Não há InterRail ... Mas há férias na mesma!!!


O InterRail que mencionei no início do blog e que tantas opiniões motivou acabou mesmo por ficar adiado. Adiado, repito, não cancelado. Cheguei à conclusão que há mais hipóteses de ter uma boa companhia no ano 2009 e prefiro aguardar mais uns meses...

Entretanto, aproveito a semana de férias que começa agora (e que se mantém porque é bem merecida) para passar uns dias na capital junto da família e a ajudar a preparar a quadra natalícia que está aí à porta. Também me parece bem.

Portanto, a partir de hoje e até dia 9 de Dezembro... FÉRIAS!!! Mas continuo por aqui, claro...

Blindness


Ensaio sobre a cegueira foi talvez o livro que mais marcou a minha juventude. Motivo mais que suficiente para eu estar com muito receio do novo filme de Fernando Meirelles baseado no livro de Saramago. Penso que é normal, quando se gosta muito de um livro e este é adaptado ao cinema, ter medo de ver na tela as cenas de uma forma completamente diferente daquela que se imaginou com a leitura.
Para além disso, as várias críticas negativas que li e ouvi tinham contribuindo bastante para o meu cepticismo em relação ao filme, mesmo sabendo que seria da autoria de Fernando Meirelles, excepcional realizador de Cidade de Deus.

Mais do que qualquer outro argumento, neste há necessariamente uma diferença grande entre a leitura e a visualização. Enquanto que no livro somos mais um dos “cegos” a imaginar situações relatadas, aqui o realizador convida-nos (como não podia deixar de ser) a ver o que a mulher do médico vê. E aí, o filme ganha uma dimensão diferente da do livro. E Meirelles é fabuloso nesse aspecto, ao conduzir o espectador por todo aquele ambiente primário, nojento mesmo, quase conseguimos sentir o cheiro a suor, sangue, bolor, podridão... tal como no livro. Importantes também os momentos de “brancas”, de escuridão total, de imagens desfocadas, como que a lembrar-nos de como somos afortunados por poder ver o que estamos a ver.

Constatei que muitas das situações que tinha imaginado são semelhantes às do imaginário do realizador (agradável surpresa!) e fiquei realmente impressionado pelo realismo e pela força das imagens. Cheguei mesmo a sentir-me cansado e enjoado, algo que já havia sentido no livro e que nunca pensei que fosse transportado para cinema com sucesso. Julianne Moore, uma das maiores da sua geração, é a escolha perfeita para esta personagem, a imagem viva do sofrimento, da dor de ver o que não devia (e provavelmente, a partir de certo ponto, já nem queria) ver e do peso que carrega sem nunca o ter desejado. Concordo com as críticas de que algumas cenas ficam um pouco em suspenso e são mal exploradas, o filme falha um pouco por aí, mas também acredito que isto se deve à tentativa de não o tornar demasiado longo. Esforço desnecessário, pois os 120 minutos de “Blindness” passam sem se dar por eles.

Há quem diga que o filme é melhor que o livro. Claro exagero, pois o filme, apesar de possuir o essencial, acaba por passar um pouco ao lado da intensidade e da profundidade da obra de Saramago. No entanto, sem ser perfeito, é um excelente filme e uma agradável surpresa.
Classificação: 17 valores

Pequenas grandes diferenças

Há alguns anos recebi um mail com uma história muito interessante e que nunca mais esqueci. Uma história que demonstra claramente a diferença entre um país desenvolvido e ... o nosso.
Apresentado na primeira pessoa como verídico, é o caso de um português que foi trabalhar para uma grande empresa na Suécia, uma daquelas empresas com um parque de estacionamento de perder de vista dado o número elevado de funcionários. O português ia todos os dias de manhã com um colega sueco que, amavelmente, lhe dava boleia para o trabalho. Eles deviam entrar todos os dias às nove horas, mas iam sempre cedo e chegavam por volta das oito e meia. E todos os dias o sueco estacionava o carro à entrada do parque, tendo eles que caminhar uns dez minutos até à entrada do edifício. O português não entendia este procedimento, já que às oito e meia o parque estava sempre vazio... Quando ganhou confiança com o colega, passados uns dias, lá lhe perguntou porque é que, chegando tão cedo e com o parque vazio, o sueco não estacionava à porta da empresa.
A prova de que os portugueses têm uma mentalidade que não nos permite dar um passo em frente que seja, é que até hoje ninguém me soube dar a resposta correcta, e já perguntei a tanta gente...!

