Aluga-se o quê?

O Campos tirou esta foto que marca a sua primeira participação em Corda aos Sapatos. Mais um retrato fiel do nosso Portugal profundo...

A questão que se impõe aqui é: Se não estivesse a palavra BAR à frente alguém sabia o que isto era? Eu tenho dúvidas...

O Búzio

Já fui muitas vezes à Nazaré em trabalho, e apesar de gostar muito da localidade queixo-me constantemente de não encontrar por lá restaurantes que sejam simultaneamente bons e acessíveis nos preços. E acreditem, já foram tantos os restaurantes que experimentei lá que já lhes perdi a conta há muito.

Desta vez, finalmente, encontrei um! O Búzio não é o melhor restaurante do Mundo nem tem os empregados mais simpáticos da zona. Mas os petiscos passaram no teste com distinção e o preço é justo. De entrada presentearam-nos logo com um misto de búzios, camarões e perceves, ganhando desde logo a minha confiança. Depois, aquele arroz de tamboril (de chorar por mais!) colocou imediatamente este restaurante do Sítio da Nazaré no meu roteiro gastronómico de Portugal. Se passarem por lá... experimentem!

Qualidade dos pratos: 17
Qualidade do serviço: 14
Tempos de espera: 16
Preço: 15
Classificação Final: 15

Restaurante "O Búzio"
Rua Teófilo de Braga, 4
Sítio da Nazaré
Nazaré

A ajuda do público

Depois da grave lesão que sofri recentemente, de uma recuperação dolorosa e prolongada e à beira de completar 30 anos, há uma questão que tenho que colocar a mim próprio:

Está ou não na altura de deixar de jogar futsal, mesmo que só jogue por desporto?

Como ainda não consegui chegar a nenhuma conclusão, pois tenho muita vontade de jogar mas muito pouca de me voltar a lesionar, peço a vossa opinião. A sondagem que se encontra aqui ao lado poderá ser bastante útil para a minha decisão. Podem votar uma vez por dia até ao dia 15 de Julho. Aí anunciarei os resultados...e eventualmente a decisão final!

Concertos? Chega!

O concerto da passada sexta-feira correu bastante bem. O som estava bom, a casa estava meio cheia (era um dia complicado, pois havia mais festas espalhadas pela vila) e feitas as contas acabou por ser um dos melhores concertos que já tivemos. Embora eu ache que ainda tivemos (eu principalmente) muitas falhas, arestas a limar nas próximas actuações. Qualquer dia ponho aqui um excerto.

O mau tempo (mas o que é que se passa com este tempo, afinal???) levou ao cancelamento do concerto que estava programado para ontem à noite, em Pitões. Inesperadamente com a tarde livre, aproveitámos para assistir à muito aguardada chega de bois daquele final de tarde. Com efeito,apesar de ainda estarmos nos quartos-de-final, tratava-se da final antecipada entre o boi revelação do ano - o Coto do Zé Miguel e o boi campeão - o Bonito do Abel do Bagulhão. Foi uma bela Chega, muito emotiva, em que o jovem Coto do Zé Miguel mostrou sempre uma coragem muito superior acabando por vencer com toda a justiça, ficando com o caminho aberto para a final. Podem ver a chega aqui.

Portanto o tempo, mais uma vez, trocou as voltas ao pessoal. E agora que se aproxima o grande fim-de-semana e em que está tudo programado a contar com dias de sol, eis que sou obrigado a pensar num plano B. Qual? Sei lá!!! Aceitam-se sugestões...

E se por uma vez, apenas por uma vez, a história fosse contada assim?

Sem certezas ou provas, porque o grande público nunca as tem (quem terá?), não me parece justo julgar quem quer que seja. Assim, esta história é tão válida como as horríveis que ouvi durante todo o dia e que fazem de Michael Jackson um monstro de que finalmente a Humanidade se viu livre. A minha intenção é apenas expor alguns factos e especular sobre a vida do homem e do artista como todos fazem, mas neste caso por uma perspectiva optimista, para variar...

