O esconderijo de Paulo era perfeito. Era impossível alguém o ver e dali conseguia ver perfeitamente a porta do elevador e as portas de ambas as casas. Foi dali que viu sair não o alemão, mas duas pessoas: um indivíduo alto e forte, todo vestido de preto, e uma jovem absolutamente linda, apenas vestida de lingerie e com um roupão transparente. Paulo estava confuso com este cenário e ainda mais ficou quando ambos se dirigiram ao apartamento em frente ao dele.
No sétimo direito morava o Roberto, um tipo solteirão e bon-vivant, simpático no elevador e sempre bem acompanhado por raparigas bonitas. Paulo lembrava-se de pensar várias vezes que gostava de ter a vida de Roberto.
O estranho casal forçou facilmente a entrada no apartamento de Roberto. Entraram rapidamente, um após o outro, e deixaram a porta escancarada. Confuso, Paulo pensou que nada daquilo tinha a ver consigo, que seria algum fetiche ou uma festa privada em casa do vizinho. Mas... e se não fosse esse o caso? E se o casal tivesse sido enviado pelo alemão e se tivesse enganado no apartamento? A curiosidade impediu Paulo de voltar para trás e, ao invés, empurrou-o para a porta de casa do vizinho.
Avançando apenas dois passos em casa de Roberto, Paulo ficou mais uma vez numa posição privilegiada. Via o quadro todo: A mulher, na sala, em pose sensual e o acompanhante escondido atrás da porta. Conseguiu ver também perfeitamente a entrada de Roberto na sala, embriagado com o sono e surpreso por encontrar aquela beldade. A surpresa rapidamente deu lugar à excitação, pois a jovem começou a provocar Roberto de tal maneira que este pareceu nem se importar com a estranheza de toda a situação, evidenciando uma imponente erecção em resposta às provocações da jovem. Esta murmurava repetidamente algo que Roberto não conseguia ouvir. Quando Roberto se conseguiu encostar à sua face percebeu finalmente o que ela dizia: "Adição... adição... adição".
É neste momento que o acompanhante surge na sala e, com um rápido golpe de faca, corta pela base o pénis erecto de Roberto. O grito de dor do vizinho foi como um despertador para Paulo. Combatendo a tentação de gritar, correu para o seu apartamento ouvindo ainda atrás de si a voz da jovem, agora a gritar com uma voz estridente: "Subtracção!!!"
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