La Joue du Loup - O último dia e o regresso

Na véspera do último dia soltámos a língua e dissemos à mesa o que ela queria saber. Acabámos com o vinho sem grande dificuldade e desistimos definitivamente do UNO pois nunca conseguíamos acabar um jogo sem que alguém fizesse batota da grossa.

No último dia voltámos a atacar as vermelhas. Foi uma prova a sério, enfrentámos o medo e as dificuldades de frente e cheios de coragem. Isto até encontrarmos AQUELA vermelha. Aquela que era quase a pique e que fazia com que o coração quisesse saltar pela boca. Descemos, sim, embora alguns o fizessem meio em pé meio aos trambolhões, como foi o meu caso... Isto fez-me pensar melhor antes de atacar as tais pretas. Talvez seja melhor deixar estas para outra oportunidade...

No final do dia fizemos as malas para a viagem de volta. Com muita nostalgia pelo regresso, mas satisfeitos pela semana que tinha corrido mesmo muito bem, lá nos fizemos à estrada combatendo o sono e a conduzir por turnos. Ninguém dormiu grande coisa, à excepção de algumas pessoas que equipam de rosa e conseguem dormir 16 horas seguidas numa carrinha.

Claro que existiram momentos menos bons, mas o saldo foi muito positivo. Descobrimos que o Peixoto afinal canta; que a cultura angolana do Zé dá para abanar o capacete e cantarolar; que a Rita não dorme em viagens; que a Mariana sabe dizer Champanhe em francês ("Champônhe"); que o Orlando também dá malhos quando tenta saltar nas descidas. E que eu compreendo a linguagem das mesas.

Sim, já há saudades, por estranho que pareça. E um pequeno bichinho do vício a morder e a pedir mais... Para o ano, quem sabe? A vontade é grande...

Obrigado Canguru Perneta pela organização desta viagem espectacular!!!

La Joue du Loup - Dia 5

Sim, hoje descemos mesmo a pista vermelha gigante. E foi espectacular!!! Uns com maior dificuldade do que outros, mas se há vantagem que este desporto tem é que começando a descer uma pista, o sucesso é garantido: Chegamos sempre lá abaixo. Nem que seja às cambalhotas...

Entretanto solidificámos os conhecimentos das pistas azuis e fomos subindo e descendo a montanha sem grandes problemas. Basicamente, estamos uns campeões (O Peixoto está todo rebentado e ia sendo abalroado por um parapentista).

O visual que adoptámos, o do bigode tuga, está a fazer grande sucesso nos Alpes. Só não percebi ainda porque é que a Mariana e a Rita não deixaram crescer o delas também.

Hoje o Zé e o Orlando arriscaram ainda uma descida numa pista preta. Estas são para os profissionais (Orlando) e para os doidos (Zé). No entanto, eu que não sou uma coisa nem outra fiquei cheio de vontade de tentar, no último dia, uma descida numa preta. Sou capaz de tentar mesmo, se o Orlando estiver com vontade de me aturar por lá.

Por isso se eu não voltar a escrever aqui, já sabem o que aconteceu.

Ah, os pés já estão melhores. E o telemóvel faleceu de vez.

La Joue du Loup - Dia 4

Hoje fomos os Reis desta Montanha:

Fomos até ao cimo, descemos várias pistas, ganhámos cada vez mais confiança e vencemos o medo. Quando é em equipa torna-se mais fácil - uns puxam pelos outros e acabamos sempre por conseguir. As nossas quedas de hoje já se contam pelos dedos de uma mão (hum... duas ou três mãos, talvez...) e foi de longe o melhor dia desde que cá estamos.

As pistas vermelhas, que no primeiro dia pareciam inalcançáveis, já começam a parecer possíveis, e há sérias hipóteses de amanhã tentarmos uma ou duas. Porque não?

Como prometido, aqui estão as primeiras fotos do grupo!




[Os pés estão melhores mas o telemóvel continua moribundo...]

La Joue du Loup - Dia 3

Afinal esquiar é mesmo fantástico. Uma pista azul enorme, de mais de meia hora, com o vento gelado a bater na face, o silêncio da montanha e uma paisagem paradisíaca ao fundo, hoje percebi realmente a magia deste desporto.

