Sempre que vou ao Jumbo fico a pensar que devia ir mais vezes ao Jumbo.
Quase nunca lá vou, por questões básicas de geografia e de tempo: Tenho um Pingo Doce à porta de casa e um Continente a 500 metros, a deslocação a um Jumbo com frequência não faz grande sentido. Mas na minha opinião é sem dúvida melhor do que a concorrência.
Não é tanto a questão dos preços: Tenho para mim que tanto nos referidos como noutros, como Minipreço e Lidl, um carrinho normal de compras acaba por ficar sensivelmente ao mesmo preço. O Jumbo é melhor que os outros na organização, na qualidade, no aproveitamento do espaço físico.
Tem aquele corredor genial dos produtos doseados pelo cliente: Gomas, chás, especiarias, frutos secos; Tem o outro corredor low-cost, que parece uma pequena loja dos 300 dentro de uma grande superfície, onde podemos adquirir por preços irrisórios aqueles produtos menos importantes; Tem (de longe) a melhor carne - chega a ser deprimente a cor da carne na concorrência; E tem uma organização excelente nos corredores que faz com que tudo seja mais rápido e eficaz para o cliente.
E neste momento é a única grande superfície que ainda vende Donettes. Eu sou fã incondicional de Donettes (muito mais do que de Donuts) e já não encontrava à venda em lado nenhum. Cheguei mesmo a pensar que já não existiam à venda! Até que...fomos ao Jumbo! E lá estavam, fabulosas no seu esplendor, duas últimas caixas à minha espera.
Obrigado, Jumbo!!!
Trocadilhos parvos da bola
Hoje roubei isto no facebook da Rádio Comercial, por dois motivos: Primeiro, porque me arrancou belas gargalhadas logo de manhã e segundo porque curiosamente ainda esta semana nos rimos a lembrar algumas pérolas que fizeram com que isto em tempos fosse uma moda!
A finalização do Ronaldo é boa, mas a do Benzema.
Não viste jogar o Figo, mas o Granqvist.
O Eusébio não é o melhor jogador de sempre, mas o Pelé.
O Luisão nunca teve cabelo, mas o Costinha.
Não vais ao jogo, hoje? Pode ser que o Drogba.
O Éder é como o Felipe: Cai Cedo.
O Ronaldo quando perde chora, mas o Ribéry.
Ao Fernando Torres nunca lhe vi a barriga, mas ao David Villa.
Olhei para uma foto do Inter e não M’Vila.
Tanta gente sem e o Maicon.
Se o Casemiro fosse pintor, era o Casemiró.
O Castro nunca foi bom jogador, mas o Herrera.
Pensei que o Javier queria um mês, Mascherano.
O Robben não rói as unhas, mas o Van Nistelrooy.
O Pepe não vai à baliza, mas o Vítor Baía.
O Helton vai à baliza e o Rodrigo Defendi.
O Coentrão gosta de dar flores. O Sérgio Ramos.
Ao Ronaldo não lhe veio o cansaço. Mas ao Gareth Bale.
O Atlético hoje não sofre golos, a não ser que o Siqueira.
O Moutinho ainda é virgem, mas o Ospina.
O Nani deu uma pirueta. O Olivier Giroud.
O Mourinho grita, o Juan Mata.
O Balotelli vem abraçar-te, o Rickie Lambert.
O Jesus não quis o Bernardo Silva, mas o Marchisio.
É melhor dares a bola ao José Holebas.
O maior medo de uma mulher é que o Raúl Albiol.
O Torres trouxe um móvel do IKEA para o Sulley Muntari.
Tu não as achaste nada de especial, mas eu Villas-Boas.
O Subotic rejeitou assinar novo contrato, mas o Sebastian Kehl.
O Bender comeu uma alheira e o Shinji Kagawa.
O Coentrão fuma-o, o Federico Fazio.
A finalização do Ronaldo é boa, mas a do Benzema.
Não viste jogar o Figo, mas o Granqvist.
O Eusébio não é o melhor jogador de sempre, mas o Pelé.
O Luisão nunca teve cabelo, mas o Costinha.
Não vais ao jogo, hoje? Pode ser que o Drogba.
O Éder é como o Felipe: Cai Cedo.
O Ronaldo quando perde chora, mas o Ribéry.
Ao Fernando Torres nunca lhe vi a barriga, mas ao David Villa.
Olhei para uma foto do Inter e não M’Vila.
Tanta gente sem e o Maicon.
Se o Casemiro fosse pintor, era o Casemiró.
O Castro nunca foi bom jogador, mas o Herrera.
Pensei que o Javier queria um mês, Mascherano.
O Robben não rói as unhas, mas o Van Nistelrooy.
O Pepe não vai à baliza, mas o Vítor Baía.
O Helton vai à baliza e o Rodrigo Defendi.
O Coentrão gosta de dar flores. O Sérgio Ramos.
Ao Ronaldo não lhe veio o cansaço. Mas ao Gareth Bale.
O Atlético hoje não sofre golos, a não ser que o Siqueira.
O Moutinho ainda é virgem, mas o Ospina.
O Nani deu uma pirueta. O Olivier Giroud.
O Mourinho grita, o Juan Mata.
O Balotelli vem abraçar-te, o Rickie Lambert.
O Jesus não quis o Bernardo Silva, mas o Marchisio.
É melhor dares a bola ao José Holebas.
O maior medo de uma mulher é que o Raúl Albiol.
O Torres trouxe um móvel do IKEA para o Sulley Muntari.
Tu não as achaste nada de especial, mas eu Villas-Boas.
O Subotic rejeitou assinar novo contrato, mas o Sebastian Kehl.
O Bender comeu uma alheira e o Shinji Kagawa.
O Coentrão fuma-o, o Federico Fazio.
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Quinze dias com o meu pai
O meu pai passou quinze dias seguidinhos comigo. Eu acho que ele até estava um bocadinho receoso que eu me portasse mal, mas eu sou um bebé muito bem comportado e uma excelente companhia!
Fizemos muitas coisas: Ele vestia-me roupinhas que já não serviam e outras que ainda estavam muito grandes, mudava-me as fraldas e dava-me a comidinha sempre a horas. Brincámos com bonecos, palrámos muito e até aprendi a fazer-lhe festinhas na cara e a trincar-lhe o nariz, apesar de ainda não ter dente nenhum.
Descobrimos que para nós, em matéria de TV, é possível sobreviver apenas com SICRadical e BabyTV (e a BenficaTV ao fim-de-semana, para vermos a Liga Inglesa!).
Claro que de vez em quando o leite me caía menos bem e eu lá tinha que fazer uma espécie de pinturas na roupa dele... mas como era roupa de férias, acho que ele não se importou muito.
Cantámos muitas músicas todos os dias. Já reconheço os patinhos, os palhacinhos e a marcha de Montalegre! Para já só ele é que toca guitarra mas eu já ando a ver se aprendo...
Houve tempo para tudo: Rimos muito, dormimos muitas (tantas!) sestas, até deu para eu lhe ditar este texto todo para ele pôr no blog dele.
Foram quinze dias fantásticos e eu acho que ele também adorou... Gosto muito do meu pai!!!
Fizemos muitas coisas: Ele vestia-me roupinhas que já não serviam e outras que ainda estavam muito grandes, mudava-me as fraldas e dava-me a comidinha sempre a horas. Brincámos com bonecos, palrámos muito e até aprendi a fazer-lhe festinhas na cara e a trincar-lhe o nariz, apesar de ainda não ter dente nenhum.
Descobrimos que para nós, em matéria de TV, é possível sobreviver apenas com SICRadical e BabyTV (e a BenficaTV ao fim-de-semana, para vermos a Liga Inglesa!).