E não, a resposta não é “para não apanhar trânsito na saída ao final da tarde”...

O sueco respondeu que a resposta estava na pergunta – já que chegam cedo têm tempo para percorrer aquele caminho a pé, enquanto que os que se atrasam vão precisar de estacionar à porta para não se atrasarem ainda mais...

Agora digam-me com sinceridade: Isto cabe na cabeça do português???

Na margem do Thames

Para terminar o meu relato da visita a Londres, deixo-vos um momento muito especial numa tarde de Outono na margem do Thames River (Rio Tamisa, para os anti-inglesismos)...

A Invenção


O cartaz anuncia: Finalmente, um secador de mãos que funciona devidamente. Nada mais acertado. Em Londres (claro) deparei-me com a verdadeira invenção. Vale bem a pena os 20 pennys que temos que pagar para ir a este WC na estação de comboios de Liverpool Street... E era tão fácil de inventar! Porque é que nunca ninguém se lembrou disto antes???

Descobertas

Confesso, sou um tipo bastante distraído. Não há nada a fazer, é uma coisa que nasce com a gente...Mas é sempre bom ter por perto pessoas que são ainda mais distraídas do que eu – E a minha irmã bate todos os recordes nesse aspecto!

Descobertas feitas por nós em apenas dois dias, na suite de 10mx5m onde ela tem estado enfiada nos últimos 2 meses(!):

a) Um interruptor da luz principal do quarto, indecentemente escondido atrás do... fio do interruptor do candeeiro:



b) No final do primeiro dia, o desabafo: “Bolas, esqueci-me outra vez de comprar um piaçaba”. E a minha resposta: “Qual é o problema deste que tens aqui?” – “TENHO???”




c) Na única tampa da única panela que ela utiliza, afinal havia furos para saída do vapor e bem convenientes para escorrer a água da massa...


E foram só dois dias... Imagino se fosse lá passar uma semana de férias!!! És mesmo um show, mana...

Wicked

Desta vez tinha mesmo que ir ao teatro. Ir a Londres e não ir ao teatro é como ir às Caldas e não comprar um... bem, vocês sabem. A oferta era imensa: O Fantasma da Ópera, Billy Elliot, Mamma Mia, Hairspray, Rei Leão, etc, etc... Estava mesmo complicado escolher apenas um. Dado que já tínhamos visto no cinema os que referi, decidimos optar por um que não conhecíamos mesmo e que tem sido nos últimos meses o espectáculo mais visto na cidade: Wicked, a história nunca antes contada dos feiticeiros de Oz antes da chegada da bela Dorothy dos sapatinhos vermelhos. Relata a caricata e difícil amizade entre Elphaba, “the wicked witch of the west” e de Glinda, “the good witch of the north” num argumento que inclui várias referências ao nosso bem conhecido Feiticeiro de Oz.
Apesar da fama de que gozam os musicais da broadway e da qualidade sobejamente reconhecida das companhias de teatro de Londres, um bilhete de cerca de 30 euros para um espectáculo de duas horas e meia faz desconfiar qualquer um. Mas a verdade é que valeu mesmo a pena. Tudo. O teatro é imenso e espectacular, o som é óptimo e o argumento da peça é extremamente original e divertido, sendo o talento (tanto, tanto talento...!) dos actores/cantores a cereja no topo do bolo. Ficamos mesmo enfeitiçados e as duas horas e meia passam como se fossem 15, 20 minutos.
Não sou um especialista de teatro, confesso aliás que se contam pelos dedos de uma mão as vezes que lá fui, mas saí do Apollo Theatre com a sensação de que tínhamos acabado de presenciar algo de muito, muito especial...