Michael Joseph Jackson nasceu a 29 de Agosto de 1958. Começou a cantar e a dançar aos cinco anos, tornando-se no vocalista da banda Jackson 5 (formada por elementos da família) aos onze anos.O pai coordenava os ensaios da banda sempre de cinto na mão. Mais tarde, Michael enveredou pela carreira a solo,sendo o autor de cinco dos discos mais vendidos de sempre: Off the Wall, Thriller, Bad, Dangerous e HIStory. Foi o primeiro cantor afro-americano a ter direito a exibições constantes na MTV.

O artista revelou sempre uma dimensão humana enorme, tendo doado ao longo da sua vida milhões de dólares a causas beneficentes e instituições de caridade, e utilizando a sua música para chamar a atenção da humanidade para problemas como a paz (Em We Are The World, por exemplo), a pobreza (They Don't Care About Us), a saúde (Heal The World), a poluição (Earth Song) ou o racismo (Black or White), entre outras questões importantes.

A doença de pele vitiligo apareceu-lhe cedo e provocou-lhe uma progressiva despigmentação da pele que as más-línguas aproveitaram de imediato para caracterizar como "uma tentativa de se tornar branco". Algo que não faria sentido num ícone afro-americano, com uma série de amigos negros (muitos deles figuras públicas, como Quincy Jones, Aretha Franklin, Stevie Wonder ou Diana Ross), que se revolta contra o racismo. A acrescer a isto, um acidente no final de um dos concertos gerou-lhe queimaduras de segundo e terceiro grau que o artista tentou disfarçar recorrendo a operações plásticas.

A sua preocupação confessa por crianças, talvez devido à infância feliz que nunca teve, também foi devidamente explorada e aproveitada por quem tentava de qualquer forma extorquir uma parte da fortuna de Michael. Foi acusado sete vezes de abuso de menores tendo sido ilibado de todas as acusações após cinco longos anos de tribunais e julgamentos.

Dono de uma saúde sempre muito frágil, Michael Jackson tomava diariamente medicação para atenuar as dores que sentia um pouco por todo o corpo. Estava estável, até decidir voltar aos palcos e ao encontro com os seus fãs. Os ensaios diários e os medicamentos foram uma combinação forte demais para o rei da pop, tendo-lhe provocado um ataque cardíaco fulminante.

Michael Jackson faleceu muito cedo, aos cinquenta anos. Mas teve tempo para revolucionar a música pop e ensinar o Mundo a dançar.

O Rei morreu...!

A música pop está de luto. Michael Jackson faleceu há umas horas, vítima de um ataque cardíaco. Independentemente do homem que foi e de uma personalidade que sempre suscitou muita polémica, Michael foi e será sempre um ícone da música dos nossos tempos. E já deixa saudades...

Para quem tiver tempo, deixo aqui o vídeo de "Smooth Criminal", para mim um dos melhores de todos os tempos. Vale a pena!

Calendário de concertos

Enquanto estive de férias os Clave deram dois concertos: o primeiro de uma série na Discoteca Madilom e outro na festa dos antigos alunos do colégio. Rezam as crónicas que ambos correram bastante bem.

Agora com o grupo completo, avançamos para uma nova série de concertos, a saber:

Sexta-Feira, 26 de Junho, 01:00 - Madilom

Domingo, 28 de Junho, 21:00 - São João da Fraga, Pitões das Júnias

Sábado, 4 de Julho, 22:00 - Festa do São Pedro na parada dos Bombeiros Voluntários de Montalegre.

Apareçam por lá!

Primeiro dia de Verão...

...e falta de companhia para a abertura oficial da época balnear. Com as minhas meninas de serviço nos bombeiros e falta de tempo de toda a gente (eu próprio incluído), só deu mesmo para uma hora na barragem, sozinho, com um sol fantástico e água quentinha.

Que maravilha...!

Madrid

Passar por Madrid não estava nos planos iniciais. No entanto na altura achámos que era mais inteligente fazer dois voos de 10 euros (Bruxelas-Madrid e Madrid-Porto) do que um (Bruxelas-Porto) de 60. Parece bem visto, mas chegámos a Madrid ao meio-dia de Domingo só tendo voo para o Porto às cinco da manhã de Segunda-feira... E a contar com isto não marcámos estadia, pois o Pastilhas tinha por lá um casal de amigos que nos daria dormida por umas horas...