Claro que de vez em quando o leite me caía menos bem e eu lá tinha que fazer uma espécie de pinturas na roupa dele... mas como era roupa de férias, acho que ele não se importou muito.
Cantámos muitas músicas todos os dias. Já reconheço os patinhos, os palhacinhos e a marcha de Montalegre! Para já só ele é que toca guitarra mas eu já ando a ver se aprendo...
Houve tempo para tudo: Rimos muito, dormimos muitas (tantas!) sestas, até deu para eu lhe ditar este texto todo para ele pôr no blog dele.
Foram quinze dias fantásticos e eu acho que ele também adorou... Gosto muito do meu pai!!!
Ass.: Vasco.
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O bullying em '96, pelos Aerosmith
Hoje passei o dia sentado ao lado de alguém que tem um gosto musical extremamente apurado e que trabalha diariamente ao som de uma playlist invejável. Para mim foi um dia perfeito, pois nos tempos que correm não tenho tido tempo para ouvir a música que realmente gosto de ouvir, e tenho-me submetido quase sempre ao básico repetitivo das rádios portuguesas.
Ouvi músicas que já não ouvia há anos e outras que nem sequer me lembrava que existiam! E como é incrível aquela sensação de ouvir uma dessas e ir recuperando a memória ao longo da música, quase sentido o que se sentia na altura em que aquilo era o que estava na moda...
Uma delas foi esta incrível malha. Os Aerosmith foram para mim durante uns 4-5 anos a melhor banda do Mundo, e lembro-me claramente de ver este clip vezes sem conta no VH1 em 96-97. Nos tempos em que não havia Internets nem telemóveis e os clips do VH1 eram a nossa ponte para o mundo da música. Quando a palavra "bullying" ainda não existia mas o conceito já estava tão bem retratado num clip dos Aerosmith.
Hoje vibrei com Hole In My Soul, dos Aerosmith, como em 1996. Hoje sofri e vibrei com a vida deste rapazinho, como em 1996. Que maravilha.
NOTA: Só agora reparei que o vídeo não está completo, embora seja a versão que tem mais qualidade (vídeos dos anos 90... não há milagres!). Se quiserem ver como acaba o clip podem ver o último minuto deste:
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Diga lá outra vez...?
"O Chelsea é uma verdadeira constelação de estrelas". Esta da constelação de estrelas é uma das minhas preferidas. Porque como toda a gente sabe também existem constelações de panados e constelações de macacos. É importante salientar que a constelação é de estrelas para ninguém pensar que é de outra coisa qualquer.
Faz-me lembrar aquela expressão que toda a gente usa sem se aperceber "Tenho um amigo meu". Porque se já tenho o amigo, ele já é meu, não é? Ou "Há dez anos atrás", porque se foi há dez anos a gente já percebeu que foi atrás - ninguém conta uma história que lhe aconteceu daqui a dez anos...
Outra que está na minha lista de favoritos: "Estamos de acordo, isso vai de encontro ao que eu pensava". Não, não estamos de acordo. Se vai "de encontro a" quer dizer que está contra. O correcto é mesmo "(...)isso vai ao encontro do que eu pensava".
São expressões que surgem numa conversa mas raramente na escrita pois ao escrever percebemos logo que algo está errado. Não serão tão importantes como os erros de escrita, claro.. Mas hoje achei curioso lembrar algumas destas expressões por causa da insistência do comentador na tal constelação de estrelas.
Lembram-se de mais alguma deste género?
Faz-me lembrar aquela expressão que toda a gente usa sem se aperceber "Tenho um amigo meu". Porque se já tenho o amigo, ele já é meu, não é? Ou "Há dez anos atrás", porque se foi há dez anos a gente já percebeu que foi atrás - ninguém conta uma história que lhe aconteceu daqui a dez anos...
Outra que está na minha lista de favoritos: "Estamos de acordo, isso vai de encontro ao que eu pensava". Não, não estamos de acordo. Se vai "de encontro a" quer dizer que está contra. O correcto é mesmo "(...)isso vai ao encontro do que eu pensava".
São expressões que surgem numa conversa mas raramente na escrita pois ao escrever percebemos logo que algo está errado. Não serão tão importantes como os erros de escrita, claro.. Mas hoje achei curioso lembrar algumas destas expressões por causa da insistência do comentador na tal constelação de estrelas.
Lembram-se de mais alguma deste género?
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Estava na hora.
E já lá vão dez dias desde a última vez que fumei um cigarro. Promessa é dívida, e esta decisão tinha vindo a ser preparada desde o início da gravidez. O objectivo inicial era deixar logo que o Vasco nascesse, mas depois ele nasceu e percebi imediatamente que afinal era a pior altura possível...
Agora com o Vasco já crescido (pelo menos já tem mais cabelo que o pai...) as coisas estão mais estáveis, mais calmas e era a altura certa. Não só pelo Vasco, a minha saúde e a minha carteira também precisavam desta decisão.
Numa consulta em Agosto a médica desafiou-me a escolher uma data e eu decidi: 07/09/2014, só porque sim. Não era uma data especial, passou a ser.
E não tem sido muito difícil, a verdade é essa. Há momentos terríveis, mas passam rapidamente. São momentos mais relacionados com o hábito do que com o vício... segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o vício ou dependência da nicotina dura apenas 14 dias e eu acredito. O pior não é isso, claro. O pior são os momentos de sempre a conduzir sozinho, o cigarro depois de uma boa refeição ou do café, as noites de copos, as esperas, os intervalos dos jogos na TV, tudo hábitos que se foram criando ao longo de muitos (demasiados) anos.
A parte difícil de deixar de fumar não é largar o tabaco. É largar todos os hábitos que se criaram com o tabaco. Isso sim, vai durar anos.
É a minha segunda tentativa séria (na primeira aguentei 10 meses!) e a última, porque foi de vez.
Se não estivesse realmente convencido disto, este texto nunca teria existido.
Agora com o Vasco já crescido (pelo menos já tem mais cabelo que o pai...) as coisas estão mais estáveis, mais calmas e era a altura certa. Não só pelo Vasco, a minha saúde e a minha carteira também precisavam desta decisão.
Numa consulta em Agosto a médica desafiou-me a escolher uma data e eu decidi: 07/09/2014, só porque sim. Não era uma data especial, passou a ser.
E não tem sido muito difícil, a verdade é essa. Há momentos terríveis, mas passam rapidamente. São momentos mais relacionados com o hábito do que com o vício... segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o vício ou dependência da nicotina dura apenas 14 dias e eu acredito. O pior não é isso, claro. O pior são os momentos de sempre a conduzir sozinho, o cigarro depois de uma boa refeição ou do café, as noites de copos, as esperas, os intervalos dos jogos na TV, tudo hábitos que se foram criando ao longo de muitos (demasiados) anos.
A parte difícil de deixar de fumar não é largar o tabaco. É largar todos os hábitos que se criaram com o tabaco. Isso sim, vai durar anos.
É a minha segunda tentativa séria (na primeira aguentei 10 meses!) e a última, porque foi de vez.
Se não estivesse realmente convencido disto, este texto nunca teria existido.
O outro lado da história
Há dias recebi nesta publicação um comentário de um "anónimo" que é um exercício formidável: o outro lado da mesma história. Está tão bem escrito e encaixa tão bem no texto original que merece, ele próprio, a sua publicação! Eu gostei... Aqui está:
"Tinha 23 anos quando o conheceu. E, nessa idade, vibram ainda na pele os romances de primeiras vistas.
Tudo era novo. E como sempre sorria. Sorria para disfarçar a vergonha, sorria porque não sabia o que fazer. E sorria porque era esse o seu jeito.