A Masmorra do Terror




Quem vai a Londres apercebe-se rapidamente das atracções mais badaladas para os turistas: London Dungeon, Madame Tussaud e London Eye. Existem até bilhetes especiais para duas ou mesmo para as três atracções. Como só tínhamos tempo para uma, e porque somos adeptos do terror, lá ganhámos coragem e fomos mesmo à primeira.
Trata-se basicamente de uma visita a um museu do terror, mais do que uma casa assombrada. Aliás, a ideia inicial em 1976 era mesmo essa. No entanto, o que se torna realmente divertido e assustador é a interacção com os actores, mortos-vivos que ao mesmo tempo que apresentam as várias partes da expedição nos vão empurrando para corredores escuros e assustadores.
Perdemo-nos no labirinto dos espelhos, conhecemos Jack, o estripador, presenciámos a Grande Praga de 1665 e visitámos a Londres de 1666 totalmente em chamas, tendo ainda direito a ser barbeados por Sweeney Todd e a ser enforcados por crimes à humanidade no final da viagem. Tudo isto com um ambiente de permanente suspense e medo, mas sempre polvilhado com um humor negro muito peculiar dos actores e das próprias atracções. Foi pena o problema técnico que nos impediu de fazer a viagem de barco para o Inferno.
A minha irmã foi finalmente julgada e condenada à morte por executar danças típicas de bruxas, em público, totalmente nua. Algo que pecou por tardio, claramente. Há anos que ela insiste neste tipo de actividade...
No geral, fica a sensação de visita de escola, pois por entre o medo e os sustos as pessoas estão com os sentidos permanentemente em alerta e acabam por apreender toda a parte histórica da atracção que é, em última análise, o objectivo fundamental. Fica também a ideia de que se o grupo fosse de 5 ou 10 pessoas em vez de umas 30 teríamos muito, muito mais medo...

London

Nunca tinha ido a Londres. Apesar da vontade de conhecer a cidade, não tinha um motivo forte que me levasse a decidir visitá-la. Agora, com a minha irmã por lá, foi o segundo fim-de-semana (em dois meses) que lá passei. Pode-se pensar que é pouco, mas com a viagem de ida na sexta e o regresso na segunda sobram dois dias inteirinhos para aproveitar ao máximo...
Sair do emprego, 10m de carro para casa, 10m a pé para o metro, 30m de metro para o aeroporto, 2h de avião para Stansted, 45m de comboio para Londres, 1h30m de autocarro e mais 20m a pé para casa da minha irmã. No mínimo, cansativo... Mas Sábado de manhã lá estávamos prontos para correr a cidade toda, que a vida são dois dias (e o fim-de-semana também) e não há tempo para dormir.
A rede de autocarros e de metro é extremamente completa e acessível, o que facilita a vida a qualquer turista. Aproveitei para visitar os (poucos) locais de interesse que me tinham faltado da primeira vez, como a St. Paul’s Cathedral, o Tate Modern e o Natural History Museum. Fomos também conhecer a Hamleys, loja de brinquedos de 6 andares que faz o Toys r’ Us parecer a mercearia do Sr. José e que envia de volta à infância qualquer adulto que passe aquelas portas. Regressei a Covent Garden (e como eu adoro Covent Garden...!) mas desta vez não estava lá a Helena Bonham Carter. Aliás, não estava lá quase ninguém porque ao Domingo a partir das sete da tarde (!!) já Londres é uma cidade adormecida...

Fomos ainda ao teatro (claro...) e a uma das maiores atracções da cidade, mas sobre isso falarei a seu tempo, nos próximos dias – Especialmente para aqueles que se queixaram dos 3 dias em que não dei notícias (e que me deixaram bem surpreendido pelo sucesso que este blog ainda recém-nascido está a ter), o ‘castigo’ será aturar as minhas histórias londrinas a semana toda...
Por fim, a pior parte da viagem –por questões de logística e de calendário, lá tive que apanhar o voo das 06:35 de regresso ao Porto e portanto dormir no aeroporto da meia-noite até essa hora... Entre as cadeiras do aeroporto e os assentos do avião, lá fui dormindo umas 4 horas, as suficientes para garantir hoje os serviços mínimos no emprego...

Último Metro

Hoje há concerto do Palma. Pelas 22h, no Campo Pequeno, o espectáculo intitula-se “Último Metro” e vai ter a participação de vários amigos do autor, destacando-se de entre os quais João Gil e Tim. Será um concerto um pouco diferente, com cerca de 200.000 watts, quatro ecrãs gigantes e um sistema especial que conduz o som uniformemente pela sala.
O espectáculo marca também a despedida da digressão de Voo Nocturno, o último álbum do artista e que se veio a revelar um verdadeiro sucesso, muito por “culpa” do mega-sucesso Encosta-te a mim, que foi aproveitado (até à exaustão, digo eu) para genérico de novelas e publicidades de bancos.
Com viagem marcada (há meses) para Londres esta noite e com grande pena minha, não vou poder ir. Sou fã incondicional de Jorge Palma há vários anos e já o vi muitas vezes ao vivo. Mas neste caso concreto, porque sinto que vai ser mesmo especial e único, gostava de poder lá estar...

