Mas voltei, dizia eu, a uma sala de cinema movido por uma motivação fortíssima: O novo filme de Christopher Nolan, Inception. Era daqueles filmes que eu tinha muito medo, por dois motivos: primeiro, porque Nolan nos tem habituado a um nível de cinema tão elevado que estamos sempre com receio que ele qualquer dia dê um trambolhão daqueles; segundo, porque a crítica tem sido unânime e os cinéfilos espalhados por esse Mundo fora estão eufóricos. Ora, estava com medo que a minha expectativa fosse demasiado elevada, como normalmente acontece nestes casos.
Felizmente, não fiquei desiludido. Inception é daqueles filmes que nos fazem pensar que afinal ainda não está tudo inventado no cinema e que ainda podemos ser surpreendidos positivamente.
É um filme extremamente inteligente, é uma montanha-russa de emoções, de acção e, principalmente de informação. Por vezes dá vontade de "pôr no pause" para assimilar a quantidade de informação que nos é fornecida. Nolan está melhor do que nunca: consegue atingir o brilhantismo intelectual de Memento com a cinematografia fantástica e o ritmo de The Dark Knight. É um ritmo infernal, é um filme absolutamente genial e eu estou completamente rendido.
Uma palavra para o elenco que conta com sete(!!!) actores já nomeados para Oscars e no qual brilham a grande altura o cada vez mais maduro Leo DiCaprio, a jovem estrela Ellen Page e a lindíssima Marion Cotillard.
Tenho que ver Inception mais vezes, claro. E é certo que vou apanhar mais pormenores que me foram escapando. Mas não tenham dúvidas: é uma experiência de cinema que ninguém deveria perder.
Vão ao cinema. Vão ver Inception. Urgentemente.
Classificação: 19