Nunca percebi esta. Um tipo lê num pacote de bolachas de manteiga que os ingredientes são: Leite, manteiga, ovos, sal e açúcar. Tudo bem, faz sentido. O que não faz sentido é a seguir aparecer uma nota a dizer "CUIDADO! Pode conter vestígios de amendoim!". Amendoim??? Mas porque raio é que as bolachas de manteiga podem ter amendoim?
Eu até entendo que numa mesma fábrica se façam bolachas de manteiga e bolachas de amendoim, mas qual é a probabilidade do amendoim saltar de uma linha de produção para a outra? Essa probabilidade existe, sequer? Estarão assim tão próximas??
Outra hipótese é os tipos que trabalham em ambas as linhas serem os mesmos, o que aí já mete ao barulho questões de higiene. Então o tipo cheio de amendoins nas mãos vai-se pôr a mexer a massa dos biscoitos de manteiga? Assim, sem sequer trocar de luvas?
Será que estes tipos usam luvas????
Há dias comprei broas de noz. Naturalmente, têm noz. Mas pelos vistos, não só:
"Pode conter vestígios de outros frutos de casca rija"??? Mas tipo quê? O coco é um fruto de casca rija, a melancia também... há a possibilidade, remota que seja, de haver vestígios de melancia nos meus bolos de noz se a fábrica das broas de noz também fizer gomas de melancia?
Percebo a preocupação com os alergéneos e os problemas em tribunal que ficam salvaguardados, mas não era preferível acabar de vez com a badalhoquice nas linhas de produção?
Whiplash
Que filme, que dinâmica, que ritmo, que surpresa! Whiplash não estava nem por sombras nas previsões para os filmes do ano 2014, surgiu de mansinho e ninguém contava com ele... mas a verdade é que, como já li em qualquer lado, "só supreende quem nunca o viu".
J.K. Simmons tem finalmente um papel (e que papel!) à sua altura em cinema, e cria uma figura mítica, a de um professor tão obcecado pela perfeição, pelo trabalho duro, pela superação, que ele próprio ultrapassa os seus limites e os limites do aceitável.
Whiplash é um filme daqueles que prendem o espectador ao écrã do princípio ao fim, tanto que quando termina dá aquela vontade de começar a ver outra vez...
A maior surpresa de 2014 e um dos melhores filmes sobre música de sempre!
A válvula EGR
E portanto parece que "(...)o controlo das emissões dos gases de escape continua a ser um problema
de todos os motores de combustão, sejam eles a gasolina ou diesel. Os
fabricantes têm hoje em dia maiores preocupações ambientais e incorporam
nos automóveis diversos sistemas para reduzir essas emissões (...) está provado que a recirculação de uma parte dos gases de escape (entre
20 a 30%) na mistura admitida nos cilindros permite reduzir a pressão
média efectiva do motor e em consequência disso a temperatura máxima
dentro da câmara de combustão também reduz, pelo que, nestas
circunstâncias, a formação de óxidos de nitrogénio é mais pequena. (...) Para que a percentagem dos gases de escape reintroduzidos na admissão
seja a mais aconselhável e não ultrapasse a percentagem referida
anteriormente, utiliza-se uma válvula especial, mais conhecida por EGR
(Exhaust Gas Recirculation). A função desta válvula é controlar o fluxo
dos meios complementares directamente ligados ao sistema de gestão do
motor." *
Graficamente, a situação é a seguinte:
O que é que isto quer dizer? Que o meu carro veio equipado com esta peça maravilhosa:
E que esta peça lindíssima avariou (diz que acontece quase sempre) e portanto por causa do senhor ambiente vai meio ordenado à vida a resolver o problema da peça bonita e ecológica e dos males que a avaria dela gerou no meu carro.
O meu obrigado à válvula EGR e aos senhores que a inventaram. Estou muito feliz.
* Informação retirada do site http://www.autoblog.pt porque, evidentemente, eu percebo ZERO do assunto.
Graficamente, a situação é a seguinte:
O que é que isto quer dizer? Que o meu carro veio equipado com esta peça maravilhosa:
E que esta peça lindíssima avariou (diz que acontece quase sempre) e portanto por causa do senhor ambiente vai meio ordenado à vida a resolver o problema da peça bonita e ecológica e dos males que a avaria dela gerou no meu carro.
O meu obrigado à válvula EGR e aos senhores que a inventaram. Estou muito feliz.
* Informação retirada do site http://www.autoblog.pt porque, evidentemente, eu percebo ZERO do assunto.