Para Ti

Porque não há nada melhor do que ter ao nosso lado quem nos compreenda e nos dê aquele apoio fundamental nos momentos certos, porque há pessoas mágicas que com pequenos grandes gestos conseguem transformar um dia horrível em algo de verdadeiramente memorável, hoje escrevo só para ti...

Muito Obrigado...!

Em suspenso...

Lembram-se da série de animação Oliver e Benji, com o famoso Tsubasa? Aquela do futebol, com miúdos japoneses que eram super-craques? Ou, mais recentemente, do Songoku?
Claro que toda a gente se lembra....

E sabem aqueles momentos que por vezes duravam episódios inteiros em que tudo parava e só havia mudanças nos planos da imagem enquanto a personagem pensava alto?

Após a última notícia que recebi, há dois dias, entrei num estado que se assemelha muito a essas cenas típicas da animação japonesa. Está tudo parado à minha volta e eu, como nem sei bem o que hei-de fazer neste momento, estou assim... Em suspenso...

Paixão pelo Futebol




À partida, um Sporting-Porto ou Porto-Sporting é sempre um jogo chato. Aliás, é o pior jogo a que posso assistir, pois um jogo que eu queira mesmo ver tem que ter o Benfica como interveniente. Os restantes jogos de Sporting e Porto também têm algum interesse porque posso sempre torcer pelo adversário, do qual sou adepto... desde pequenino. A coisa complica-se realmente quando estas duas equipas se defrontam, pois nunca fui capaz de torcer por nenhuma.
Ontem tudo foi diferente, pois o árbitro principal, ou melhor, a estrela principal era o famoso Bruno Paixão. Com ele, um jogo de futebol ganha contornos de circo, com malabarismos incríveis, trapezistas, mulheres com bigode e domadores de leões! Treze (!) cartões amarelos, três (!!!) vermelhos, 3 ou 4 penalties por assinalar e um jogo impróprio para cardíacos, com prolongamento e penalties! Alguma vez um jogo destes seria assim tão interessante sem a intervenção de Paixão? Gente desta é que faz falta ao futebol! Em nome dos adeptos do futebol, muito obrigado Paixão!!!

Saber Falar


Habituei-me a gostar de o ouvir nas Noites Da Má-Língua da SIC. Comunicador por excelência, Rui Zink (autor e professor universitário) é daquelas pessoas que falam com um à-vontade que nos mantém atentos, mesmo que o assunto em questão não nos interesse à partida. O mais interessante é que, apesar da cultura geral que o escritor obviamente possui, não escolhe o caminho das expressões e palavras caras. Utiliza sempre aquele discurso informal, de conversa de café, sem pudores ou falsas modéstias. E há permanentemente aquela sensação de que a qualquer momento pode sair uma “bomba” inesperada. Assim foi ontem, no programa Nuno e Nando da Antena 3, em que Rui Zink discorreu sobre vários temas, confessando pelo meio que já deu várias aulas ressacado e quase sem dormir, que já se “prostituiu” várias vezes aos canais de comunicação por motivos de força maior (audiências, vendas, projecção) e assumindo também que não é adepto do estilo de escrita pouco arrojado de Miguel Sousa Tavares.
Uma hora de conversa saudável e bem-disposta com o objectivo principal de promover o seu novo romance, “O Destino Turístico”. Comigo funcionou, pois não tendo nunca lido nenhum livro dele, fiquei mesmo com vontade. Pode ser que o Pai Natal esteja pelos ajustes...

