Tinha a clara sensação de que ia gostar do filme de que todos falam desde o início do Verão. A Gaiola Dourada é um sucesso de bilheteiras e é impossível não sentir o bichinho da curiosidade para, finalmente, perceber a que se deve tanto burburinho.
Finalmente conseguimos matar saudades das salas de cinema (e que saudades!!) e fomos ver o filme de Ruben Alves. Não decepcionou. Pelo contrário, acho mesmo que A Gaiola Dourada é uma vitória a toda a linha porque se mantém fiel aos seus próprios princípios: É simples, realista, honesto, divertido, familiar. E juntar a melhor actriz portuguesa (será que só agora se lembraram de repente que a Rita Blanco existe?!?) com o mais conceituado actor português é um mérito inquestionável.
Não faltam os super-intelectuais deste país a escrever que o filme é uma sátira infeliz, que é exagerado, que ridiculariza os portugueses. E estão errados, completamente errados. Porque o filme é extremamente eficaz na construção de personagens que nos são familiares: Toda a gente tem pelo menos um primo, um tio, um amigo que é exactamente igual a uma das personagens. Mesmo os super-intelectuais deste país, se pensarem bem.
Eu fico orgulhoso de um filme assim, porque me parece que em vez de nos envergonhar acaba por passar uma imagem muito positiva dos pequenos grandes portugueses que à custa de muito trabalho e dedicação foram por aí conquistar esse Mundo. Há 30 anos, como hoje, infelizmente.
Estava à espera de me rir, de me divertir, de gostar e não me desiludi. Não estava era à espera de me emocionar e no meio de toda aquela azáfama há um momento (o fado, o fado é terrível) em que engolimos em seco e sentimos que aqueles também somos nós, que aquela família também é a nossa família.
3 comentários:
Deixaste-me tãooo curiosa!!! Pra semana vou ter de o ver.
Uaaaaauuu! Agora tou com uma enorme vontade de o ir ver.
Jon, faço tuas as minhas palavras! Senti exactamente o mesmo! Adorei o filme! Muito bom MESMO! :)
Abraço :)
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