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Componente Didática,
Desabafos
E de repente percebi...
... que esta constante discussão sobre quem é o melhor entre Ronaldo e Messi é uma estupidez.
Há dias ao ver o Messi jogar, de uma forma quase extraterrestre como é seu costume, apercebi-me que estava à procura de algo de errado na sua exibição, algo menos bom para poder criticar e reforçar a minha ideia de que o Ronaldo é melhor.
Isto é tão errado, que está a fazer com que eu ignore ou não aprecie devidamente o futebolista incrível que é Leo Messi só porque estou constantemente a tentar provar a mim mesmo e aos outros que o (também incrível) Cristiano Ronaldo é melhor. Para quê? Esta discussão, por ser permanente e recorrente, acaba por nos toldar a análise das qualidades de ambos.
Qualquer amante do futebol que se preze deveria ser um profundo admirador dos dois, porque ambos são futebolistas por quem os nossos filhos nos vão perguntar daqui a uns anos, e devíamos ficar orgulhosos, nessa altura, de lhes poder dizer: "Sim, filho! Eu tive o privilégio de ver durante vários anos dois dos melhores futebolistas de sempre"!
É evidente que cada um tem a sua opinião, e para mim Cristiano Ronaldo continua a ser o melhor jogador do Mundo da atualidade. Mas o Messi vem logo a seguir, mesmo logo a seguir, e é um prazer vê-lo jogar...
Há dias ao ver o Messi jogar, de uma forma quase extraterrestre como é seu costume, apercebi-me que estava à procura de algo de errado na sua exibição, algo menos bom para poder criticar e reforçar a minha ideia de que o Ronaldo é melhor.
Isto é tão errado, que está a fazer com que eu ignore ou não aprecie devidamente o futebolista incrível que é Leo Messi só porque estou constantemente a tentar provar a mim mesmo e aos outros que o (também incrível) Cristiano Ronaldo é melhor. Para quê? Esta discussão, por ser permanente e recorrente, acaba por nos toldar a análise das qualidades de ambos.
Qualquer amante do futebol que se preze deveria ser um profundo admirador dos dois, porque ambos são futebolistas por quem os nossos filhos nos vão perguntar daqui a uns anos, e devíamos ficar orgulhosos, nessa altura, de lhes poder dizer: "Sim, filho! Eu tive o privilégio de ver durante vários anos dois dos melhores futebolistas de sempre"!
É evidente que cada um tem a sua opinião, e para mim Cristiano Ronaldo continua a ser o melhor jogador do Mundo da atualidade. Mas o Messi vem logo a seguir, mesmo logo a seguir, e é um prazer vê-lo jogar...
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Desabafos,
Futeboladas
Happy
Tenho vindo a insistir neste assunto, é altura de colocar aqui no blog: Acho que o Pharrell Williams criou a música perfeita com "Happy". Sim, é controverso, mas a minha opinião tem (como sempre) uma justificação detalhada...
Já cheguei a falar aqui do crime que as rádios cometem ao passar as músicas vezes sem conta, até à exaustão. Ninguém se safa. Quem é que consegue ouvir o "Someone like you" da Adele nos tempos que correm? o "I see fire" do Ed Sheeran? O "Paradise" dos Coldplay ou o "Chandelier" da Sia? O problema não está nas músicas, que até são boas. O problema é que a quantidade de vezes que as ouvimos esgota-as no nosso ouvido e na nossa memória. Não acontece só com a rádio! Pode ser com um álbum bom que ouvimos tantas, mas tantas vezes que de repente se torna impossível - e permanece assim durante muitos anos, em alguns casos para sempre!
Pois bem, eu acho que o "Happy" do Pharrel Williams é a única música feita até hoje que não sofre desse mal. "Happy", simplesmente, não cansa! Aquela introdução é mítica; o ritmo é bom, fresco, divertido; a letra é super-positiva, o que cai sempre bem e serve para imensas situações: Casamentos, festas de aniversário, festas de escola, grupos de jovens, até lares de terceira idade! Encaixa bem em qualquer situação, diverte sempre, é acessível de cantar para todos. É provavelmente a música dos últimos anos que tem mais covers na Internet! Até o videoclip é divertido... mas para além de todos estes motivos, a grande vantagem de "Happy" é que é uma música que sabe bem, e faz bem a qualquer pessoa ouvir de vez em quando. Ora confirmem:
Nota extra - E confessem lá: Dá ou não dá vontade de fazer uma destas figuras a dançar, no meio da rua???