Não foi muito bem pensado e também não tivemos sorte. Os amigos do Pastilhas estavam em Portugal e atrasaram-se, o que nos reduziu as possibilidades de dormir as tais poucas horas antes de voltar para o Porto. Para além disso estávamos exaustos de uma semana em cheio e carregados com as malas, pois aqui não havia sítio para as guardar. Mesmo assim, valentes, fomos conhecer a Porta do Sol e comer uma bela Paella na Plaza Mayor! E no fim arrastámo-nos (e às malas) rua abaixo até ao Palácio Real onde encontrámos o jardim que nos salvou a tarde. Belas horas a repousar por lá e a recuperar forças...
Ainda voltámos à Plaza Mayor para jantar, tomar café e ver as clássicas animações de rua. Acabou por ser um dia bem passado, embora fizéssemos mais vida de locais do que propriamente de turistas.

Quatro da manhã: depois de tentar (sem sucesso algum) dormir duas horas no sofá dos amigos do Pastilhas, a procura desesperada por um táxi que nos levasse ao aeroporto. Lá o encontrámos e embarcámos a tempo de regressar de uma viagem absolutamente inesquecível e a repetir... talvez nuns moldes um pouco diferentes!

E às seis da manhã chegar, dormitar, tomar banho, fisioterapia e... trabalhar! (Eu sei, não sou bom da cabeça...)

Bruxelas

E à quarta cidade... apanhámos o Moura! Ou melhor, ele é que nos apanhou – foi lá ter para passar o fim-de-semana connosco na capital europeia e para nos dar a conhecer algumas novidades (líquidas, pois claro) que tem experimentado por aquelas bandas.

Bruxelas é uma cidade... castiça. Um bocado desorganizada e muito confusa para turistas, pois o inglês é quase esquecido, falando-se dois dialectos por lá: o francês e o neerlandês – o que quer dizer que os nomes de tudo estão sempre repetidos nas duas línguas, inclusive nos mapas!

Ficámos num hostel muito simpático e lá partimos à descoberta de uma cidade que apresenta monumentos ao virar da esquina enfiados em urbanizações e prédios e em que as principais estátuas são, em pontos distintos, o famoso miúdo a fazer xixi, a irmã desse miúdo... a fazer o mesmo e ainda um cão. Porquê? Não percebo bem. Acho que nem eles sabem muito bem qual é a relação Bruxelas/urina, mas não parecem muito preocupados! Comemos um lanche típico de lá – batatas fritas (há caravanas espalhadas pela cidade a vendê-las como nós fazemos com as farturas) e claro que não podíamos falhar, ao jantar, o prato que caracteriza a cidade: Mexilhões com...batatas fritas. Não combina...

E à noite? A loucura. O pub Delirium Tremens ostenta o certificado do record do Guiness de 2004 de bar do Mundo com maior variedade de cervejas – na altura, 2004 tipos diferentes. Ora nós experimentámos alguns, cervejas loiras, ruivas, pretas, com duplas e triplas fermentações (aquela Triple Karmeliet, Moura...que perigo!) e sempre com percentagens de álcool a rondar os 10-12 graus. Cada cerveja fazia o efeito de um whisky...

Mas não foi só beber: Visitámos a Grand Place que é uma praça lindíssima e que tem uma estátua estranha que toda a gente acaricia para (pensamos nós) dar sorte. Vimos os grandes palácios e os jardins, fomos ao museu da BD (que pelos vistos é de origem belga) ler histórias aos quadradinhos e matar saudades dos Estrunfes (belgas, também!), comemos fabulosas waffles com açúcar, chantilly e morangos e sabe-se lá mais o quê. Um mimo.

E no fim da segunda noite, já cansados, decidimos ir embora quando damos de caras com umas amizades de Guimarães, o Vasco e a Rita. Uma daquelas coisas inexplicáveis que acontecem e que nos fazem pensar que isto é tudo muito pequenino ou que as coincidências são por vezes assustadoras! Adeptos confessos da ideia do cidadão do Mundo, o Vasco e a Rita aproveitavam mais um fim-de-semana para visitar Holanda e Bélgica. E naquela noite ficaram em Bruxelas. E foram jantar àquela rua. Àquela hora. Arrepiante... e deu direito a mais uma rodada, pois claro!

