Música com olhos brilhantes

O vídeo que apresento aqui em baixo tem 20 minutos. É demasiado, não é?

Vamos fazer o seguinte: Não vejam sem som, nem só umas partes, nem tenham pressa. Guardem apenas a informação de que têm aqui um vídeo de 20 minutos para verem quando tiverem tempo, vontade, oportunidade. É sobre música clássica, sim, mas não só. Vale mesmo a pena - o orador (Benjamin Zander, maestro da Boston Philarmonic) é espantoso e os resultados são surpreendentes.

Não vejam isto, não agora. Mas não se esqueçam que o link para o vídeo está aqui para verem no momento certo. Não se vão arrepender, prometo...

Benjamin Zander - Música e Paixão


(Enviado por MJ)

Um bloco de gelo na baliza do Benfica...


Star FM

A gente desta rádio merecia um gigantesco abraço... era a rádio que faltava!

Elvis, Pink Floyd, Rolling Stones, Chico Buarque, Sinatra, Beatles, Simon & Garfunkel, enfim: Como eles dizem, "O Regresso dos Clássicos".

105.8 no Porto, 96.6 em Lisboa.

E aqui, também, para quem quiser (como eu) ouvir a toda a hora: Star FM

(Neste preciso momento, "Cavalo à Solta" - Fernando Tordo. Fabuloso.)

Mellon Collie...

Suficientemente melancólico, hoje dei por mim a ouvir novamente alguns temas de "Mellon Collie and The Infinite Sadness",dos Smashing Pumpkins.

Que álbum fantástico, genial! E tem o condão de me fazer sempre regressar ao ano de 1996:

17 anos. Restelo, Algés, Queijas, Miraflores, Belém, Alcântara. Aprender guitarra sozinho, com sucesso. As noites nas Docas e as férias em Montalegre com uma suposta banda a tentar tocar músicas deste mesmo álbum. A Boémia no Verão. Pôr a matéria de Filosofia nas letras de músicas conhecidas para conseguir decorar. O espelho grande do quarto pequeno. As Torres das Amoreiras. As "curtes". Ir ao cinema em grupos de dez ou quinze. Os amigos que foram e os que ficaram. O "Mundo de Sofia", O "Senhor dos Anéis" e o "Lagardére". A tia que ficou para sempre irmã mais velha, os primos e os Avós. Muitas saudades de pais, irmãos, e amigos de sempre demasiadas vezes. Natação no Belenenses e os Mensageiros da Vida (não, não era nenhum culto - só um grupo de jovens). O 23 para a escola, o 15 para a noite e o 50 para o Estádio da Luz...

Querem ver que a minha memória afinal não é assim tão má...?

Chuva de verão

Surpreendentemente, a Rocha estava longe de estar deserta.

A manhã, à imagem da noite da véspera, tinha-se apresentado sombria e a espaços chuvosa. Seria de esperar que o povo abandonasse a ideia da praia em detrimento de uma tarde em casa ou a comprar lembranças, mas a verdade é que a temperatura se mantinha alta e a praia, ali mesmo ao lado, continuava a chamar...

O facto de se tratar do último dia de férias terá pesado na nossa decisão de pôr as toalhas ao ombro e descer ao areal.

Um dia diferente, que os dias nublados com calor são, diz-se, os melhores para uma sesta na praia. Apesar da chuva miúda que começava a cair, ela não se fez rogada e confirmou a teoria em menos de dez minutos. A mim, o Mar chama-me com uma intensidade diferente, todas as vezes, todos os anos. Cresci com o Mar, com as ondas, e já não o temo desde muito novo. Em algumas situações sei que ele teve oportunidade de me apanhar, de me reter para sempre, e nunca o fez. No Mar sinto-me sempre mais feliz, mais eu.

Depois de a cobrir com a minha toalha mergulhei com vontade na água fria, a comprovar que a outra teoria, a de que quando chove a água do mar fica mais quente, é mentira. As gotas que caíam do céu misturavam-se com a espuma das ondas numa comunhão perfeita.

Ao voltar à areia, e enquanto o corpo secava, conseguia contar as gotas de chuva que me tocavam, por serem tão grandes como escassas. A seguir ela acordou, o tempo arrefeceu e as pessoas começavam a abandonar a praia. A escassos centímetros dos nossos pés, o Mar fazia questão de se vir despedir suavemente, até às próximas férias. Não me fiz rogado e num salto abracei-o uma última vez, na despedida de uma fabulosa semana...

Onde é que ele anda?

Tenho andado desaparecido? É normal, tenho estado por aqui:
Férias, portanto. Uma chatice, só praia, sol, piscina, mar e noitadas. Mas é o que se arranja... =)

A gente vê-se por aí! Até já...

Nas meias!

Pela primeira vez na história, e com todo o mérito. Grande vitória!!!

Hoje é a meia-final. Tudo é possível, é preciso acreditar...

Anjinho desleixado...

Enviado à produção da SIC Mulher, 03/08/11

"Caros gestores de programação da SIC Mulher:

Ponto prévio: por esta altura já deverão saber que o vosso público está longe de ser exclusivamente feminino. É natural, pela diversidade de programas que apresentam, e a verdade é que tal discriminação sexual já não se justifica nos tempos modernos. Como tal, calculo que saibam que muitos dos vossos conteúdos, como O Peso Certo, Masterchef, Chakall & Pulga, etc, são vistos pelo público em geral, que cada vez mais vai abandonando os 4 canais em detrimento da programação do cabo.

Posto isto, e esclarecidas que estão as vossas responsabilidades perante o grande público, tenho dificuldade em compreender como é possível (mais uma vez) deixarem um programa a meio para começarem um outro no mesmo horário. Neste caso foi o Masterchef Australia, que depois do episódio 24 (num total de 86!) terminou abruptamente para dar lugar a mais um Peso Certo americano, a décima(!) temporada.

Deixar um programa a meio é desrespeitar os espectadores. É desleal, imoral, para além de não fazer sentido nenhum em termos de estratégia. Como sabem, estes programas têm componentes destinadas a "agarrar" o espectador, e durante uma temporada são vários os que apanham o programa a meio e depois acabam por querer ver tudo até ao final - é muito frequente.

Agora, neste caso concreto parece-me ainda mais absurda a troca, dada a programação da concorrência: Num momento em que o Masterchef Portugal está no ar na RTP, e sabendo que o público tem aquela tendência natural em achar que a versão estrangeira é sempre melhor que a portuguesa, porquê perder a oportunidade da concorrência directa?

Mais: O Peso Pesado da SIC acabou há dias. O segundo está em fase de castings, prestes a começar. O facto de colocarem um programa igual (em americano) no intervalo dos dois vai aplicar uma overdose tal de gordura acumulada no espectador que poderá trazer efeitos realmente nocivos para as audiências do Peso Pesado 2. Faz algum sentido?

Resumindo: Em termos estratégicos parece-me uma decisão péssima, mas isso não é problema meu. Agora, em termos de respeito para com o espectador é uma atitude de baixo nível e altamente imoral.

Não se faz. Sei que não é a primeira vez, mas comigo é a última."