Um Batman como deve ser.

Há dias vi no cinema o terceiro Batman de Christopher Nolan. The Dark Knight Rises fica a perder em comparação com os seus antecessores da trilogia por vários motivos, mas essencialmente por falhar na abordagem da dimensão humana de Bruce Wayne/Batman que é, na minha opinião, a grande mais-valia do Batman que Nolan construiu em relação a outras abordagens a este herói.

Não sendo mau (é o menos bom dos três mas continua a ser bastante bom), apresenta algumas falhas de pormenor que nos anteriores não se detectavam e cai no facilitismo de usar e abusar de um vasto orçamento para explosões, luzes e barulho. E sente-se a falta de Heath Ledger, o homem que roubou para si The Dark Knight antes de partir.

Entretanto, Ontem passaram no Hollywood, de uma assentada, os dois Batman realizados por Joel Schumacher - Batman Para Sempre (1995) e Batman e Robin (1997). Sim, já tinha visto na altura e desta vez só espreitei um pouco de cada um. E sim, é reconhecido que foram filmes muito fraquinhos.

Mas... Que crime.

A esta distância, e depois de um Batman como deve ser (este Batman de Nolan), torna-se ainda mais evidente a gigantesca parvoíce que foram os Batman de Schumacher. Diálogos ridículos, argumentos de bradar aos céus, fatos de Batman com mamilos, vilões histéricos, autênticas comédias!

A questão que se coloca é: como é que na altura se conseguiu convencer actores como Val Kilmer, Tommy Lee Jones, George Clooney, Uma Thurman, Schwarzenegger, Jim Carrey e Nicole Kidman a entrar neste gigantesco circo???

Não se percebe.

Obrigado, Chistopher Nolan. A sério.

Quanto aos Jogos Olímpicos...

... andava a preparar mentalmente um texto extenso a criticar os mais críticos. Mas entretanto surgiu em primeira mão na página do Facebook do Nélson Évora (e depois foi veiculada um pouco por toda a rede) uma imagem que diz tudo em apenas cinco quadradinhos. Está em brasileiro, mas serve perfeitamente o objectivo!


Parabéns aos atletas portugueses!!!

O desporto em que todos são bons


Sim, é o voleibol. Toda a gente acha que joga bem voleibol.

Nas aulas de Educação Física todos aprendemos um pouco de tudo. Mas o básico do voleibol, pelas suas características, é mais fácil de apreender. No fundo, a ideia é não deixar a bola cair e devolvê-la para o lado de lá da rede. Não dar mais de três toques, evitar o “transporte”, e é isso. Não havendo contacto físico nem regras mais elaboradas como no andebol, basquetebol, ou mesmo futebol (tempo com a bola, nas mãos, tempo limitado para atacar, fora-de-jogo,…) qualquer um aprende o conceito básico em poucos minutos. Acresce a isto o facto de ser um bom desporto para praticar em qualquer lado nas férias, até dentro de água.

E assim se cria, na cabeça de cada um, o mito: “Atenção que eu sou craque no voleibol, já nos tempos da escola…”. E é altura de se dizer às pessoas que o voleibol não é mais fácil do que os outros desportos. É mais fácil de aprender, mas ser um bom jogador de voleibol é tão ou mais difícil do que ser um bom jogador de futebol.

Eu próprio não me convenço do que estou a dizer. Mesmo tendo estatura baixa, tenho a clara impressão de que sou um jogador de voleibol acima da média.

E não é verdade.

Mas não sou nada mau.

Há coisas que me intrigam...

...como por exemplo haver necessidade de nesta diversão

existir um aviso destes:

É que deve ser a primeira ideia que vem à cabeça da malta: "Estou a ser puxado até 20m de altitude, vou descer e subir a alta velocidade, agora o que marchava mesmo era um cigarrinho..."