A cultura geral de um indivíduo está obviamente relacionada com a memória. Eu que o diga. Tenho todas as condições, com o que já aprendi até hoje na escola da vida (que lindo) para ser um tipo com uma cultura geral muito acima da média. Infelizmente, a minha memória é inexplicavelmente curta. Ninguém imagina o drama que isto é, e a tendência é para piorar com a idade...
Tenho vindo a descobrir que a minha memória de longo prazo funciona quase exclusivamente com letras de músicas e cinema. O que é muito, muito escasso. Nem dos acordes de uma música me lembro se estiver uma semana sem a tocar. Tive 6 anos de aulas de piano e não sei tocar os parabéns! Do que aprendi na universidade, então, nem se fala...
Também deve ter a ver com isso o facto de eu ter sido sempre melhor em disciplinas de raciocínio e de cálculos, como a Matemática ou a Estatística, e péssimo a História, por exemplo, apesar dos esforços desmedidos da pobre tia Isabel que nas explicações me tentava meter na cabeça os Reis, as Batalhas ou o Império Austro-Húngaro. Bastavam 3 dias para esquecer tudo outra vez.
Há vantagens, sem dúvida – não tenho tendência a sofrer muito com relacionamentos terminados nem costumo guardar ressentimentos, pois em menos de nada esqueço-me de quase tudo e a intensidade das recordações é, por isso mesmo, muito fraca.
Hoje noto que o facto de termos sempre à mão a Internet (google, wikipédia, dicionários) e telemóveis (agendas, listas telefónicas) agrava a situação. Basicamente não há quase nada de que eu precise mesmo de lembrar, pois está tudo à distância de um clique ou dois. E isto é que me assusta realmente...
O que fazer para exercitar a memória, e em que medida é que isso é possível? Gostava mesmo de tentar, pelo menos...
16 comentários:
q raio de imagem é esta Jon?
Não falem mal da imagem...eu ajudei a escolher...;)
Acho que tens toda a razão companheiro.
Abraços
Post-its...memória... não? Achei que o assunto estava demasiado sério, a foto foi para desanuviar. Para além disso achei que ficava bem no único artigo que fala da tua mãe! AHAHAHAHAHAH...
Ora bem, o que fazer para exercitar a memória... Eu faço coisas simples, como por exemplo digitar no telemóvel os números que sei de cor, em vez de ir à lista procurar o nome... Confesso, no entanto, que também sofro um bocado desse problema de memória de longo prazo! E é, de facto, com a música que consigo regressar ao passado a maior parte das vezes! E com os cheiros também! Através do meu olfacto apurado consigo transportar-me dos bancos frios do meu Fiat Uno até aos tempos de cachopo (gosto muito desta palavra) em que iamos com o Sr. Gaspar de renault 18 castanho para a praia da Caparica!... Por fim, no que diz respeito a História e Cultura, só te tenho a dizer isto: O meu livro de cabeceira é o "CULTURA, TUDO O QUE PRECISA SABER", de Dietrich Schwanitz. Toda a história do mundo resumida em 400 páginas... Basta ler uma página ou duas que já se pode dar ares de quem percebe de filosofia clássica ou de história da música contemporânea, mesmo não sabendo de que se trata... Bem fixe! ;)
Caro Guntchalinho, o livro é uma boa sugestão mas tem um "piqueno" problema: o Varandas lê uma página ou duas, e depois tem que ir a correr dar-se os tais ares de quem tem uma cultura apreciável - mas tem que ser mesmo a correr, para não se esquecer de tudo entretanto!!
Eu cá acho que o querido Varandas devia deixar de se preocupar com estas questões da falta de memória (afinal, hoje em dia há tantos auxiliares de memória, como ele próprio refere) e apreciar as coisas boas da vida, como a menina da foto. Aliás, neste caso a falta de memória até pode ser uma vantagem - se a nenina for uma chata ou uma inepta, ele nem precisa de fazer um esforço para esquecer que ela existe, quem é, etc...
E notem que esta é a (douta) opinião de uma pessoa com excelente memória (modéstia à parte), que por vezes gostaria de ter o dom de esquecer num ápice!
Guntchalinho, a tua memória atraiçoou-te; duplicaste o Renault castanho - era um Renault 9, não 18!
E a propósito, qual era o cheiro de então?
Primeiro... esta foto... sem comentários.
