... e logo 3 nomeados para o Oscar de Melhor Filme! Tentando ser breve:
The Help (As Serviçais)
A história de uma jovem aspirante a escritora (Emma Stone) que, irreverente e arrojada, decide escrever um livro recolhendo os testemunhos das serviçais na América dos anos 60, em pleno movimento pelos direitos civis. Uma das críticas mais comuns a The Help é que se torna demasiadamente estereotipado o que, não sendo mentira, neste caso é justificável. Viola Davis afirma-se como uma actriz de qualidade superior, e Octavia Spencer é a grande surpresa e uma das favoritas ao Oscar de Melhor Actriz Secundária. Um filme historicamente interessante, bastante emocional, que vale sempre a pena ver (ou rever).
Moneyball
Um pequeno clube de Basebol. Um dirigente empreendedor. Uma contratação visionária. Um conceito invoador. A história verídica de Billy Beane que, à frente dos destinos de uma equipa de Oakland, decide contratar um jovem formado em Economia que defende a teoria da análise estatística aplicada ao desporto. Um conceito que pessoalmente me agrada bastante, que revela que a estatística pode ser sempre útil nos mais variados campos da sociedade. Brad Pitt e Jonah Hill são o dueto mais improvável do ano e são surpreendentes!
O filme vale muito a pena principalmente para quem, como eu, é fã de estatística e desporto. Mas não só - Moneyball é a fé, a coragem, o risco, a crença, a lealdade e a provação. É a prova de que os sonhos se podem tornar realidade se tivermos a coragem de acreditar e lutar por eles com tudo o que temos. Moneyball é uma lição de vida e um dos grandes filmes do ano.
The Descendants
"Parece natural a minha filha viver numa ilha diferente. Uma família parece um arquipélago: todos fazem parte do mesmo todo, mas ainda assim são ilhas separadas e sozinhas, afastando-se lentamente umas das outras."
O que se passa em The Descendants é muito simples: O realizador Alexander Payne pegou no melhor que tinha feito em cada um dos seus filmes anteriores, misturou tudo muito bem e o resultado é um drama convincente, sedutor, divertido, pungente...
Brilhante. The Descendants é brilhante porque é minucioso, é feito com uma atenção incrível ao pormenor, ao ritmo, aos momentos-chave. Do sorriso à lágrima é um pequeno passo para um espectador que se vai deliciando com um absolutamente convincente George Clooney que luta para reorganizar a vida com as filhas após um brutal acidente de barco sofrido pela sua mulher.
Há uma noção tão clara de realismo (Quem viu Sideways percebe que é imagem de marca de Payne) que desarma até os piores críticos. Afinal o Havai não é apenas um destino turístico - "Como é possível acharem que [por viver no Havai] as nossas famílias erram menos, temos cancros menos fatais ou enxaquecas menos dolorosas?". Repito - para mim, The Descendants é brilhante. Cinema à séria.
7 comentários:
Fui ver os descendentes a semana passada. De facto, muito bom mesmo:) e a minha ida anterior ao cinema foi para ver o meia noite em Paris. Adorei! Fico é com a sensação que o próximo filme que for ver ao cinema só pode ser uma decepção, depois destes dois....
Beijinho de boa viagem.
(é nestas pequenas coisas que se percebe o grave estado do país e como é inevitável que o mundo acabe este ano.... Quando eu escrevo um post em que não ponho nada a gozar contigo ou com o teu poder paternal, maternal e irmanal....)
Não te esqueças de escrever qualquer coisa quando fores ver o J. Edgar. Não vi, mas estou curiosa e gostava de saber a tua opinião...
(13@ - como, se não conseguirmos ir ao cinema antes, certamente iremos pelo menos ver o "The Dark Knight Rises", tenho a certeza que não te vais decepcionar...)
Já a Margarida ta cheia de piada, a achar que eu vou ver o dark knight....
Tens bom remédio, 13@. Vai ver "O Artista". Ainda não vi, mas é quase uma certeza...
Beijinho.
Tava a pensar mais nos marretas....
Como é possível haver gostos tão diferentes... por isso tudo se vende... O último filme que vi foi mesmo "Os descendentes"... gostei da história, do enredo, dos actores, e mais qualquer coisita… mas detestei o movimento, o curso, a falta de acção, enfim... um filme com uma história profunda como esta podia, ou melhor devia ter-me deixado "derretida" de emoções fortes, devia ter-me feito viver o drama profundamente, devia ter-me deixado quase de lágrima no canto do olho, etc... Por mim, ficou bastante aquém das minhas expectativas... a “mistura” não foi bem conseguida!
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