O Marteleiro de Paço de Sousa

Mais palavras para quê??? :) :) :)

Heroes

Heroes é uma série especial. Mesmo aos que não são fãs de histórias de super-heróis e de ficção em geral, aconselho que vejam o episódio piloto e acredito que vão mesmo mudar de ideias.
Não, não se trata de relatar factos heróicos de um qualquer Super-Homem, e também não se assiste a grandes batalhas entre bons e maus. O argumento torna-se realmente interessante quando aborda o lado humano de uma pessoa que tem um poder especial, sobrenatural. As questões que cada um coloca a si próprio, a dúvida entre tornar público este facto, a análise das vantagens e desvantagens que essa atitude poderia trazer. Como diz a personagem principal de Blindness, o filme de Fernando Meirelles baseado no Ensaio Sobre a Cegueira de Saramago, “The only thing more terrifying than blindness is being the only one who can see”...
É que a qualidade da série nem sequer se baseia na qualidade dos actores – Jack Coleman (Noah), Sendhil Ramamurthy (Mohinder) ou mesmo Milo Ventimiglia (Peter Petrelli), por exemplo, são bastante fraquinhos para uma série com esta projecção. São, aliás, muito poucos os casos de bons actores, salvando-se talvez Masi Oka no divertido papel de Hiro, Hayden Panettiere (Claire) e Zachary Quinto (Sylar), este último com um carisma muito especial.
Tal como aconteceu com a grande maioria das séries norte-americanas, Heroes também sofreu bastante na pele a greve dos argumentistas. O realizador Tim Kring viu-se mesmo obrigado a terminar abruptamente a segunda season ao 11º episódio, quando estavam previstos 23 em cada season. Também por isso eram muitas as dúvidas dos fãs sobre a season seguinte, se seriam mantidos os níveis de qualidade das anteriores. A verdade é que a terceira série está, até à data, num tom morno e um pouco indeciso em relação ao rumo a tomar.
Como um azar nunca vem só, Tim Kring assistiu recentemente ao abandono de dois dos seus principais argumentistas, Jeph Loeb e Jesse Alexander. O realizador afirma que este novo dado até foi positivo e que a partir do capítulo 18 (último que teve a participação dos dois argumentistas e que está ainda bem longe de estrear) a série vai ganhar um novo fulgor. É esperar para ver, mas as dúvidas aumentam cada vez mais...
De qualquer maneira, quanto mais não seja pela excepcional primeira série, vale mesmo a pena acompanhar Heroes. Está muitos furos acima da qualidade média das séries norte-americanas...

Relembrando o Curso...


Eu envergando orgulhosamente a camisola do verdadeiro curso - Medicina Desportiva!!! Aproveito para mandar um grande abraço ao pessoal que esteve naquela jantarada memorável na Queima... Este ano há mais (embora como Antigos Alunos)!


Soldouro - Peso da Régua

A maior vantagem que o meu emprego tem é, sem dúvida, a possibilidade de conhecer o país de uma ponta a outra, os monumentos e, como não podia deixar de ser... A Gastronomia de Portugal! Como bom garfo que sou, tento sempre experimentar novos sabores por onde passo.
Hoje fui conhecer um novo restaurante em Peso da Régua, bem junto ao Douro com uma vista fora de série e com a pacatez típica desta zona do país.
O requinte está bem presente nos pratos que foram servidos... Comecei com uma sopa de abóbora com bacon que surgiu, surpreendentemente, dentro da própria abóbora!


De seguida provei estas plumas de porco preto com batatas a murro, couves cozidas e um crepe folhado:


Para finalizar, arroz doce com passas.

Uma boa refeição, muito fina, mas com o inconveniente do tempo exagerado de espera por cada prato. É, no entanto, um belo restaurante e uma excelente opção para uma noite romântica, por exemplo...

Qualidade dos pratos: 16
Qualidade do serviço: 18
Tempos de espera: 12
Preço: 14

CLASSIFICAÇÃO FINAL: 15 Valores

Restaurante Soldouro
Avenida de Ovar, Edifício Barreiros Lote 3
5050-223 Peso da Régua

Today is The Day


Nos Estados Unidos até as eleições parecem fabricadas em Hollywood. Barack Obama, com o seu estilo à lá Denzel Washington, parece ser mesmo o grande favorito à vitória. Do outro lado da barricada, John McCain seria um perfeito vilão nos filmes de 007, devidamente acompanhado por uma “Bond Girl” que, não sendo uma mulher feia, tem todo o aspecto de dormir com o herói o filme todo à espera do momento ideal para o apunhalar pelas costas...

Mas nos filmes de Hollywood nem sempre ganha o herói no final...

No Portugal profundo...




