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Realizado de câmara ao ombro e "patrocinado" por Peter Jackson (sendo este o outro motivo que despertou a minha curiosidade), District 9 chega a surpreender pelo realismo e pela consistência, factores que costumam ficar longe de obras do género. Embora parta de um pressuposto díficil de engolir (ou não fosse ficção científica) - uma nave que vem parar à África do Sul com alienígenas que são semi-integrados na sociedade - o argumento evolui de uma forma lógica, é interessante e prende mesmo o espectador. Sim, é verdade que isto faz lembrar um bocado a série americana True Blood em que os vampiros são aceites e convivem com os humanos...
Ao princípio parece uma escolha má, mas é sólido e mesmo não sendo um género de filme que me agrade reconheço que está uns furos acima da mediania que costuma caracterizar esta área...
Classificação: 15
2 comentários:
Aqui está um dos filmes que aqui tenho para ver mas com receio de apanhar a dita banhada...
Acho que desta me convenceste!
Abraço
Sempre disse que não sabes interpretar o género "sci-fi". :P Além de ser um filme independente, a escolha de Joanesburgo não é aleatória, tal como não o é o sectarismo associado ao desprezo por "algo diferente". As escolhas basearam-se naquilo que foi o apartaide e o que o antecedeu. Simples.
É como costumo dizer, se fizessem certos filmes em contexto "soap opera" não seriam tão "conceituados", apreciados como o são. Não importa a estória, mas sim a forma como a contas. ;)
District 9 é um excelente exemplo de que podemos ter ficção e realidade a coabitar no mesmo conto. Imagina "The Reader" contado num universo paralelo, em que os nazis eram uma raça alienigena qualquer e a Kate Winslet seria um "bicho" verde qualquer, seria a mesma coisa?
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