...

Acabado de chegar de uma semana em trabalho, dirijo-me a um posto de uma grande gasolineira para atestar a viatura da empresa antes de a entregar, como de costume. Escolho uma bomba daquelas que não são em pré-pagamento, pois como não sou bruxo não faço ideia de quanto preciso para encher o depósito. 

Após abastecer, vou efectuar o pagamento. São 33 euros. Apresento o cartão, à espera da tradicional pergunta “deseja factura com número de contribuinte?” e em vez disso sou brindado com um “não quer aderir à nossa promoção de dois limpa-vidros mais dois chocolates e mais não sei o quê com desconto XPTO?”.  Respondo que não e vejo quase de imediato o talão a sair da máquina. “Finalmente”, pensei, “sai o raio da factura sempre sem ter que ser eu a pedir, com um espaço em branco para eu colocar o nº de contribuinte. Tão fácil.” Fácil demais, claro.

“Isto é factura, certo?”
“Ah… queria factura com número de contribuinte??? Pois… agora já não é possível…”
“Pois. Mas o que é certo é que eu preciso de uma factura de 33 euros.”
“O sistema agora já não permite gerar…”
“Então e uma factura manual? Não pode passar?”
“Não, com este novo sistema deixaram de nos facultar o bloco de facturas! Mas pode escrever aí o contribuinte, o nome e a morada completa”
“Completa? Para quê?”
“Agora tem que ser a sede da empresa a enviar a factura para a sua empresa.” 



Desisti, entreguei o carro e peguei no meu que, por sorte, estava a precisar de combustível e que, por sorte, usa o mesmo combustível do carro da empresa. Voltei ao mesmo posto e desta vez escolhi uma bomba de pré-pagamento, pois já sabia que ia gastar… 33 euros. Ao efectuar o pagamento, diz-me o mesmo senhor: “Desta vez quer factura, certo?” ao que eu respondo, evidentemente, “Já da outra vez queria…”. Dou os dados para a factura e, cereja no topo do bolo, diz ele:

“Agora só tem que ir atestar e no fim vir aqui buscar a factura”
“Como? Já paguei e não levo factura???”
“Só depois de atestar é que o talão sai da máquina…” 

Portanto, quem quiser pré-pagamento (que supostamente é para facilitar a vida a toda a gente) e também quiser factura (que supostamente é obrigatório) ganha duas viagens de ida e volta à caixa. Bonito…

Como é que se implementa o que quer que seja num país como este? Alguém me explica???

Porque é que Montalegre em Janeiro é excelente?

Não, não é a neve. As minhas preferências são outras...