8:50 da manhã, A25 no sentido Viseu-Aveiro. Tudo normal até o Mercedes que circulava à nossa frente decidir atirar-se contra o rail. Não contente com a habilidade, o condutor decide continuar a marcha deixando atrás de si restos de plástico, chapa e outras peças... às tantas perde mesmo a panela do escape que se vai enfiar, inevitavelmente, debaixo do meu carro com estrondo... O resultado foi o esperado: Encostar à berma, desligar um motor que berrava a plenos pulmões e ligar para os suspeitos do costume: Assistência em viagem, polícia, etc...

Após uma hora de espera e de quase desespero, eis que chegam todos ao mesmo tempo: Reboque, Polícia e gajo da junta de estradas. Lá assinei os papeizinhos todos, soprei ao balaozinho, mostrei os documentozinhos, etc, etc...”E agora? Está tudo?” – “Não, temos que esperar todos aqui pelo taxi que os vai levar” – Fabuloso. Mais meia hora com aqueles desconhecidos de Viseu de pronúncia especial (“agora o taxi da axistenxia em viagem vai levá-los à Hertes para lhe darem lá outro carro”) até chegar o tal taxi.
De seguida, viagem de taxi até Viseu com um motorista que tentava desesperadamente utilizar o kit mãos livres para falar com um colega (contei 48 “TOU!”s) intercalando esta actividade com sons como o “Fátima no Coração” de autor desconhecido ou o “Sou Português” de Toy. Lá conseguiram marcar a patuscada no campo da bola para Sábado à noite. Mas só depois de ele parar e desligar o carro “para ver se o boi dos mãos livres reinicia” (!?!?!?).

Quase a chegar a Viseu, a placa castanha de monumentos assinala: “Sé de Viseu”. E na mesma placa, à mão, está também registado em letras garrafais que “O Noddy é gay”. Revelador. A senhora da “Hertes” não quis estragar a boa onda da manhã e, ultra-carrancuda, lá demorou 20 minutos a preencher uns papéis de aluguer de um carro a um tal de... Miguel Pedrosa. Pior ficou quando eu lhe expliquei que não assinava porque o meu nome não era esse – e precisou de mais 20 minutos carrancudos para preencher novos papéis em condições. Coitada, devia estar a ter uma manhã surreal.......
E às 11:45 da manhã, com carro novo e completamente fora de rota, conseguimos finalmente...tomar o pequeno-almoço!!!

Diversões (?)




Frequentar parques de diversões ganha toda uma nova dimensão quando o parque em causa está instalado em Trás-os-Montes. Este fim-de-semana regressou a Feira dos Santos a Chaves com as tradicionais diversões e nós aproveitámos (aproveitamos todos os motivos) para uma grandiosa jantarada no local.

Posso garantir que andar no “Canguru do Amor” depois de uma bela dose de pernil assado com arroz de feijão, com temperaturas negativas, aos saltos e a alta velocidade, ultrapassa a simples adrenalina da diversão para se tornar num acto de proporções heróicas só ao alcance de alguns!

O novíssimo Casino acabou por se revelar melhor opção para uma noite de inverno à antiga...

Hand Job

Os franceses Daft Punk são autores de uma música electrónica mais tarde remasterizada e popularizada por Kanye West com o título Stronger. Um fã (incondicional, calculo) do duo francês decidiu criar uma coreografia bem original para a música e colocar o vídeo no Youtube. O resultado? Mais de 25.000.000 visitas em apenas 15 meses...



Alguém que tem, indiscutivelmente, muito tempo...nas mãos!

Burn After Reading

Há uns meses, após assistir ao oscarizado Este país não é para velhos, fiquei com um pequeno receio – que os irmãos Coen tivessem dado um passo definitivo numa direcção completamente diferente daquela a que tinham habituado os seus fãs. O recente Destruir depois de ler veio acabar com as minhas dúvidas. Não tem o argumento sólido de Fargo, mas também não é tão excêntrico como The Ladykillers, por exemplo. Está num ponto intermédio, bem dentro do universo de comédia negra ao mais puro estilo dos realizadores.

O leque de actores é muito forte, destacando-se Frances McDormand, Brad Pitt e John Malkovich – George Clooney não me convence e este estilo de comédia, então, não é definitivamente o seu espaço… Já o argumento é interessante, ao estilo “bola de neve” surreal de acontecimentos iniciados num pequeno equívoco…

Um filme sólido e entretenimento garantido, mas atenção: Só mesmo para apreciadores do género…

Classificação: 16 valores