Sim, estou por aqui. Sou um benfiquista ferrenho, daqueles que vibram a sério com o nosso Benfica, que celebram as vitórias e sofrem com as derrotas. Mas não sou de injustiças, de ameaças, de provocações, de discussões sérias com amigos por causa de futebol. No que respeita ao futebol, não gosto de deixar o coração sobrepor-se à razão e por isso evito falar na hora. Mas falo quando quero falar, e aqui estou eu.
Não é fácil explicar o que se passou com o nosso Benfica nas últimas duas semanas da época. O argumento do cansaço está esgotado, e não se pode atribuir tudo à falta de sorte ou aos erros de arbitragem. O mais fácil é mesmo atribuir as culpas ao treinador, mesmo sabendo que não é ele que falha defesas fáceis ou golos de baliza aberta. Mas analisando a longa época do Benfica, as caminhadas nas várias frentes, é uma injustiça tremenda atribuir todas as culpas ao treinador. Porque ele teria toda a culpa no caso de terminarmos a dez pontos do primeiro lugar e sermos eliminados precocemente da Europa e da Taça de Portugal, e não foi nada disso que aconteceu.
Foi uma caminhada do caraças, pessoal... uma época em que durante 90% do tempo parecia que só os benfiquistas gostavam de futebol; uma época em que demos muito espectáculo muitas vezes; uma época em que vibrámos com a vontade da equipa de ganhar tudo, a todos. Não ganhámos, é verdade. Mas assustámos, e muito. Mostrámos mais uma vez que de há uns anos para cá voltámos a fazer jus aos nossos pergaminhos, em Portugal e na Europa!
É certo que ao Benfica tem que se pedir títulos. Evidente. Mas tantas vezes vai o cântaro à fonte... É assim que se fazem os verdadeiros campeões. Não de uma forma esporádica, mas com tempo, trabalho, seriedade e dedicação. O caminho, este ano, foi quase perfeito. Agora, é melhorar um pouco mais.
Também sabemos a pressão que se coloca sobre nós, que é muito maior que a dos outros. Normal. Houve, efectivamente, um jogo desta época em que o nosso Benfica foi beneficiado, e todos sentiram o barulho que se fez à volta desse jogo. Outros jogos existiram em que também os nossos adversários foram beneficiados, mas foram praticamente ignorados até pela própria direcção do Benfica - e é também aqui, nos bastidores, que se ganham jogos e troféus. A partir do momento em que perdemos o jogo com o Estoril, eu senti que tínhamos a época perdida. E a partir daí houve a afronta de ter Pedro Proença no Dragão; a conveniência de ter Hugo Miguel em Paços de Ferreira; a provocação de ter Jorge Sousa na final da Taça de Portugal. Independentemente da influência destes nos respectivos jogos, é de estranhar a apatia da direcção do Benfica quando era preciso falar, criticar, reclamar, fazer também o jogo da pressão - esse ainda não o sabemos fazer como deve ser.
Apesar dos foras-de-jogo, dos penalties, etc, mantenho a minha ideia : Em jogo jogado, em futebol, o Benfica foi a melhor equipa portuguesa da época, mesmo sem ganhar qualquer troféu. Disso não tenho dúvidas. Mas não foi melhor que o seu adversário no confronto directo, e foi aí que perdeu o campeonato. O resto surgiu a partir daí, dessa consciencialização colectiva. Seguiu-se uma inevitável apatia interrompida apenas naquela grande final contra o Chelsea. É preciso pôr o dedo na ferida, e se ninguém o faz eu não tenho problemas em dizê-lo: Não é o treinador, este ou aquele jogador, ou o árbitro. O Benfica está quase perfeito e tem apenas uma barreira psicológica para derrubar - Aquele adversário que começa os jogos contra nós como se nos quisesse matar, aquele adversário que a nossa equipa respeita sempre em demasia, mesmo quando sabe que é melhor. Quando eu vir o treinador e a equipa encararem um jogo destes como fizeram no jogo com o Chelsea ou com qualquer outro adversário, saberei sem dúvida que o nosso Benfica está preparado.
E já faltou muito, muito mais.
P.S. - Eh pá... E Tivemos MUITO, mas MUITO azar!!! Os Deuses da bola pregaram-nos várias partidas em apenas duas semanas... É assim o futebol. Infelizmente para nós, desta vez.
É o pior Dia da Mãe de sempre, para ti...
...mas deves estar eternamente orgulhosa, tal como nós. Porque há uma categoria raríssima de Mães: A vossa, a tua. A melhor.
Feliz Dia, Mãe! Obrigado por tudo!
Feliz Dia, Mãe! Obrigado por tudo!
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