Se Estocolmo foi sem dúvida a cidade mais bonita que visitei, Bruxelas foi aquela em que me senti melhor, a que mais me cativou. OK, é gente realmente estranha e aquilo das batatas fritas e dos mexilhões não agrada por aí além. Mas por alguma razão o cantor Jacques Brel dizia que os belgas são o povo mais estúpido do Mundo e no entanto viveu por lá quase trinta anos...

Glasgow

Os planos não estavam assim tão bem delineados como pensávamos, e isso notou-se essencialmente na Escócia. Em primeiro lugar porque contávamos passar um dia em Glasgow e outro em Edimburgo até verificarmos que só tínhamos pouco mais que um dia. Depois, ao chegar ao aeroporto após a meia-noite (e apesar de termos feito tudo para confirmar que teríamos transportes)... não tínhamos mais comboios nem autocarros para a cidade. Por sorte não éramos os únicos e lá dividimos um táxi milagroso que nos ficou a dez libras cada. Bem bom...

Todos me dizem que Edimburgo é fabuloso, que em Glasgow não há nada para ver, etc... Concordo que Edimburgo deve ser uma das cidades mais bonitas do Mundo. Mas decidimos, por questões de calendário e orçamento, ficar por Glasgow. E acabei por gostar bastante da cidade! Andámos como nunca, fizemos tudo a pé de uma ponta a outra, conhecemos a Universidade que é um castelo semelhante ao de Hogwarts dos livros do Harry Potter (ali é que eu queria ter estudado...), comemos o que nos diziam ser o prato típico de Glasgow (Nachos!?!?!?), percorremos a Buchanan Street e fomos à Catedral e aos jardins de Glasgow Green.

Fomos ainda ao bar mais típico da cidade, o Waxy O'Connors, decorado ao estilo do bar que vemos no filme do Senhor dos Anéis e que nos dá a estranha sensação de voltar ao século XVIII. Paragem obrigatória na cidade!

Os escoceses é que são um bocado alcoólicos (principalmente os jovens) e a partir das seis da tarde já andam por lá a passear cervejas baratas e a berrar palavrões. Enfim...

No regresso da Escócia, a sensação de que valeu a pena, mas também a certeza de que a capital não nos volta a escapar numa próxima oportunidade!!!

Estocolmo

Estocolmo teve um primeiro efeito em nós muito estranho: andámos por lá durante as primeiras horas terrivelmente deprimidos! A cidade apresentava-se imponente, enorme, repleta de gente e ao princípio chegou mesmo a assustar. Ainda hoje não sabemos o que aconteceu. No entanto esse sentimento foi passando, dando lugar a um outro bem mais animado à medida que fomos conhecendo as ruas mais pequenas e antigas. A capital sueca é composta por 14 ilhas ligadas por variadíssimas pontes e o mapa é enorme...

A ilha de Gamla Stan, a mais antiga, é lindíssima e está pejada de turistas 365 dias por ano. Foi aí que assistimos, em pleno Palácio Real, ao render da guarda que acontece todos os dias tal como em Londres, por exemplo. Uma cerimónia interessante e animada por uma fabulosa orquestra que vai debitando o Does your mother know dos ABBA entre muitos outros temas! Aproveitando um dia mais frio, fomos ainda ao Museu do Nobel que contempla todos os vencedores dos prémios desde a sua criação. Foi mesmo muito interessante e até deu para dormitar nos documentários...


Já os suecos são tradicionalmente pessoas fechadas e pouco amigáveis. Sentem-se pouco confortáveis com turistas e com o inglês e têm uma língua estranha que ninguém entende. As mulheres cospem para o chão na rua... Não ficámos grandes fãs do estilo!
Apanhámos a cidade em festa, com o que deveria ser a "queima" de Estocolmo! Montanhas de jovens enfiados em camiões aos berros e a distribuir cerveja pelas goelas, pelas cabeças e pelo público que passava. Todos ensopados de cerveja como se estivesse calor...não estava. E eles tremiam que eu bem vi...

Desconhecia que o prato tradicional sueco são as almôndegas com puré - claro que corremos a experimentar! Não tem nada a ver com o que nós pensamos serem almôndegas: São gigantes, muito saborosas, picantes, e vêm acompanhadas com puré, pickles e um molho doce de mirtilos que lhe dá um toque requintado. Gostei, gostei muito...

Foi a cidade mais bonita que visitei, sem dúvida. Mas fiquei um pouco desiludido com a aparente frieza das relações entre as pessoas. Posso estar enganado...

