Não posso negar que fiquei um pouco desiludido com esta cerimónia dos Oscars. Se a ideia era aproveitar a boleia d'Os Miseráveis e da celebração dos 10 anos da vitória de Chicago para homenagear a música no cinema, a verdade é que podia ter sido feito muito, muito mais. Os números musicais foram medianos (A própria Adele parecia adoentada e a Zeta-Jones estava em evidente playback) e havia tanto para explorar, que pareceu haver algum desleixo na organização da cerimónia.
O estreante apresentador Seth MacFarlane não esteve mal, teve algumas tiradas engraçadas e sabe cantar e dançar, mas nunca entusiasmou verdadeiramente.
Quanto aos prémios em si... pode-se dizer que a maior surpresa talvez tenha sido Ang Lee a arrecadar o prémio de melhor realizador, embora tenha ficado sempre no ar a ideia de que se Ben Affleck tivesse sido nomeado como devia, este prémio (também) tinha sido dele.
Argo foi portanto o grande vencedor, arrecadando os prémios de melhor filme, melhor argumento adaptado e edição. Lincoln, por sua vez, ganhou apenas dois Oscars em dez nomeações e é o evidente derrotado da noite. Melhor esteve A Vida de Pi que conseguiu quatro estatuetas.
O melhor momento da noite: Meryl Streep e Daniel-Day Lewis em palco, juntos, por breves momentos. Os dois maiores actores vivos. Será que há alguém com a coragem de os juntar um dia numa longa-metragem? Onde é que eu assino para que seja possível?
1 comentário:
Desculpa lá que te diga, mas esse tal filme com a Meryl Streep e o Daniel Day-Lewis, a realizar-se, há-de ser uma grande seca...
Talvez se eles tivessem menos 25 anos...
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