Nova visita ao cinema, desta feita para ver o mais recente capricho de Roman Polanski: A adaptação da peça "O Deus da Carnificina" ao cinema. A premissa é desde logo um desafio, pois toda a peça se passa na mesma casa e com apenas quatro actores. A história, essa,conta-se em duas linhas: No seguimento de um caso de "Bullying" na escola, em que um miúdo agride o colega, os pais do agressor dirigem-se a casa dos pais da vítima para um pedido de desculpas formal de forma a evitar a intervenção da justiça. Tudo se complica quando o casal lesado pretende um pedido de desculpas mais "sentido" que o outro casal não está, de todo, decidido a apresentar.
Com Kate Winslet, Christoph Waltz, Jodie Foster e John C. Reilly quase tudo resulta, nem que se trate de um filme inteiro com os quatro fechados numa despensa. Não é o caso mas anda lá perto - a sensação de claustrofobia estende-se deliberadamente dos protagonistas para os espectadores, o que pode ser encarado como um mérito do realizador. O outro grande mérito é dos actores que, com mestria, vão "desembrulhando" as suas personagens até mostrar um lado da personalidade que nada tem a ver com o que conhecemos no início.
Sem ser brilhante, Carnage é um exercício estimulante e divertido. Mas fica a ideia de que o é bem mais para os intervenientes do que para o público em geral...
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