O amigo Justino

Ontem Montalegre acordou mais triste.

Ao ano 2020 teima em ser interminável e cada vez mais e mais terrível. Levou-nos um dos bons, um daqueles (tão poucos) de que toda a gente gosta. 

Dar os sentimentos à família, em especial (permitam-me) à nossa querida tia Graça, é insuficiente e deixa-nos vazios por dentro. Ninguém era indiferente ao Justino. O Justino era aquele amigalhaço tranquilo, com o sorriso mais carismático da vila. Um amigo com um gosto muito apurado pela música e, mais do que isso, pela música com os amigos. Nada o fazia mais feliz que uma noitada de guitarradas entre amigos e a prova disso é que estava sempre a perguntar pela próxima.

Haverá próxima, amigo Justino. Está prometido, seja quando for e onde for.

Até sempre.


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