Era o seu primeiro emprego mas sentiu-se tão bem desde o primeiro dia! De alguma forma logo percebeu que o facto de ter aquela idade lhe assentaria na perfeição no meio daqueles homens maduros. Como poderia não existir um peito disponível para a proteger de tanta vergonha e timidez? E depois havia tanto amor no seu sorriso, uma paixão infinita no brilho do seu olhar... Era impossível que não resultasse.
Claro que não pensou nisso logo no primeiro dia, era tudo tão novo que nem tinha tempo de pensar, nos primeiros dias os momentos de embaraço cansavam-na tanto que chegava a casa e caía como uma pedra.
Mas depressa chegou lá. E era ele. Aquele para quem ela não conseguia parar de olhar. Havia admiração. Tanta que parecia até coisa de outro mundo. E uma vontade enorme de sentir o conforto de estar nos seus braços e fazê-lo despedir aquele ar sério e vê-lo rir no meio de uma brincadeira, vê-lo sorrir no conforto de um carinho. Quis, como nunca, ser de alguém. Pertencer-lhe. Só para o fazer feliz. Uma espécie de desafio, trazê-lo de novo à vida, viver com ele essa paixão que lhe começava a formigar nas entranhas.
E sim, houve uma conversa, um café, vários momentos, vários pretextos, como há sempre, e a história começava a desenhar-se.
Ele era casado e tinha filhos, ela rápido o soube e percebeu que isso era o mais importante da vida dele e por isso admirava-o ainda mais. E o seu desejo não era substituir nada disso na vida dele. Não, ela nunca quereria destruir tal preciosidade. De certa maneira sentia que a magia aconteceria num outro mundo paralelo, que não se cruzaria com este.
Não o queria sempre, não o queria para sempre mas queria estar com ele. O tempo que fosse possível seria o necessário. Sem exigências, apenas pelo prazer das sensações que estarem juntos traria aos dois. Imaginou-o mil vezes, de mil formas na sua cabeça, mesmo antes que acontecesse. E quando aconteceu, não foi melhor nem pior, foi bom. Tão bom, que sentiu algo que nunca tinha sentido. E quis que essa sensação se repetisse.
E repetiu sempre que estiveram juntos. Só os dois, em encontros de tempo contado, como verdadeiros amantes. Ela amava cada segundo que podia desfrutar da presença dele quando estavam a sós. Sentir o corpo dele... O peito dele no dela era das sensações mais incríveis que alguma vez conseguira sentir. Havia paz, segurança, tranquilidade. Sim, ele era isso tudo para ela.
Depois havia sempre aquele momento em que ele tinha de se ir embora e ela sentia-se só, abandonada. Às vezes passava rápido, outras vezes esse momento prolongava-se por lágrimas de noites de sono perdidas... Mas maior parte das vezes não existia nada disso. Ele ia embora e ela continuava feliz. Grata por sentir tudo aquilo, por fazê-lo feliz e por saber que ele saia dali para os braços de quem mais amava neste mundo.
Sim, isso não lhe costumava fazer mossa, ela não sentia essa necessidade de sentir que ele a amava acima de tudo. Bastava-lhe estar com ele e sentir que ele gostava tanto como ela de estar ali. Isso já era perfeito. Porque o haveria de querer dessa maneira egoísta? Tempos depois ele decidiu diferente, mesmo sem que ela alguma vez lho tivesse pedido. E tornara-se só dela.
Na cabeça dela haviam crescido muitos sonhos e expectativas entretanto, e quando isso realmente aconteceu, a verdade é que ela não lamentou o que sabia ser a maior perda da vida dele. Nem foi egoísmo, simplesmente na altura não o pensou dessa maneira.
E a vida poderia até ter sido perfeita para os dois, davam-se bem, dava gosto vê-los juntos, em trocas de cumplicidades sempre sem discussões, felizes! Mas isso só seria possível se não existisse essa coisa do tempo...
O tempo passou. Nem foi preciso muito. Passou por eles. Apanhou-os. E ela percebeu isso esta manhã, quando acordou e o olhou nos olhos, e os seus não raiaram. E aí sim, sentiu por fim um peso enorme de ter roubado aquele homem que agora estaria perdido para sempre… E nem as recordações dos tantos momentos perfeitos que passaram juntos a fizeram serenar.
Levantou-se e saiu. Sabia bem que não haveria nenhum sorriso, nenhum olhar, nenhum carinho seu que pudesse ajudar..."
"Tinha 23 anos quando o conheceu. E, nessa idade, vibram ainda na pele os romances de primeiras vistas.
Tudo era novo. E como sempre sorria. Sorria para disfarçar a vergonha, sorria porque não sabia o que fazer. E sorria porque era esse o seu jeito.
Era o seu primeiro emprego mas sentiu-se tão bem desde o primeiro dia! De alguma forma logo percebeu que o facto de ter aquela idade lhe assentaria na perfeição no meio daqueles homens maduros. Como poderia não existir um peito disponível para a proteger de tanta vergonha e timidez? E depois havia tanto amor no seu sorriso, uma paixão infinita no brilho do seu olhar... Era impossível que não resultasse.
Claro que não pensou nisso logo no primeiro dia, era tudo tão novo que nem tinha tempo de pensar, nos primeiros dias os momentos de embaraço cansavam-na tanto que chegava a casa e caía como uma pedra.
Mas depressa chegou lá. E era ele. Aquele para quem ela não conseguia parar de olhar. Havia admiração. Tanta que parecia até coisa de outro mundo. E uma vontade enorme de sentir o conforto de estar nos seus braços e fazê-lo despedir aquele ar sério e vê-lo rir no meio de uma brincadeira, vê-lo sorrir no conforto de um carinho. Quis, como nunca, ser de alguém. Pertencer-lhe. Só para o fazer feliz. Uma espécie de desafio, trazê-lo de novo à vida, viver com ele essa paixão que lhe começava a formigar nas entranhas.
E sim, houve uma conversa, um café, vários momentos, vários pretextos, como há sempre, e a história começava a desenhar-se.
Ele era casado e tinha filhos, ela rápido o soube e percebeu que isso era o mais importante da vida dele e por isso admirava-o ainda mais. E o seu desejo não era substituir nada disso na vida dele. Não, ela nunca quereria destruir tal preciosidade. De certa maneira sentia que a magia aconteceria num outro mundo paralelo, que não se cruzaria com este.
Não o queria sempre, não o queria para sempre mas queria estar com ele. O tempo que fosse possível seria o necessário. Sem exigências, apenas pelo prazer das sensações que estarem juntos traria aos dois. Imaginou-o mil vezes, de mil formas na sua cabeça, mesmo antes que acontecesse. E quando aconteceu, não foi melhor nem pior, foi bom. Tão bom, que sentiu algo que nunca tinha sentido. E quis que essa sensação se repetisse.
E repetiu sempre que estiveram juntos. Só os dois, em encontros de tempo contado, como verdadeiros amantes. Ela amava cada segundo que podia desfrutar da presença dele quando estavam a sós. Sentir o corpo dele... O peito dele no dela era das sensações mais incríveis que alguma vez conseguira sentir. Havia paz, segurança, tranquilidade. Sim, ele era isso tudo para ela.
Depois havia sempre aquele momento em que ele tinha de se ir embora e ela sentia-se só, abandonada. Às vezes passava rápido, outras vezes esse momento prolongava-se por lágrimas de noites de sono perdidas... Mas maior parte das vezes não existia nada disso. Ele ia embora e ela continuava feliz. Grata por sentir tudo aquilo, por fazê-lo feliz e por saber que ele saia dali para os braços de quem mais amava neste mundo.