Tenho jeito para a coisa, mas como quero sempre mais por vezes arrisco demasiado e ganho velocidades que ainda não sei controlar. E depois espalho-me. Mas espalho-me sempre com estilo!

Numa das quedas aconteceu o drama. A garrafa de água que vinha na mochila abriu e a mochila, confirmando a sua impermeabilidade, ficou um verdadeiro lago onde boiavam, para minha tristeza, o telemóvel, a carteira e um maço de tabaco cheio.

Apesar da fabulosa sensação da descida que hoje fizemos e de sentir que já sei dominar suficientemente o ski para desfrutar do que ele tem de melhor, hoje debato-me com a dramática tarefa de tentar recuperar o meu telemóvel...

Ah, e os pés continuam a inchar. A ver vamos se amanhã continuo ou se devo fazer uma pausa para recuperação...

As fotos e os vídeos hão-de aparecer, prometo. Também prometo que se vão rir...

La Joue du Loup - Dia 2

Incansável, o Orlando não desiste de nos orientar, incentivar (e filmar as quedas) e começam a aparecer os resultados.

Sem saber muito bem como, comecei a perceber as travagens, as curvas, as descidas. De repente tudo parece mais fácil! Foi o dia inteiro nas pistas verdes (as fáceis) até dominar estas completamente.

Esta coisa começa a fazer algum sentido! Se calhar até vou achar piada, se tentar mais vezes...

Os meus singulares pés detestam estas botas, e queixam-se a toda a hora. Começam a inchar... mas para já ainda dá para continuar. Amanhã vamos às pistas azuis!!!

La Joue du Loup - Dia 1

Basicamente, caí. Uma vez, outra vez, dezenas de vezes. Dores incríveis no corpo todo.

A sensação que ficou no final do dia foi mesmo aquela do "Eu não fui feito para isto. Não tenho jeito nenhum, devia ter ficado em casa..."

E as botas, tão desconfortáveis. E andar com os skis nos pés, como é possível? Uma ou duas descidas sem cair, mas mais sorte que outra coisa...

La Joue du Loup - Dia 0 (A viagem)

A primeira carrinha era uma Ford Transit, que depois de se alugar durou uns 20 kms até acender a luz de falha no motor. Toca a trocar. Ficámos com uma Volkswagen Transporter que, a julgar pelas várias mossas, já fez muita viagem do género. Arrancámos do Porto e, ainda antes de sair do país, também esta carrinha começa a acender luzes. Água, líquido, etc, etc, e lá fomos, na esperança de conseguir chegar ao destino.

E chegámos mesmo. 19 horas depois, com várias trocas de condutor e algumas paragens para comer. Extremamente cansativo, mas não o suficiente para nos impedir de festejar a chegada com música e animação até nos faltarem as forças.

O primeiro contacto com o ski estava a chegar...

Feira do Fumeiro 2011 - Promo Oficial

Começa hoje a Snow Trip 2011. No entanto, não podia partir sem vos deixar com o vídeo de promoção da Feira do Fumeiro de Montalegre, que vai acontecer de 27 a 30 deste mês.

Todo construído (Montagem, música, participantes) por gente da terra, é um orgulho (o vídeo, tal como a própria Feira) para todos os barrosões.

Aqui fica o convite... Venha cá!

Não se faz isto a uma criança...

LYONCE VIIKTORYA?????

Merecem isto e muito mais:

Nome da Criança by vpalmeirim

Ah ganda Vasco Palmeirim!!!

The Town - A Cidade

Espicaçado por um comentador anónimo aqui do blog, tive que satisfazer a curiosidade, apressando-me a ver The Town, o mais recente filme de Ben Affleck com o próprio no papel principal.

Estou de acordo, anónimo. The Town é surpreendente a vários níveis. Na qualidade da realização, na construção das personagens, na dosagem de acção, tensão e drama. Nota alta também para o trabalho dos actores, que constituem um elenco notável, contando ainda com Pete Postlethwaite naquele que viria a ser o seu penúltimo trabalho.

