Perguntam-me frequentemente em que é que consiste, afinal, o meu trabalho. Não é difícil de explicar, mas sinto sempre que quando vou a meio da explicação o meu interlocutor já perdeu o interesse e a atenção.
Também não vou explicar por escrito. O nosso trabalho tem várias vertentes, e talvez a maior e mais importante seja a da formação. Sim, em parte somos formadores. Mas não somos aqueles formadores "normais", que cumprem um horário das 9 às 5 numa entidade qualquer durante um período de tempo definido - somos máquinas de formação.
A natureza do nosso trabalho implica que estejamos preparados para todo o tipo de realidades. Não temos horários, nem local de trabalho fixo, nem um modelo predefinido de formação. A verdade é que todos os dias temos que nos adaptar à realidade que nos é imposta e isso faz de nós, sem falsas modéstias, os melhores.
Se a empresa é a melhor do mercado no ramo é legítimo dizer que tem nos seus quadros os melhores profissionais e isto verifica-se na prática. A versatilidade e a capacidade de adaptação são as nossas maiores virtudes: Trabalhamos tanto numa sala com uma pessoa que nunca mexeu num computador como num anfiteatro com 150 pessoas. Trabalhamos em Bragança, em Portimão, na Madeira, nos Açores e até fora do país. Temos que saber gerir conflitos, pessoas que choram, outras que nos acusam de erros que eles próprios cometeram, pessoas que não querem aprender. Clientes que nos pressionam para testar a nossa resistência, outros que querem que façamos o seu trabalho. Trabalhamos às duas da manhã, à hora do almoço, em casa, nos hotéis, em viagem. Fazemos quase todos os dias mais do que a nossa obrigação. E raramente nos queixamos ou pedimos algo em troca.
Mais uma vez, as falsas modéstias não são para aqui chamadas. Somos bons, somos os melhores. E toda a gente o sabe.
3 comentários:
Resumindo, não fazem ponta....:p
Agora, já sei o que digo quando me perguntarem o que fazes: "É o melhor!" :)
Agora que alguém coloca a questão desta forma! Só posso dizer, realmente, é mesmo isso!
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