Já cheguei a falar aqui do crime que as rádios cometem ao passar as músicas vezes sem conta, até à exaustão. Ninguém se safa. Quem é que consegue ouvir o "Someone like you" da Adele nos tempos que correm? o "I see fire" do Ed Sheeran? O "Paradise" dos Coldplay ou o "Chandelier" da Sia? O problema não está nas músicas, que até são boas. O problema é que a quantidade de vezes que as ouvimos esgota-as no nosso ouvido e na nossa memória. Não acontece só com a rádio! Pode ser com um álbum bom que ouvimos tantas, mas tantas vezes que de repente se torna impossível - e permanece assim durante muitos anos, em alguns casos para sempre!
Pois bem, eu acho que o "Happy" do Pharrel Williams é a única música feita até hoje que não sofre desse mal. "Happy", simplesmente, não cansa! Aquela introdução é mítica; o ritmo é bom, fresco, divertido; a letra é super-positiva, o que cai sempre bem e serve para imensas situações: Casamentos, festas de aniversário, festas de escola, grupos de jovens, até lares de terceira idade! Encaixa bem em qualquer situação, diverte sempre, é acessível de cantar para todos. É provavelmente a música dos últimos anos que tem mais covers na Internet! Até o videoclip é divertido... mas para além de todos estes motivos, a grande vantagem de "Happy" é que é uma música que sabe bem, e faz bem a qualquer pessoa ouvir de vez em quando. Ora confirmem:
Nota extra - E confessem lá: Dá ou não dá vontade de fazer uma destas figuras a dançar, no meio da rua???
Corte à Tarzan
Hoje fui ao barbeiro em Vila Viçosa. Por nenhum motivo especial, apenas porque precisava de cortar o cabelo há imenso tempo e não tenho estado perto dos barbeiros do costume.
Antes informei-me, claro, onde era o barbeiro. Sugeriram cabeleireiros, daqueles de senhora, autênticos cemitérios de ordenados de tanta e tão boa gente. Não, respondi, que o que quero é mesmo barbeiro de navalha em punho, menos de dez euros, que o meu cabelo (convenhamos) não é propriamente o mais complexo de cortar. Ah, então é o Tarzan. Fica ali mesmo ao fundo daquela rua estreita, em frente à Casa do Benfica. É lá que os homens todos de Vila Viçosa cortam o cabelo.
"Tarzan". Lá fui eu ao "Tarzan" para ele me cortar o cabelo.
À chegada deu aquela sensação estranha de estar a entrar em casa de alguém: Uma sala grande, apenas com uma cadeira de barbeiro e espelho, com dois grandes sofás de três lugares e dois cadeirões. Neles se refastelavam, alentejanamente, quatro senhores. Nem TV, nem rádio, nem sequer luzes. Apenas conversa animada que só pausou para responder ao meu tímido "boa tarde". Na parede, o tradicional calendário da mulher nua, um símbolo discreto do Benfica em xisto e pouco mais.
Às tantas um deles levanta-se, acende a luz e decide finalmente identificar-se como o barbeiro, mandando-me sentar na cadeira. Tudo muito calmo, sem pressas, enquanto a conversa continuava. Olhei para o relógio - 18:08. Deixa cá ver quanto tempo demora isto.
"Aquele velhe filhe dum cabrão ainda lh'ofereci duas lambadas nes cornes! Armade em campeão, eu partia-o todo!" Era por causa de um terreno, ou de um veículo, não sei bem. O homem estava exaltado, mas só na voz. Porque o corpo indicava exatamente o contrário - se não lhe visse a cara diria que estava a dormir. Quanto aos outros, deveriam estar mesmo. Todos davam a impressão de passarem naqueles sofás a maior parte do dia.
Entretido na análise, nem me apercebi do corte terminado. Cinco euros, amigo. Que maravilha, não sabia que ainda se pagava cinco euros por um corte de cabelo no século XXI.
À saída, olhei para o relógio - 18:23. Como foi possível?? Sou sempre surpreendido por este estilo falso lento dos alentejanos. Foi o corte de cabelo mais barato, mais rápido e mais agradável dos últimos anos.
Obrigado, Tarzan!
Antes informei-me, claro, onde era o barbeiro. Sugeriram cabeleireiros, daqueles de senhora, autênticos cemitérios de ordenados de tanta e tão boa gente. Não, respondi, que o que quero é mesmo barbeiro de navalha em punho, menos de dez euros, que o meu cabelo (convenhamos) não é propriamente o mais complexo de cortar. Ah, então é o Tarzan. Fica ali mesmo ao fundo daquela rua estreita, em frente à Casa do Benfica. É lá que os homens todos de Vila Viçosa cortam o cabelo.