Sim, isso não lhe costumava fazer mossa, ela não sentia essa necessidade de sentir que ele a amava acima de tudo. Bastava-lhe estar com ele e sentir que ele gostava tanto como ela de estar ali. Isso já era perfeito. Porque o haveria de querer dessa maneira egoísta? Tempos depois ele decidiu diferente, mesmo sem que ela alguma vez lho tivesse pedido. E tornara-se só dela.
Na cabeça dela haviam crescido muitos sonhos e expectativas entretanto, e quando isso realmente aconteceu, a verdade é que ela não lamentou o que sabia ser a maior perda da vida dele. Nem foi egoísmo, simplesmente na altura não o pensou dessa maneira.
E a vida poderia até ter sido perfeita para os dois, davam-se bem, dava gosto vê-los juntos, em trocas de cumplicidades sempre sem discussões, felizes! Mas isso só seria possível se não existisse essa coisa do tempo...
O tempo passou. Nem foi preciso muito. Passou por eles. Apanhou-os. E ela percebeu isso esta manhã, quando acordou e o olhou nos olhos, e os seus não raiaram. E aí sim, sentiu por fim um peso enorme de ter roubado aquele homem que agora estaria perdido para sempre… E nem as recordações dos tantos momentos perfeitos que passaram juntos a fizeram serenar.
Levantou-se e saiu. Sabia bem que não haveria nenhum sorriso, nenhum olhar, nenhum carinho seu que pudesse ajudar..."
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As próximas vozes?
Desta vez não tenho acompanhado os programas de Domingo à noite porque o tempo não dá para tudo.
No entanto, no passado Domingo verifiquei com alguma surpresa que os dois jovens que eu logo no início apontei como prováveis vencedores do The Voice e do Rising Star estão nas respectivas finais!
Será que eu tenho mesmo um dedo que adivinha e que vou acertar outra vez, como aconteceu com o Berg e com o Filipe Pinto? No Domingo veremos...
No entanto, no passado Domingo verifiquei com alguma surpresa que os dois jovens que eu logo no início apontei como prováveis vencedores do The Voice e do Rising Star estão nas respectivas finais!
Será que eu tenho mesmo um dedo que adivinha e que vou acertar outra vez, como aconteceu com o Berg e com o Filipe Pinto? No Domingo veremos...
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O primeiro mês
Um mês de vida. Para ti e para nós, tem tido os seus momentos. Há dias mais complicados que outros, tu a conheceres o Mundo e nós a conhecer-te a ti. É incrível como um qualquer gesto novo teu desconta imediatamente imensas horas de sono perdidas! Já nos conheces, sem dúvida... Reconheces as vozes, os cheiros, os toques. Ao contrário dos teus pais preferes o barulho e a confusão à pacatez solitária no lar. As piores birras, essas, só nós conhecemos, pois em público és um verdadeiro anjinho. Já cresceste tanto desde o primeiro dia, é assustador como o tempo passa... Filho, és muito mais do que aquilo com que poderíamos sequer sonhar. Felicidade suprema!
Fazes um mês, o mais incrível mês das nossas vidas. Parabéns, miúdo!
Fazes um mês, o mais incrível mês das nossas vidas. Parabéns, miúdo!
O dia que mudou a nossa vida
20 de Junho de 2014. A espera terminou finalmente! O Vasco nasceu com 51 cm e 3,760 kg e tudo ganhou um novo sentido.
É daquelas coisas de que todos falam, que nós pensamos já esperar, que é uma sensação única. Os amigos já diziam, nunca sentiste nada assim - mas pensamos sempre que estamos mais ou menos preparados para tudo!
Ninguém nunca está preparado para o momento em que lhe depositam o primeiro filho nos braços. O chão foge-nos dos pés, os braços perdem a força, tudo o resto passa imediatamente a ser relativo... absolutamente incrível. Não há palavras para descrever a melhor sensação do Mundo!
Estamos incrivelmente felizes, e no momento em que escrevo ainda não me sinto completamente consciente de tudo. Apenas de que o pequeno Vasco já deu todo um novo sentido à nossa vida!
É daquelas coisas de que todos falam, que nós pensamos já esperar, que é uma sensação única. Os amigos já diziam, nunca sentiste nada assim - mas pensamos sempre que estamos mais ou menos preparados para tudo!
Ninguém nunca está preparado para o momento em que lhe depositam o primeiro filho nos braços. O chão foge-nos dos pés, os braços perdem a força, tudo o resto passa imediatamente a ser relativo... absolutamente incrível. Não há palavras para descrever a melhor sensação do Mundo!
Estamos incrivelmente felizes, e no momento em que escrevo ainda não me sinto completamente consciente de tudo. Apenas de que o pequeno Vasco já deu todo um novo sentido à nossa vida!
O outro Mundial do Brasil
A loucura do Mundial está definitivamente instalada. Começa hoje, daqui a pouco, e está tudo a postos!
Mas antes de começar, sugiro que todos vejam este pequeno vídeo do comediante John Oliver que expõe de forma clara, objectiva e muito divertida tudo o que está por trás do tal fabuloso, brilhante, mágico Campeonato do Mundo de Futebol. Vale mesmo a pena ver...!
Mas antes de começar, sugiro que todos vejam este pequeno vídeo do comediante John Oliver que expõe de forma clara, objectiva e muito divertida tudo o que está por trás do tal fabuloso, brilhante, mágico Campeonato do Mundo de Futebol. Vale mesmo a pena ver...!
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A aletria da minha Avó
Uma bela recordação da Avó Elisa, para matar saudades daquela fantástica aletria que estava sempre à minha espera a cada visita à capital.
E não é que está à altura? Posso-me gabar de ter em casa uma super-cozinheira que mesmo num estado em que os braços parecem já não chegar à banca (39 semanas de gravidez, não é fácil...) consegue diariamente pequenos milagres na cozinha!
Obrigado meu amor... uma delícia!!!
E não é que está à altura? Posso-me gabar de ter em casa uma super-cozinheira que mesmo num estado em que os braços parecem já não chegar à banca (39 semanas de gravidez, não é fácil...) consegue diariamente pequenos milagres na cozinha!
Obrigado meu amor... uma delícia!!!
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Alex & Sierra
O JC chamou-me a atenção para os vencedores da terceira temporada do X Factor americano. Falou-me de Alex & Sierra e eu pensei que não conhecia. Quando procurei fui logo encontrar o primeiro casting do casal e percebi que já o tinha visto há alguns meses.
Compreendi imediatamente o motivo que o levou a falar-me disto. Ele sabe que eu gosto destas coisas. De música, de programas de música, mas principalmente de tudo o que é genuíno na música. E estes dois, que não são extraordinários em termos vocais, parecem legítimos, sinceros, apaixonados, genuínos. O que faz com que a música deles tenha uma química especial.
São várias as actuações que se encontram no youtube, mas a minha preferida continua a ser a do casting. Primeiro porque acho a versão deles mil vezes melhor do que o original, depois porque fazem tudo tão "mal" que sai mesmo bem. Os nervos, as caretas, os gestos desconexos, tudo tão errado - e no entanto tudo tão perfeito.
Compreendi imediatamente o motivo que o levou a falar-me disto. Ele sabe que eu gosto destas coisas. De música, de programas de música, mas principalmente de tudo o que é genuíno na música. E estes dois, que não são extraordinários em termos vocais, parecem legítimos, sinceros, apaixonados, genuínos. O que faz com que a música deles tenha uma química especial.
São várias as actuações que se encontram no youtube, mas a minha preferida continua a ser a do casting. Primeiro porque acho a versão deles mil vezes melhor do que o original, depois porque fazem tudo tão "mal" que sai mesmo bem. Os nervos, as caretas, os gestos desconexos, tudo tão errado - e no entanto tudo tão perfeito.