Frankfurt

Dificilmente poderia ter começado pior. O meu irmão, que gentilmente se ofereceu para nos levar ao aeroporto, furou o pneu do carro "novo" dele logo no início da viagem! Recorrer ao táxi ainda antes de sair de Portugal não foi nada auspicioso, mas àquela hora já não havia mesmo alternativa...

Frankfurt também não se vestiu de gala para nos receber. Estava frio quando chegámos, o tempo muito nublado e aquela chuva miudinha que nem se vê mas molha a sério. O hostel que escolhemos era excelente e muito bem organizado, à entrada deram-nos os lençóis e as chaves do quarto (depositámos 8 euros que nos seriam devolvidos no fim da estadia) e lá seguimos a nossa vidinha, a começar a arranhar um alemão estranho a cada análise do mapa da cidade.

É uma cidade bonita e que vale a pena visitar. Há um grande choque entre o antigo e o novo em Frankfurt, vemos Igrejas do século XII na mesma rua de arranha-céus de perder de vista, mas é tudo bem organizado, bem arrumado. Andámos sempre a pé, sempre pelo centro, conhecemos a famosa Romer (praça principal), o bairro tradicional de Sachsenhausen e várias das pontes sobre o rio Main. Verificámos que a alcunha "Mainhattan" encaixa bem à cidade por causa dos arranha-céus enormes sobre o rio que dão um efeito espectacular ao pôr-do-sol.


Mas estava de chuva. por isso passámos a maior parte do tempo a comer salsichas, a beber apfelwine e vários tipos de cerveja (que pena...). As salsichas são realmente fantásticas (provámos cinco tipos diferentes), o apfelwine que é uma coisa tipo cidra dispensa-se e as cervejas...vêm em canecas gigantes.

O Pastilhas conseguiu, em dois dias, fazer desaparecer o lençol de cima, a fronha da almofada e a chave do quarto. Aliás, numa semana o Pastilhas perdeu tudo o que havia para perder: Lençóis, chaves, bolsa da máquina, etc. Até quilos perdeu nas caminhadas! Só não perdeu juízo porque não lhe resta nenhum....

Crónicas de um circuito europeu anunciado


Inesquecível. Chegou hoje ao fim o Interplane que eu e o Pastilhas protagonizámos, com alguns imprevistos sem os quais não teria a mesma piada mas com um saldo claramente positivo! Os leitores de Corda aos Sapatos conhecem-me bem e já adivinham que nos próximos dias vou escrever uma crónica por cada cidade que visitámos. Para já, marcando o regresso à normalidade do blog, deixo aqui algumas notas que poderão ser úteis para quem quiser um dia fazer algo semelhante.. Ou seja, o que ninguém se deve esquecer de levar para uma viagem destas:

- Factor preponderante: Uma boa mala. Esta, que comprei na Decathlon pela módica quantia de 35 euros, revelou-se uma excelente opção. Tem as medidas certas das viagens low-cost, Serve de mochila e de trolley (conforme a necessidade), é espaçosa, tem compartimento para bilhete e passaporte, é impermeável e muito resistente;
- Um bom casaco. Evitam-se montes de camisolas e nos dias quentes...leva-se na mão. O meu cumpriu até o fecho se ter auto-destruído a meio da semana, coitado;
- Sapatilhas velhas, gastas, confortáveis. E nada de pares suplentes. Pesam demais, ocupam espaço e são desnecessários em viagens de curta duração;
- Amostras dos líquidos todos, que agora os tipos dos aeroportos são mesmo chatos com isso: Perfumes, espumas da barba, desodorizantes, etc. Nem sempre é fácil - para adquirir um shampoo de 50cl fui obrigado a comprar um condicionador de 250cl (e eu nem sequer sei o que é nem para que serve um condicionador...);
- Medicamentos básicos (claro);
- Calças de fato-treino/pijama, a não ser que se pretenda a andar de roupa interior na distância que em muitos hostels separa os quartos dos chuveiros;
- Toalha de banho – nos hotéis há, nos hostels só alugando...
- Um impermeável daqueles que cabem num bolso do casaco (que grande ideia da mãe do Pastilhas...como é que eu não pensei nisso???);
- Para quem fuma, tabaco português que ele lá fora – excepto em Espanha - custa um balúrdio (esta era óbvia e não nos conseguimos lembrar...);
- Lenços de papel e sacos de plástico para separar roupas sujas/roupas molhadas, etc.;
- [Conselho do JC que eu ignorei e que nos ia custando caro] Para emergências, saber SEMPRE os números dos táxis dos países que se vai visitar...
- Mapas e guias turísticos de cada cidade – os da Wikitravel são altamente e ajudam imenso!