Segundo, n sei pq é q tanto tu como o guntchalinho falam de memória a longo prazo, qd todos sabemos perfeitamente q vcs em 5 minutos conseguem esquecer muita coisa. Até q uma irmã vos pediu para n se esquecerem de a ir buscar qd acabassem um jogo de futebol, por exemplo. Como estes tenho muitos mais...
Terceiro, tudo o q descreveste eu vejo muito em mim. Tb sou péssima pa me lembrar do q aprendo. Se tiver mt atenta consigo saber durante uns dias, mas acaba por me passar. Tb por isso sempre fui péssima a história e bem melhor a matemáticas e raciocínios.
Parece q é capaz de ser de família.
E é uma pena pq eu aqui em Londres já podia ter aprendido bem mais se tivesse boa memória. Mas enfim...
De qq maneira, para exercitar... hmm... N tou a ver. lol
Beijos*
Queres falar sobre esta foto? Ok...:)
Sou mais uma das que tem esse tipo de problemas de memória em relação ao que aprendemos em disciplinas como a história! Sempre gostei mais do raciocínio!
Mas a memória de vida e de experiências de vida, infeliz ou felizmente, está cá quase toda, uma grande parte vá!
Ali o guntchalinho com as dicas dele, pimba já mandou uma ao lado :P
A memória é um tema que tem muito que se lhe diga, bastante complexo!
Como praticar a memória...era uma resposta que também gostava de ter :P
Antigamente escreviamos no caderno da escola primária frases repetidas (ou seja o que for) em duas ou mais páginas inteirinhas sem deixar nenhum espaço em branco do que tinhamos que aprender e do que não nos podiamos esquecer ;)
Mas sabes que mais? Só fica na memória aquilo que realmente nos interessa! Ahahah!
Mais nada, Ana! É mesmo! ;)
Sim,também já tive esse "CULTURA, TUDO O QUE PRECISA SABER" na minha mesa-de-cabeceira e realmente é interessante, mas tal como refere muito bem a Tinês, adormeço e no dia a seguir...zero. A ideia de escrever repetidamente era capaz de ser gira, ana... e a verdade é que funciona, pelo menos por uns tempos - na faculdade andava sempre a jogar às capitais com o meu colega de casa (cada um tinha as folhas para ir estudando) e cheguei a sabê-las TODAS, de todos os países... agora, passaram uns anos e já só sei as básicas outra vez.
Mas é como vocês dizem: Por vezes lembrar não é a melhor das ideias, e a verdade é que só fica na memória o que realmente interessa...
Apenas numa tentativa de salvaguardar a memória do guntchalinho que, por mais que pareça, não é burro nenhum, ó Tinês, olha que eu não tou a falar do Renault 19 cinza metalizado - que foi, por sinal, o último carro do Sr. Gaspar - mas antes do castanho com estofos de couro beige que, mais tarde, passou para o Tio Pedro! É que, se não me engano, era mesmo Renault 18... PIMBAAAA!!! 1-0 pro guntchalinho!! Eh eh eh... Ah, e o cheiro era basicamente o cheiro a carro antigo... é tipo "o" cheiro de "carro de avô", não tem uma definição... Acho que sabem do que estou a falar...
It's a good thing you have this blog so you can remember what you forgot to remember! :o)
Guntchalinho, afinal é 0-0! Confirmei com o Tio Pedro e era um Renault 12!! Triste memória a minha...(nunca gostei de números pares)!
Quanto ao cheiro, gostei da tua descrição e posso tentar imaginar, apesar de nunca ter tido um avô com carro (aliás, nunca "tive" um avô). Mas lembro-me bem das famosas idas à praia, no início do Verão, quando eu estudava para os exames. Às vezes íamos só os dois, em absoluto silênciao, e só trocávamos algumas palavras já depois de lido o jornal e dado o passeio pela praia. Bons tempos esses, em que eu tinha silêncio de manhã... Que saudades!
Jon, o teu post é interessante, mas a imagem é brutal! :)
A tua analogia da imagem com a "memória" é top! =)
Luís e a sua cultura automobilística é do melhor! :p
Pois meu filho já somos dois...
Bem pelo menos nao te esqueças que exintem pessoas que gostam de ti e são teus AMIGOS ok?
Abraçao
Ah a imagem meu deus nao me vou esquecer nunca ih
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