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Vinte anos depois
Nem reparou bem no primeiro dia em que ela apareceu lá no trabalho. Um cumprimento banal, como tantos outros antes desse, afinal esta empresa anda ao contrário da crise e está sempre a contratar, normal. Foi só quando tiveram a primeira reunião, na semana seguinte, que reparou na forma como ela o olhava. Ele conhecia este tipo de olhar, a última vez que tinha visto um tinha sido há muitos anos, na verdade nunca pensou que nesta idade se repetisse. Mas estava a acontecer, naquele momento, e ele sabia que não estava enganado. Uma conversa, um café e dois sorrisos, e de repente ela já lhe parecia perfeita. Tudo tão simples, será que ele ainda tinha aquele jeito de que os homens mais novos tanto se orgulham de ter, não sabia. Mas tudo estava a acontecer e ele não tinha qualquer tipo de vontade de parar.
Lembrou-se da mulher da sua vida, claro, várias vezes. Quase vinte anos de casado não é para qualquer um, motivo de orgulho certamente. Mas as comparações eram inevitáveis, esta cara nova é tão mais bonita, parece tão mais apaixonada, ela ri-se das suas piadas. Pensou quando teria sido a última vez que tinha contado uma graça à sua mulher. Já há muito que ela tinha deixado de se rir delas, e naturalmente ele deixara de as contar. Mas havia mais, algo mais que era tão mais intenso do que ele havia sentido! Havia o cheiro, seria o cheiro?, ou a suavidade da sua pele, ou a forma como ela se entregava no calor da luxúria e do desejo. Tocava-lhe a barriga, tão diferente da que ele conhecia, de novo as comparações, não sentia as estrias que os filhos generosamente haviam provocado na sua mulher em tantos meses de gestação.
O Martim e a Inês. Também havia esse problema, o mais difícil de todos. Os filhos eram tudo o que ele mais amava, em todos os momentos excepto nos fugazes encontros com a sua nova paixão - aí o seu mundo era outro e já não havia nada. Mulher, filhos, contas a pagar, a torneira que pinga à noite, nada. Surpreendeu-se com a facilidade com que era capaz de voltar todos os dias a casa e manter a rotina normal, passar tempo com os miúdos, dormir sestas no sofá e fazer amor aos sábados.
Ela não pedia mais mas ele sentia-se na obrigação de dar tudo. A vida dupla era possível, já o sabia, mas cada vez o desejava menos. A mulher já não o amava, não podia, vinte anos, era normal que já não se amassem nesta altura. Restava o respeito, mas ele sabia que já não a respeitava por esta altura e que para ela era melhor a separação. Sim, era isso mesmo, ela ainda ia a tempo de, como ele, encontrar nova felicidade, para as mulheres é sempre mais fácil. Tinha que o fazer por si mas principalmente por ela, isso mesmo. Os miúdos haviam de compreender, afinal ele não ia a lado nenhum, ficaria sempre por perto. Estava decidido.
Chorou muito, ela. Mais do que ele esperara. O alívio do peso daquele segredo compensava o ar de terror espelhado na face daquela com quem havia vivido quase vinte anos, uma vida, uma vida sem no entanto ter visto antes aquela expressão de dor que ficaria marcada no fundo do peito dele até ao fim dos seus dias. Com a coragem que só as grandes mulheres têm ela ainda lhe disse que depois de ele sair nunca mais voltaria a entrar, e ele sabia que era verdade. Ela não voltava atrás, nunca. Por momentos lembrou-se que aquela era uma das marcas dela que mais o impressionaram quando a conheceu. Há mais de vinte anos, uma vida, ambos mereciam uma espécie de prémio. Não olhou para trás, percebeu que ele próprio também chorava sem querer.
Foi só dois meses depois, quando acordou e de um momento para o outro odiou profundamente a mulher que estava ao seu lado, a tal do sorriso perfeito e da barriga lisa, que ele compreendeu que estava perdido para sempre.
Lembrou-se da mulher da sua vida, claro, várias vezes. Quase vinte anos de casado não é para qualquer um, motivo de orgulho certamente. Mas as comparações eram inevitáveis, esta cara nova é tão mais bonita, parece tão mais apaixonada, ela ri-se das suas piadas. Pensou quando teria sido a última vez que tinha contado uma graça à sua mulher. Já há muito que ela tinha deixado de se rir delas, e naturalmente ele deixara de as contar. Mas havia mais, algo mais que era tão mais intenso do que ele havia sentido! Havia o cheiro, seria o cheiro?, ou a suavidade da sua pele, ou a forma como ela se entregava no calor da luxúria e do desejo. Tocava-lhe a barriga, tão diferente da que ele conhecia, de novo as comparações, não sentia as estrias que os filhos generosamente haviam provocado na sua mulher em tantos meses de gestação.
O Martim e a Inês. Também havia esse problema, o mais difícil de todos. Os filhos eram tudo o que ele mais amava, em todos os momentos excepto nos fugazes encontros com a sua nova paixão - aí o seu mundo era outro e já não havia nada. Mulher, filhos, contas a pagar, a torneira que pinga à noite, nada. Surpreendeu-se com a facilidade com que era capaz de voltar todos os dias a casa e manter a rotina normal, passar tempo com os miúdos, dormir sestas no sofá e fazer amor aos sábados.
Ela não pedia mais mas ele sentia-se na obrigação de dar tudo. A vida dupla era possível, já o sabia, mas cada vez o desejava menos. A mulher já não o amava, não podia, vinte anos, era normal que já não se amassem nesta altura. Restava o respeito, mas ele sabia que já não a respeitava por esta altura e que para ela era melhor a separação. Sim, era isso mesmo, ela ainda ia a tempo de, como ele, encontrar nova felicidade, para as mulheres é sempre mais fácil. Tinha que o fazer por si mas principalmente por ela, isso mesmo. Os miúdos haviam de compreender, afinal ele não ia a lado nenhum, ficaria sempre por perto. Estava decidido.
Chorou muito, ela. Mais do que ele esperara. O alívio do peso daquele segredo compensava o ar de terror espelhado na face daquela com quem havia vivido quase vinte anos, uma vida, uma vida sem no entanto ter visto antes aquela expressão de dor que ficaria marcada no fundo do peito dele até ao fim dos seus dias. Com a coragem que só as grandes mulheres têm ela ainda lhe disse que depois de ele sair nunca mais voltaria a entrar, e ele sabia que era verdade. Ela não voltava atrás, nunca. Por momentos lembrou-se que aquela era uma das marcas dela que mais o impressionaram quando a conheceu. Há mais de vinte anos, uma vida, ambos mereciam uma espécie de prémio. Não olhou para trás, percebeu que ele próprio também chorava sem querer.
Foi só dois meses depois, quando acordou e de um momento para o outro odiou profundamente a mulher que estava ao seu lado, a tal do sorriso perfeito e da barriga lisa, que ele compreendeu que estava perdido para sempre.
A função da vassourinha
Não é segredo para ninguém, sou fã incondicional das mensagens de casas-de-banho. Há sempre um erro ortográfico, um tamanho de letra inadequado, pontuação em falta ou uma mensagem pouco clara...
Neste momento já tenho uma pasta no computador só com conselhos úteis e indicações importantes escritas em folhas A4 e coladas nas portas e paredes das casas-de-banho públicas dos sítios que vou frequentando.
A mais recente, que aqui apresento, tem bons pormenores mas prima acima de tudo pela originalidade na comparação que nos leva a recear que a ideia não tenha surgido por acaso.
Assustador...