Quanto a Jeremy Renner, fiquei um pouco "escaldado" com a sua nomeação do ano passado para os principais prémios pois achei a prestação dele em "The Hurt Locker" muito fraquinha... mas confesso que aqui está muito melhor, mais sólido, construindo uma personagem marcante.

Belo filme!

Classificação: 16

Uma aventura nos Alpes

A ver se nos entendemos: O meu problema com a neve está relacionado com o querer deslocar-me e não poder porque a neve e o gelo me impedem.

Agora, quando se trata de ir à neve, por causa da neve, para desfrutar da neve - aí o caso muda de figura!

Sendo assim, e depois de já ter tentado ir por duas vezes esquiar e nunca ter conseguido por uma e outra razão, parece que vai mesmo ser desta!

A aventura começa já na Sexta-Feira, 21 de Janeiro. Aí vamos nós!

As bifanas da Conga

Bifanas, no Porto? É na Conga. Fica ali ao pé da Câmara, ao cimo da rua do Rivoli, sabem? São as melhores do Porto com grandes probabilidades de serem mesmo as melhores do Mundo. E sim, já estive em Vendas Novas, que pelos vistos é a capital da bifana. E também já provei as do Astro em Campanhã, mesmo em frente à estação (atenção que também são óptimas...).

Por isso falo com conhecimento de causa, que eu não deixo os meus créditos por mãos alheias no que respeita a gastronomias...
São muitos os fiéis seguidores da Conga - à hora do almoço a fila para as duas salas de refeição vem quase sempre até à rua... mas vale bem a pena o esforço. É que para além das 4/5 bifanas que um sujeito "normal" consegue devorar em meia dúzia de dentadas, há ainda a hipótese de provar umas excelentes papas de sarrabulho, ou codornizes... ou caldo verde... enfim. E o serviço é extremamente agradável!

Se estiverem por ali, à hora do almoço (ou se jantarem cedinho), não deixem passar a oportunidade.
...
Pronto, já fiquei com fome.

Restaurante Solar da Conga
R Bonjardim 294, Porto
4000-114 PORTO

O Turista

Juntar Johnny Depp e Angelina Jolie no mesmo filme, tendo em conta que se tratam de duas das maiores e mais bem pagas estrelas de Hollywood, não se consegue todos os dias. E é exactamente por esse motivo que, quando se consegue, tem que se criar um filme extraordinário ou, no mínimo, memorável.

"O Turista" fica muito longe destes adjectivos. Não sendo mau, é aquele filme muito agradável de Sábado à tarde que encaixaria perfeitamente em actores de segunda linha. O ritmo é bom, tem alguma graça, a paisagem é óptima (Veneza e Paris são sempre garantia de cenários paradisíacos), mas o argumento é bastante previsível e demasiado linear, básico. Depp e Jolie trabalham em piloto automático o tempo todo, mostrando pouco mais do que o charme natural que ambos têm para dar e vender.

Vê-se bem. Mas havia aqui a obrigação de fazer muito, muito mais com actores deste calibre...

Classificação: 14

Positive thinking

Começar o ano com uma perspectiva optimista do futuro? E porque não? Bem precisamos...

Hans Rosling, um fabuloso cientista sueco, mostra-nos em apenas 4 minutos a evolução de 200 países em 200 anos, com uma previsão positiva para os que se avizinham. Absolutamente viciante e, apesar de não legendado, num inglês extremamente acessível. Vale mesmo a pena...e aprendemos sempre qualquer coisa!



[Como eu gostava de ser este senhor ou de pelo menos ter esta profissão...]

Cinema - O melhor e pior de 2010

Tipo telegrama, que eu hoje não estou para muita conversa.

Mantendo a tradição do final de ano, mas alterando um pouco a forma, aqui estão os três filmes de 2010 que aconselho vivamente a todos:

1) Inception
2) Precious
3) Toy Story 3

E já agora, os três que foram uma quase completa perda de tempo:

1) Um homem simples (A single man)
2) Nove (Nine)
3) In the Loop

E sim, a época de bom cinema está a chegar... finalmente!!!

Ano novo, vida nova

Literalmente. Vamos a isso!!!