"Tarzan". Lá fui eu ao "Tarzan" para ele me cortar o cabelo.
À chegada deu aquela sensação estranha de estar a entrar em casa de alguém: Uma sala grande, apenas com uma cadeira de barbeiro e espelho, com dois grandes sofás de três lugares e dois cadeirões. Neles se refastelavam, alentejanamente, quatro senhores. Nem TV, nem rádio, nem sequer luzes. Apenas conversa animada que só pausou para responder ao meu tímido "boa tarde". Na parede, o tradicional calendário da mulher nua, um símbolo discreto do Benfica em xisto e pouco mais.
Às tantas um deles levanta-se, acende a luz e decide finalmente identificar-se como o barbeiro, mandando-me sentar na cadeira. Tudo muito calmo, sem pressas, enquanto a conversa continuava. Olhei para o relógio - 18:08. Deixa cá ver quanto tempo demora isto.
"Aquele velhe filhe dum cabrão ainda lh'ofereci duas lambadas nes cornes! Armade em campeão, eu partia-o todo!" Era por causa de um terreno, ou de um veículo, não sei bem. O homem estava exaltado, mas só na voz. Porque o corpo indicava exatamente o contrário - se não lhe visse a cara diria que estava a dormir. Quanto aos outros, deveriam estar mesmo. Todos davam a impressão de passarem naqueles sofás a maior parte do dia.
Entretido na análise, nem me apercebi do corte terminado. Cinco euros, amigo. Que maravilha, não sabia que ainda se pagava cinco euros por um corte de cabelo no século XXI.
À saída, olhei para o relógio - 18:23. Como foi possível?? Sou sempre surpreendido por este estilo falso lento dos alentejanos. Foi o corte de cabelo mais barato, mais rápido e mais agradável dos últimos anos.
Obrigado, Tarzan!
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Actualidade,
Curiosidades
Os bifes da Vilafranquense
Em Vila Franca de Xira há um pequeno diamante da restauração: Uma pastelaria (sim, uma pastelaria/café) que serve refeições ao almoço e que tem uma lista de bifes que é fabulosa!
Desde o molho de mostarda ao molho de cerveja, passando pelo de camarão e o de queijo da serra (!!!) ou ainda pelo de cogumelos ou o de alho fresco, descobriu-se ali a pólvora em matéria de bifes e pouca gente sabe. Desconfio mesmo que nem eles sabem o que ali têm! O preço é irrisório; com sete euros come-se um bife do tamanho do prato de barro com um dos molhos referidos acima, mais batatinhas fritas, pão para o molho, bebida e café... que mais se pode pedir?
Apetecia-me dizer aos senhores: acreditem em mim, que eu como em todo o lado, a toda a hora, e estes bifes que vocês aqui têm, bem explorados, eram uma mina de ouro! Esqueçam o resto, dediquem-se só a isto, mudem de nome, façam a publicidade certa e fiquem ricos, porque estes bifes merecem ser provados por toda a gente...
Sempre que vou a Vila Franca tenho que almoçar na Vilafranquense pelo menos uma vez. E só não vou sempre porque parece mal... e porque quem normalmente me acompanha não pode passar a vida a comer bifes porque tem dietas a respeitar!
Desde o molho de mostarda ao molho de cerveja, passando pelo de camarão e o de queijo da serra (!!!) ou ainda pelo de cogumelos ou o de alho fresco, descobriu-se ali a pólvora em matéria de bifes e pouca gente sabe. Desconfio mesmo que nem eles sabem o que ali têm! O preço é irrisório; com sete euros come-se um bife do tamanho do prato de barro com um dos molhos referidos acima, mais batatinhas fritas, pão para o molho, bebida e café... que mais se pode pedir?
Apetecia-me dizer aos senhores: acreditem em mim, que eu como em todo o lado, a toda a hora, e estes bifes que vocês aqui têm, bem explorados, eram uma mina de ouro! Esqueçam o resto, dediquem-se só a isto, mudem de nome, façam a publicidade certa e fiquem ricos, porque estes bifes merecem ser provados por toda a gente...
Sempre que vou a Vila Franca tenho que almoçar na Vilafranquense pelo menos uma vez. E só não vou sempre porque parece mal... e porque quem normalmente me acompanha não pode passar a vida a comer bifes porque tem dietas a respeitar!
Café Vilafranquense
Rua Serpa Pinto, 125
2600-263 Vila Franca de Xira
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