Neste momento já tenho uma pasta no computador só com conselhos úteis e indicações importantes escritas em folhas A4 e coladas nas portas e paredes das casas-de-banho públicas dos sítios que vou frequentando.
A mais recente, que aqui apresento, tem bons pormenores mas prima acima de tudo pela originalidade na comparação que nos leva a recear que a ideia não tenha surgido por acaso.
Assustador...
Um dia diferente...
Esta semana houve sessão fotográfica, e de pintura também!
Foi mesmo muito engraçado, e os nossos sinceros agradecimentos vão para os melhores fotógrafos da Península Ibérica: Thais Lozano e Luis Pedreira. O vosso empenho e o vosso profissionalismo fizeram pequenos milagres...!
Por hoje coloco apenas esta. Em breve teremos mais!
Foi mesmo muito engraçado, e os nossos sinceros agradecimentos vão para os melhores fotógrafos da Península Ibérica: Thais Lozano e Luis Pedreira. O vosso empenho e o vosso profissionalismo fizeram pequenos milagres...!
Por hoje coloco apenas esta. Em breve teremos mais!
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:slow
É capaz de ser a melhor refeição que já comi num shopping.
O conceito é recente: Confecção da carne a baixa temperatura durante um longo período, o que permite obter um sabor mais intenso e suculento, comida "que se desfaz" e que é o mais saborosa possível. Os donos são os mesmos das cadeias H3 e da Empadaria do Avillez e a avaliar pela qualidade da refeição e pelo baixo preço, o :slow pode muito bem vir a ter ainda mais sucesso que o próprio H3.
Já existia no Colombo e nas Amoreiras, recentemente veio para o Norte e instalou-se no Norteshopping e no Marshopping. Pouco adeptos de refeições em shoppings, nós nunca tínhamos provado.
Sem gastar mais de oito euros por pessoa, dá direito a uma refeição realmente agradável com bebida (a limonada de frutos silvestres é excelente) e sobremesa (apenas uma, e também aprovada: Pavlova de Frutos Silvestres). Em nenhum momento temos a ideia de que se trata de fast food - a carne é bem mais saborosa do que em muitos restaurantes da cidade e os acompanhamentos são de qualidade.
É como dizia: São raras as vezes em que jantamos no shopping. Mas passámos a ter um restaurante de eleição para quando for preciso!
O conceito é recente: Confecção da carne a baixa temperatura durante um longo período, o que permite obter um sabor mais intenso e suculento, comida "que se desfaz" e que é o mais saborosa possível. Os donos são os mesmos das cadeias H3 e da Empadaria do Avillez e a avaliar pela qualidade da refeição e pelo baixo preço, o :slow pode muito bem vir a ter ainda mais sucesso que o próprio H3.
Já existia no Colombo e nas Amoreiras, recentemente veio para o Norte e instalou-se no Norteshopping e no Marshopping. Pouco adeptos de refeições em shoppings, nós nunca tínhamos provado.
Sem gastar mais de oito euros por pessoa, dá direito a uma refeição realmente agradável com bebida (a limonada de frutos silvestres é excelente) e sobremesa (apenas uma, e também aprovada: Pavlova de Frutos Silvestres). Em nenhum momento temos a ideia de que se trata de fast food - a carne é bem mais saborosa do que em muitos restaurantes da cidade e os acompanhamentos são de qualidade.
É como dizia: São raras as vezes em que jantamos no shopping. Mas passámos a ter um restaurante de eleição para quando for preciso!
33 - O Campeão voltou!
O dia foi longo. Depois de todas as emoções no estádio, dos cânticos, dos abraços, ainda fomos ao Marquês em clima de festa. O vulcão vermelho em plena erupção, os festejos de um título anunciado mas sempre bem disputado, com o profissionalismo e a categoria de verdadeiros campeões. Uma vitória justíssima.
Por fim, exaustos, não podíamos deixar de passar ainda na maior Casa Não Oficial do Benfica do país para os últimos abraços do dia. O piano pedia só mais um cântico pelo nosso Benfica, e mesmo com as gargantas roucas e as vozes cansadas, sabíamos que ainda nos faltava cantar esta.
Pelo nosso Benfica, por esta alegre loucura que nos move. Campeões!!!
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E agora???
É Domingo.
Acordas tarde, dormiste tudo o que merecias e mais ainda.
Ao acordares, ela chega com o tabuleiro do pequeno-almoço. Sim, ela trouxe-te o pequeno-almoço à cama, mesmo sendo ela que está grávida de 7 meses.
Está sol, está um dia bom.
Apercebes-te de que ela quer sair de casa, mesmo sem destino específico.
Daqui a uma hora joga-se o Liverpool-City, jogo do título em Inglaterra. Basicamente o jogo do ano, aquele tipo de jogos que te levaram a adquirir a BenficaTV e a pagar 9,99 por mês.
Já andas a pensar em ver este jogo no sofá há uns dias.
O que fazes???
Acordas tarde, dormiste tudo o que merecias e mais ainda.
Ao acordares, ela chega com o tabuleiro do pequeno-almoço. Sim, ela trouxe-te o pequeno-almoço à cama, mesmo sendo ela que está grávida de 7 meses.
Está sol, está um dia bom.
Apercebes-te de que ela quer sair de casa, mesmo sem destino específico.
Daqui a uma hora joga-se o Liverpool-City, jogo do título em Inglaterra. Basicamente o jogo do ano, aquele tipo de jogos que te levaram a adquirir a BenficaTV e a pagar 9,99 por mês.
Já andas a pensar em ver este jogo no sofá há uns dias.
O que fazes???
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O meu hábito favorito
A Rrita desafiou, e foi só aceder ao ficheiro de excel onde tenho tudo organizado (há algo que eu não organize no excel?) para descobrir rapidamente quanto tempo já gastei em séries.
Um total de 28 séries, 61 dias, 5 horas e 15 minutos. Isto não contando com as que desisti de acompanhar a meio...
É uma ocupação de tempos livres como outra qualquer, para mim uma das melhores. Por isso não me arrependo nada, até pensava que tivesse sido mais tempo!
Desconfio é que nos próximos tempos vou abrandar um pouco o ritmo, por razões óbvias. Mas há-de haver sempre um espaço, por mais pequeno que seja, para matar saudades do meu hábito favorito...
Um total de 28 séries, 61 dias, 5 horas e 15 minutos. Isto não contando com as que desisti de acompanhar a meio...
É uma ocupação de tempos livres como outra qualquer, para mim uma das melhores. Por isso não me arrependo nada, até pensava que tivesse sido mais tempo!
Desconfio é que nos próximos tempos vou abrandar um pouco o ritmo, por razões óbvias. Mas há-de haver sempre um espaço, por mais pequeno que seja, para matar saudades do meu hábito favorito...
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A primeira vez do Vasco
Foi o primeiro contacto com o fantástico ambiente da Catedral, e logo numa grande vitória!
Ele esteve muito activo e também deu os seus pontapés, mas não marcou nenhum golo. Fica para a próxima, certamente...
Ele esteve muito activo e também deu os seus pontapés, mas não marcou nenhum golo. Fica para a próxima, certamente...
(Benfica 4 -Rio Ave 0, 07-04-2014)
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E também acabou esta...
É sempre complicado quando uma série chega ao fim. Principalmente quando se trata de séries que nos acompanharam durante muitos anos, e no caso desta foram uns oito anos. Oito! Fazem parte da nossa vida, e há personagens que certamente nunca vamos esquecer, porque acabam por nos marcar de uma maneira ou de outra.
O que é certo é que HIMYM terminou mesmo e deixa saudades. Apesar de uma última temporada que já não se justificava, de um certo "relaxamento de escrita" na fase final, o último episódio é para mim um dos melhores de sempre e é um bom culminar de uma grande viagem.