E penso que está aqui o essencial para evitar percalços. Bem sei que muitos destes tópicos são bastante óbvios, mas nem sempre isso faz com que a gente se lembre deles todos...

Quem é amigo, quem é???

Here we go!

É já amanhã. Se tudo correr bem já vamos almoçar salsichas gigantes em Frankfurt...

Corda aos Sapatos, curiosamente, também vai de férias hoje. Mas a partir de dia 15 cá estaremos com o relato pormenorizado da viagem, retomando o ritmo normal do blog.

Portanto, até ao meu regresso, e para quem também vai aproveitar os feriados... boas férias!

Fora de tempo

Há três boas músicas que apareceram uns meses antes do tempo. Beggin' dos MadCon, I'm Yours de Jason Mraz e Human dos Killers. Poderiam ser os grandes sons deste Verão (porque são claramente músicas de Verão) mas vão chegar aos meses quentes completamente gastas, cansadas, esgotadas pelas repetitivas rádios portuguesas. Devia ser proibido.

Que pena...

(restam-nos os "remixes". Até tenho medo só de pensar nessa hipótese!)

Impressionante

O Paulo chamou-me a atenção para isto: uma demonstração dos voos civis que circulam no planeta diariamente. A partir de sábado, serei apenas mais um pontinho amarelo... seis vezes em 10 dias!


Oops...

Para o final de tarde de ontem, estava reservado um clássico: O quarentão cheio de pinta, bem vestido e com óculos de sol na cabeça, andava com o olhar fixo na jovem que descia as escadas rolantes do Norteshopping... até que enfiou com uma pontaria incrível e com uma intensidade razoável as partes baixas no separador vertical que impede os carrinhos de entrar nas escadas.

Hilariante e tão típico...

Pimenta & Chocolate

Em plena Rua de Cedofeita, no coração do Porto, há um pequeno pedaço de céu no que respeita ao requinte gastronómico. A conselho de um amigo (que com conselhos destes arrisca-se a ser promovido a grande amigo) fui ontem visitar o restaurante Pimenta & Chocolate, conhecido pela utilização de toques de pimenta rosa em todos os pratos e pelas sobremesas... de chocolate.

A sala é pequena mas extremamente bem decorada com toques rústicos (o pormenor do chão de vidro com garrafas de vinho debaixo dos pés é delicioso), o ambiente é muito agradável e a música de fundo é adequada. Aconselho vivamente o crepe de camarão com salada russa de atum (na foto), mas o strogonoff de peru também passou no teste e os restantes pratos parecem ser óptimos! Uma nota também para o preço que é extremamente acessível.

Dois aspectos menos bons: A presença de uma televisão (com ruído de fundo) desnecessária neste ambiente e o facto de estar esgotada a famosa sobremesa que dá o nome à casa: o bolo de chocolate com pimenta. A provar na próxima oportunidade, brevemente!

Qualidade dos pratos: 18
Qualidade do serviço: 16
Tempos de espera: 17
Preço: 18
Classificação Final: 17

Pimenta & Chocolate
Rua de Cedofeita, 624
Porto

Quando o caro sai barato

Há duas semanas tomei a decisão de mudar as pastilhas e os discos dos travões do carro. Custou-me os olhos da cara, mas sentia na condução que era algo mesmo necessário. Os mecânicos reforçaram a ideia de que o carro poderia, no estado em que estava, não reagir bem em caso de travagem brusca.

Esta sexta-feira, ao final da tarde, quando aquela louca decidiu desrespeitar a prioridade e entrar a matar no cruzamento, foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Naquela estrada de paralelo nunca conseguiria evitar o embate com os travões antigos. E o embate seria mesmo na minha porta, a uns bons 90 km/hora!

Mesmo assim, se entro 3 segundos antes no cruzamento...