Parabéns aos criadores, e muito obrigado. Valeu a pena!
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Os melhores amigos do bandeirinha
É o vídeo divertido do dia, a celebrar o regresso após (mais) um largo período de afastamento do blog... a disponibilidade não é a mesma, mas ainda não é desta que este blog se despede do pessoal! Vamos continuar por cá...
Breaking Bad - o meu veredicto
Vi ontem, finalmente, o último episódio da última temporada de Breaking Bad. Não tenho dúvidas em afirmar que é do melhor que já vi em séries e recomendo vivamente.
Breaking Bad não é uma série "normal", não é fácil começar a apreciar realmente. Tem características muito específicas, principalmente a prioridade que é dada ao realismo. Nada é feito ao acaso, nada é precipitado - aqui todos os tempos são certos: as expressões, os discursos, as conversas, as pausas, a evolução gradual das personagens. Por estes motivos, às vezes dá a sensação de ser uma série "muito parada", principalmente para quem costuma ver à noite andes de dormir. É certo, por vezes custa acompanhar.
Mas é brilhante: Breaking Bad coloca em causa, a cada momento, os limites do nosso moralismo e as nossas certezas em situações limite. Faz-nos duvidar, mudar de ideias, perder a noção do bom e do mau, do certo e do errado.
E tem ainda uma vantagem adicional: Não me lembro de alguma vez acompanhar uma série que fosse evoluindo desta forma - Breaking Bad é sempre cada vez melhor. Para mim, o pior episódio é o primeiro da primeira temporada e o melhor é o último da última temporada!
Por tudo isto, insisto: Não desistam na primeira temporada. Vejam com calma, acompanhem a pouco e pouco. Sem nos apercebermos, Breaking Bad toma conta de nós.
Breaking Bad não é uma série "normal", não é fácil começar a apreciar realmente. Tem características muito específicas, principalmente a prioridade que é dada ao realismo. Nada é feito ao acaso, nada é precipitado - aqui todos os tempos são certos: as expressões, os discursos, as conversas, as pausas, a evolução gradual das personagens. Por estes motivos, às vezes dá a sensação de ser uma série "muito parada", principalmente para quem costuma ver à noite andes de dormir. É certo, por vezes custa acompanhar.
Mas é brilhante: Breaking Bad coloca em causa, a cada momento, os limites do nosso moralismo e as nossas certezas em situações limite. Faz-nos duvidar, mudar de ideias, perder a noção do bom e do mau, do certo e do errado.
E tem ainda uma vantagem adicional: Não me lembro de alguma vez acompanhar uma série que fosse evoluindo desta forma - Breaking Bad é sempre cada vez melhor. Para mim, o pior episódio é o primeiro da primeira temporada e o melhor é o último da última temporada!
Por tudo isto, insisto: Não desistam na primeira temporada. Vejam com calma, acompanhem a pouco e pouco. Sem nos apercebermos, Breaking Bad toma conta de nós.
Para nós, foi assim.
Há vários dias que ando a pensar no que queria escrever no seguimento da tragédia do Meco, que despoletou imediatamente as reacções do costume dos anti-praxe. Alguns ainda afiam as facas, outros já vão dizendo as maiores barbaridades sobre um caso que, estando ainda em segredo de justiça, não tem ainda quase nada de concreto.
Mas neste caso a Adriana facilitou-me a vida. A Adriana foi praxada comigo em 97/98, praxou ao meu lado em 99/00 e passou por tudo o que eu passei. A diferença é que ela conseguiu pôr tudo em palavras, num desbafo no facebook que surge como reacção a uma notícia do telejornal e com o único objectivo de passar a palavra sobre o que a praxe foi para ela.
E é assim, sem discussões, sem argumentos. Cada um tem a sua história. Esta foi a dela, a nossa:
"Não sou anti-praxe.
Quando bem preparada, é uma forma gira e engraçada de quebrar o gelo e conhecer o espaço onde nos movimentaremos por um par de anos.
Tenho memórias vivas desses tempos, de ser "caçada" com o pacato Américo nos corredores do CPI e conduzida via Sr. Mota ao "aeroporto" onde já se disputava uma peculiar partida de futebol entre as meninas das Taipas e o Rodinhas. Lembro-me de "instituições" dessa época: Do Aurora, e do seu sistema de marcação de afilhadas, do Cardeal maluco por Educação Física que nos dava umas aulas puxadinhas, Do Tomates, do Besaina, do Felismino R., da Caloiraça, do Rotundas e do Carneiro, de andar às cavalitas e carrinho com o Delga e dos treinos militares com os pneus. Da 1ª vez que estive com a Eduarda e da preocupação dela com o ouro que estava a usar e não queria tirar, da Veronique, da Linda, da Pina, da Raquel, da risonha menina de Cambeses, da Marta e dos 1ºs tempos de idas e vindas de comboio, da Ana Beatriz, do Álvaro e do Agostinho que não gostava de ler... Daqueles seres estranhos que não eram do 2º ano e nos observavam do topo das escadas, os transferidos, o Paulo, o Pedro , o Nelito e os muito meus Ana Paula e Jorge que em conjunto com o mano Márcio da Madeira foram a minha espinha dorsal ao longo do curso.
Lembro-me também de algumas praxes, a encenação do Big Show Sic com o macaco Adriano, o Beijo com o acetato, os sapatos em cima das árvores, a roupa do avesso, o salto para a fonte, o relógio, o Hino de Curso e demais cânticos, as guerras!
Nunca gostei muito da linguagem vernácula... de estar de 4 ou olhar para o chão, das pinturas... Mas, pessoalmente, nunca me senti humilhada nem obrigada a nada.
E quando me lembro desses tempos e de todas as pessoas a meu lado, lembro-me, acima de tudo, da brincadeira e do sentimento de descoberta de um mundo novo... E tenho saudade!"
Obrigado à Adriana, pelas memórias, pelo texto perfeito e por me permitir partilhá-lo. Que saudades!!!
Mas neste caso a Adriana facilitou-me a vida. A Adriana foi praxada comigo em 97/98, praxou ao meu lado em 99/00 e passou por tudo o que eu passei. A diferença é que ela conseguiu pôr tudo em palavras, num desbafo no facebook que surge como reacção a uma notícia do telejornal e com o único objectivo de passar a palavra sobre o que a praxe foi para ela.
E é assim, sem discussões, sem argumentos. Cada um tem a sua história. Esta foi a dela, a nossa:
"Não sou anti-praxe.
Quando bem preparada, é uma forma gira e engraçada de quebrar o gelo e conhecer o espaço onde nos movimentaremos por um par de anos.
Tenho memórias vivas desses tempos, de ser "caçada" com o pacato Américo nos corredores do CPI e conduzida via Sr. Mota ao "aeroporto" onde já se disputava uma peculiar partida de futebol entre as meninas das Taipas e o Rodinhas. Lembro-me de "instituições" dessa época: Do Aurora, e do seu sistema de marcação de afilhadas, do Cardeal maluco por Educação Física que nos dava umas aulas puxadinhas, Do Tomates, do Besaina, do Felismino R., da Caloiraça, do Rotundas e do Carneiro, de andar às cavalitas e carrinho com o Delga e dos treinos militares com os pneus. Da 1ª vez que estive com a Eduarda e da preocupação dela com o ouro que estava a usar e não queria tirar, da Veronique, da Linda, da Pina, da Raquel, da risonha menina de Cambeses, da Marta e dos 1ºs tempos de idas e vindas de comboio, da Ana Beatriz, do Álvaro e do Agostinho que não gostava de ler... Daqueles seres estranhos que não eram do 2º ano e nos observavam do topo das escadas, os transferidos, o Paulo, o Pedro , o Nelito e os muito meus Ana Paula e Jorge que em conjunto com o mano Márcio da Madeira foram a minha espinha dorsal ao longo do curso.
Lembro-me também de algumas praxes, a encenação do Big Show Sic com o macaco Adriano, o Beijo com o acetato, os sapatos em cima das árvores, a roupa do avesso, o salto para a fonte, o relógio, o Hino de Curso e demais cânticos, as guerras!
Nunca gostei muito da linguagem vernácula... de estar de 4 ou olhar para o chão, das pinturas... Mas, pessoalmente, nunca me senti humilhada nem obrigada a nada.
E quando me lembro desses tempos e de todas as pessoas a meu lado, lembro-me, acima de tudo, da brincadeira e do sentimento de descoberta de um mundo novo... E tenho saudade!"
Obrigado à Adriana, pelas memórias, pelo texto perfeito e por me permitir partilhá-lo. Que saudades!!!
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A crise e a restauração
Hoje serviram-me uma posta num restaurante da Régua e a carne não estava boa. O cheiro já não era sugestivo, bastou levar o garfo à boca para perceber que era impossível de comer. Quando me queixei, e pedi que me trouxessem algo, qualquer coisa que tivessem a certeza de que estava bom, fizeram questão de me trazer outra posta. Uma das boas, de qualidade, com um sabor excelente. Era preferível terem escolhido outro prato qualquer, porque assim soube de imediato que tinha sido de propósito. Havia a carne boa, para os clientes habituais, e a outra carne para os outros.
Ontem ao almoço, em Mirandela, a "alheira tradicional" estava indescritível de tão má. Isto num restaurante que, dizem os locais, "até se come bem e o senhor é simpático".
É cada vez mais frequente e torna-se preocupante para quem, como nós, é obrigado a comer fora, muitas vezes em sítios que não conhecemos bem. Têm fechado muitas casas por todo o país e nota-se que cada vez mais há dois tipos de restaurantes:
1) Os bons, que agora são quase de luxo, nos quais se paga sem grande esforço uns 20 euros por pessoa e onde se come sempre bem;
2) Os baratos, que servem diárias. Nestes é garantido que ao almoço a refeição não passa do razoável mas é barata - o pior é ao jantar. Ao jantar cada vez há menos clientes, e como estes restaurantes vão vivendo principalmente dos almoços fazem preços ridículos ao jantar porque aí não há prato do dia. E a qualidade, essa, fica só para os tais clientes habituais, que os desconhecidos comem qualquer coisa. Acredito mesmo que se não tivessem um horário afixado muitos destes restaurantes fechavam depois dos almoços para só voltar a abrir no dia seguinte. E assim sobravam para o jantar de turistas apenas os tais restaurantes "de luxo".
Sim, é compreensível que cada um tente sobreviver como pode, e entre o cliente habitual e o de passagem é natural que se dê preferência a quem dá mais garantias de voltar. Mas será que já chegámos ao ponto em que se tem que escolher entre um e outro, fechando os olhos aos valores mais básicos associados à profissão e à obrigação moral de bem servir qualquer cliente? A verdade é que o comportamento é socialmente condenável e revela uma total falta de profissionalismo. Mas será que nesta fase é este caminho ou fechar as portas de vez?
Ontem ao almoço, em Mirandela, a "alheira tradicional" estava indescritível de tão má. Isto num restaurante que, dizem os locais, "até se come bem e o senhor é simpático".
É cada vez mais frequente e torna-se preocupante para quem, como nós, é obrigado a comer fora, muitas vezes em sítios que não conhecemos bem. Têm fechado muitas casas por todo o país e nota-se que cada vez mais há dois tipos de restaurantes:
1) Os bons, que agora são quase de luxo, nos quais se paga sem grande esforço uns 20 euros por pessoa e onde se come sempre bem;
2) Os baratos, que servem diárias. Nestes é garantido que ao almoço a refeição não passa do razoável mas é barata - o pior é ao jantar. Ao jantar cada vez há menos clientes, e como estes restaurantes vão vivendo principalmente dos almoços fazem preços ridículos ao jantar porque aí não há prato do dia. E a qualidade, essa, fica só para os tais clientes habituais, que os desconhecidos comem qualquer coisa. Acredito mesmo que se não tivessem um horário afixado muitos destes restaurantes fechavam depois dos almoços para só voltar a abrir no dia seguinte. E assim sobravam para o jantar de turistas apenas os tais restaurantes "de luxo".
Sim, é compreensível que cada um tente sobreviver como pode, e entre o cliente habitual e o de passagem é natural que se dê preferência a quem dá mais garantias de voltar. Mas será que já chegámos ao ponto em que se tem que escolher entre um e outro, fechando os olhos aos valores mais básicos associados à profissão e à obrigação moral de bem servir qualquer cliente? A verdade é que o comportamento é socialmente condenável e revela uma total falta de profissionalismo. Mas será que nesta fase é este caminho ou fechar as portas de vez?
Sobre campeões: Os que foram, os que são e os que querem ser.
Perdemos Eusébio e custou realmente. Uma figura mítica, um ídolo de gerações, um futebolista de topo - mas não só: Eusébio conseguiu, até ao fim e mesmo trabalhando com o Benfica, ser sempre respeitado por todos, mesmo os rivais. Porque também ele, na sua humildade de menino, sempre soube respeitar todos. Até sempre, grande Eusébio!!
Discordo completamente dos que dizem que o Benfica-Porto foi um mau jogo. Na minha opinião o Benfica fez um grande jogo, extremamente competente, o melhor contra este adversário na era Jesus. No estádio, então, foi um prazer observar a geometria defensiva do Benfica. Enzo sempre a fechar as linhas de passe para Lucho, os alas a jogar como interiores muito bem defensivamente, Lima e Rodrigo como falsos avançados, sendo os primeiros a defender e sempre à espera do ataque rápido. Foi uma vitória justíssima com uma demonstração de superioridade obrigatória a quem quer ser campeão, pelo menos quando joga em casa. E com um guarda-redes a sério na baliza...Finalmente!!!
No dia seguinte, pausa nas críticas à arbitragem para torcermos todos pelo mesmo. E Cristiano venceu! As lágrimas do nosso campeão foram lágrimas de Portugal. Este troféu também é um pouco nosso, dos que SEMPRE te defenderam mesmo quando "só jogavas bem no clube" ou "tinhas a mania". És o melhor jogador do Mundo, mas isso, no fundo, já todos sabiam. Parabéns Cristiano, parabéns Portugal!!!
Discordo completamente dos que dizem que o Benfica-Porto foi um mau jogo. Na minha opinião o Benfica fez um grande jogo, extremamente competente, o melhor contra este adversário na era Jesus. No estádio, então, foi um prazer observar a geometria defensiva do Benfica. Enzo sempre a fechar as linhas de passe para Lucho, os alas a jogar como interiores muito bem defensivamente, Lima e Rodrigo como falsos avançados, sendo os primeiros a defender e sempre à espera do ataque rápido. Foi uma vitória justíssima com uma demonstração de superioridade obrigatória a quem quer ser campeão, pelo menos quando joga em casa. E com um guarda-redes a sério na baliza...Finalmente!!!
No dia seguinte, pausa nas críticas à arbitragem para torcermos todos pelo mesmo. E Cristiano venceu! As lágrimas do nosso campeão foram lágrimas de Portugal. Este troféu também é um pouco nosso, dos que SEMPRE te defenderam mesmo quando "só jogavas bem no clube" ou "tinhas a mania". És o melhor jogador do Mundo, mas isso, no fundo, já todos sabiam. Parabéns Cristiano, parabéns Portugal!!!
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